Capítulo 23

196 15 1
                                    

Por Jonathan

Eu e o Rocky estávamos tomando nosso café da manhã quando aquele homem entrou em nossa casa nos ameaçando e dando um tiro que quebrou um vaso de flores.

— Vocês vão fazer tudo o que eu mandar, ou então irão pagar muito caro por isso — disse o pai do Fernando, apontando a arma para mim.

— Solta o Jonathan, por favor, eu te imploro — meu noivo tentou me salvar, mas o homem lhe desferiu um soco no rosto, fazendo com que alguns de seus dentes se quebrassem.

— Cala a boca, filho da puta — o homem estava agressivo, diferente do que havíamos conhecido há alguns dias atrás. — Pega esse seu telefone e liga para aquele maldito viado do Alex.

— Alô? Alex?

— Aconteceu alguma coisa, Jonathan? — perguntou, ao perceber que eu estava aflito.

— Alex, eu e o Rocky estamos sob a mira de uma arma e se você não aparecer, esse homem vai nos matar — respondi, o deixando assustado.

Que homem? Do que você está falando?

Nesse momento, o pai do Fernando tira o telefone da minha mão com tanta violência que quase fiquei sem meus dedos .

— Olá, viadinho de merda! Aqui quem está falando é o Alberto, pai do Fernando, o meu filho que foi corrompido por essa sua doença nojenta — ao ouvir aquela voz, o corpo inteiro do Alex deve ter se arrepiado. — Você tem meia hora pra vir ao meu encontro ou eu irei matar seu amiguinho e o seu tio. Estarei te esperando na casa de seu querido tio Rocky. Venha sozinho ou caso contrário, os dois aqui vão sofrer muito.

O que você vai fazer? — perguntei, assustado.

— Cala a boca, sodomita nojento — foi a minha vez de perder alguns dentes. Aquele homem era muito violento, mesmo sendo um senhor de idade.  — Não é da sua conta, verme. Vocês são a escória da humanidade.

Rocky se aproximou e me abraçou com todas as forças, pois ele queria me defender daquele maldito. Eu queria saber por que aquele homem estava fazendo tudo aquilo, quando a campanhia toca e ele vai atender.

— Quero ver meu tio e meu amigo — ouvi a voz do Alex e senti uma pontinha de esperança.

— O que esse filho ingrato está fazendo aqui? Eu falei pra você vir sozinho — a voz de Alberto engrossou, a ponto dele atirar no meu noivo, Rocky, que gritou de dor á medida que perdia sangue.

— O que você fez? Você atirou no meu noivo — gritei, desesperado.

— E você cala a boca seu puto! Ou eu atiro em você também — respondeu Alberto, os olhos vermelhos de ódio.

— Se você atirar nele eu mesmo me mato — foram essas palavras do Fernando que deixaram o homem sem palavras.

— Você não teria coragem, teria? — perguntou o homem, se acalmando.

— Dúvida? Eu quero distância de você e do seu ódio gratuito pelo meu noivo. E não adianta tentar fugir, porque a polícia está lá fora pra te prender, seu monstro — respondeu Fernando, deixando o homem ainda mais furioso.

— Você me entregou pra polícia seu filho da puta?

— Eu fiz o que era certo. Entreguei um nazista para as autoridades, porque aqui em Aracruz o nazismo é proibido — respondeu o noivo do meu melhor amigo.

Apaixonado pelo Valentão (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora