The Quibbler

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 O tempo passou de forma lenta enquanto Harry fazia carinho no pavão. Ele ficou surpreso ao perceber que o pavão não tentou lhe atacar, e mais surpreso ainda ao notar que a ave estava realmente gostando de ser acariciada. 

 A ave notou o barulho primeiro, e subitamente saiu do colo de Harry, o assustando. O Grifinório só foi notar que alguém se aproximava alguns segundos depois.  até que Harry conseguisse se levantar, Lucius e Tom já estava a poucos centímetros de si. O Lorde das Trevas o puxou para perto, e começou a procurar por machucados em Harry. 

- você está bem? - ele perguntou - esses pássaros malditos te machucaram? 

  - eu estou bem - Harry respondeu. 

 - pavões são aves - Lucius corrigiu, mesmo sabendo que Tom só os chamava de pássaros com o intuito de ofender. 

 - tem certeza? - Tom perguntou a Harry - eu podia jurar que vi um deles perto de você. 

 - " o quão indefeso você acha que eu sou?" Eu tenho certeza! o pavão não me machucou. 

 - então o que aquele monstro estava fazendo perto de você? 

 - eu estava fazendo carinho nele - Harry admitiu. 

 - você fez amizade com nossos filhos? - Lucius perguntou feliz. Se Harry estivesse do seu lado, Tom teria que parar de ser cruel com seus pavões. 

 - eu acho... - Harry respondeu - mas eu só fiz carinho em um. 

 - o que você estava fazendo aqui de qualquer jeito? - Voldemort perguntou, ainda bravo com as aves. 

 - eu me perdi - Harry admitiu. Vendo o olhar interrogativo dos dois, ele decidiu explicar - eu estava andando aleatoriamente pela mansão, e me perdi. Até que vi portas que levavam para os jardins, e decidi vir dar uma olhada. Eu sempre gostei de plantas, e os jardins são lindos, eu não consegui resistir... sinto muito. 

 - você não precisa se desculpar - Lucius o assegurou - mas há várias plantas perigosas por aqui, você poderia ter se machucado. 

 - eu sei, mas eu fiquei longe das plantas que poderiam me machucar. 

 - muitas delas não são ensinadas em Hogwarts - Tom comentou. 

 - eu tenho um amigo que é obcecado por plantas, especialmente as perigosas. Se eu não reconhecesse elas de longe, Neville me mataria. 

  Os três voltaram para dentro, e Harry notou que o pavão albino que havia gostado dele começou a o seguir, mas as portas foram fechadas antes que a ave conseguisse entrar na mansão. Lucius obviamente não notou, porque ele teria ido atrás de seu filho e o levado para dentro se soubesse que era isso que ele queria. 

 O jantar foi servido logo em seguida, e Harry se viu bebendo uma infinidade de poções mais uma vez. Para sua sorte, as poções estavam lentamente diminuindo, mas eram tantas que ele mal notava a diferença. Harry sabia que em um mês ou dois a mudança seria drástica, e ele só teria que tomar duas ou três poções por semana, mas todas tinham um gosto horrível! 

 Dois Dias Depois. 

 Harry se sentou em uma poltrona confortável no escritório do Lorde das Trevas, se perguntando o porquê de ele estar ali. Ele sabia que esse seria o dia em que Voldemort faria sua primeira aparição pública, e Harry não esperava que os dois perdessem tempo com ele em um dia tão importante. 

 Os dois dias que se passaram foram melhores do que Harry esperava. Ele conheceu os outros pavões e todos gostavam dele, o que deixava Lucius transbordando de felicidade, e Tom preocupado. E ele continuou explorando a mansão. Harry sabia o quão importante a aparição pública de Voldemort era, e ele se esforçou para não atrapalhar ninguém, mesmo que de vez em quando ele sentisse uma vontade estranha de ir atrás de seus companheiros e os abraçar, mas ele apenas ignorava essa vontade e continuava a fazer o que quer que ele faça para se distrair. 

  - Harry, você conhece Luna Lovegood? - Lucius perguntou. 

 - sim, ela é uma das minhas melhores amigas - Harry respondeu, levemente preocupado com a amiga. 

 - eu acho que já sei a resposta para essa pergunta, mas você falou para ela que eu estava procurando outro jornal  para ser substituir o profeta como voz oficial do ministério ? 

 - não, eu não sabia que podia mandar cartas para meus amigos - Os dois trocaram um olhar, se amaldiçoado por terem esquecido de mencionar isso para Harry. Ele deve ter se sentido tão solitário. 

 - nós temos algumas coisas para esclarecer - Voldemort falou - mas isso vai ter que esperar algumas horas. 

 - sua amiga me mandou uma carta - Lucius explicou - ela ofereceu o Quibbler, alegando que ao contrário do Profeta, o Quibbler se esforçava para dizer a verdade, e não aquilo que as pessoas gostariam de ler, e ela usou você como referencia. 

 - ela também deu a entender que nós já havíamos aceitado - Voldemort adicionou. 

 - Luna é meio que uma vidente - Harry disse. 

 - meio que? 

 - ela nunca fez uma profecia de verdade, mas ela sempre sabe coisas que não deveria saber, e quando ela diz que algo vai acontecer, acontece. 

 - da ultima vez que eu chequei, aquele jornal era uma piada - Lucius comentou, e se arrependeu no segundo seguinte, vendo o descontentamento  que Harry não conseguiu esconder a tempo. 

 -  eles sempre escreveram sobre o que acreditavam ser verdade - Harry falou - e mesmo que a maior parte das pessoas não acreditem ou levem a sério, eles não mudaram suas crenças apenas para agradar o público. E eu não posso dizer o mesmo sobre jornais como o profeta, que mentiram sobre mim minha vida inteira. 

 - então está decidido - Voldemort falou - nós vamos aceitar a oferta da Srta. Lovegood. 




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