Apaixonado pelo Valentão (Romance Gay)

Capítulo 17 - Temporada 3

Por Alex

Já faziam duas semanas desde que o segredo da parternidade de Pedro Henrique foi revelado e o Adriano ainda não queria falar comigo ou com o Fernando. A única pessoa que sabia onde ele estava era o Pedro Henrique, o irmão mais novo.

— Eu sinto tanto a falta do nosso filho, Fernando — falei, antes de levantar para cuidar da casa.

— Eu também, meu amor. Mas só temos que deixar ele extravasar a raiva dele, que isso tudo vai passar e ele vai acabar voltando — respondeu ele, me dando um beijo.

— Você tá muito calmo com essa situação, Fernando. Eu amo o Adriano, ele é meu único filho. O que eu fiz foi para o meu melhor amigo e meu tio, que não podiam ter filhos. Não importa se eles são irmãos de sangue, o que importa é que eu preciso do meu filho comigo, entende? Já sofri demais com o sequestro dele e do Pedro Henrique. Isso não foi o suficiente? Eu ainda tenho que sofrer?

A campanhia tocou e eu me levantei para ir ver quem era. Eram seis e meia da manhã. Quem poderia ser áquela hora. Ao abrir a porta, fiquei surpreso ao ver um homem algo, loiro e forte batendo na nossa porta.

— Prazer, Jordan, sou amigo do Adriano e do Pedro Henrique. Você deve ser o Alex, estou certo? — ele perguntou, me encarando.

— Sim, sou eu mesmo, mas o meu filho não está em casa. De onde você o conhece? — perguntei, curioso para saber quem era aquele homem .

— Bom... — ele começou, mas foi interrompido pelo Fernando, que veio ver quem era.

— Esse é o cara que deu carona para os meninos até Santa Cruz, meu amor. O Adriano o convidou para vir nos visitar e agora acho que ele deve ter se esquecido disso — meu marido explicou, me deixando chocado, pois ele não havia me contado com detalhes.

— Eu cheguei numa péssima hora? — pergunta o homem na nossa frente.

— Jordan, né? Então, o Adriano não está em casa já faz duas semanas, então porque você não pergunta para o Pedro Henrique? Ele deve saber onde o Adriano está — respondi, sendo irônico. Estava com raiva por Fernando ter me ocultado que meu filho pegou carona com um total desconhecido e ainda por cima convidou para vir em casa.

— Tudo bem, então. Eu volto depois — ele disse, se virando para ir embora.

— Não precisa voltar. O Adriano não mora mais nessa casa — gritei, enquanto ele entrava em seu carro.

— Como assim o Adriano não mora mais nessa casa, Alex? — pergunta Fernando, me olhando sério.

— Simples. Só vou deixar o Adriano voltar a morar nessa casa depois de me perdoar por ter escondido esse segredo por tanto tempo — respondi. — Quando ele perceber que o que eu fiz foi pelo meu amigo e pelo meu tio, ele vai voltar, com o rabo entre as pernas.

Depois dessas palavras, fui preparar nosso café da manhã, pois Fernando iria trabalhar em menos de uma hora.
Após o café da manhã, Fernando saiu e eu fiquei sozinho em casa, pensando em tudo o que estava acontecendo comigo e pedindo a Deus para proteger meu filho. O amor que eu sinto pelo Adriano é diferente em relação ao amor que eu sinto pelo Pedro Henrique, mesmo ele tendo o meu sangue em suas veias. O Adriano eu amo ele desde que era bebê, já o Pedro, eu o amo porque ele é, de fato, meu sobrinho.