Capítulo 4

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Por Alex

Eu estava surpreso com aquela notícia. Mas fiquei um pouco preocupado, já que esse casamento seria no mesmo dia do meu.

- Alex, Fernando, podem ficar tranquilos que o nosso casamento será junto com o de vocês - respondeu tio Rocky, me deixando surpreso, pois eu não sabia que poderiam realizar um casamento duplo.

- Sério, tio?

- Sim, sério, meu sobrinho. Eu conversei com o padre que irá realizar a sua cerimônia e ele disse que tudo certo celebrar dois casamentos de uma só vez - explicou ele, me dando um abraço.

- Isso é incrível, tio - falei, sorrindo. - Você é um homem de sorte.

- O Jonathan me faz muito feliz, Alex. Quero viver o resto dos meus dias ao lado dele - respondeu meu tio, dando um beijo no rosto do namorado.

- E então, Jonathan, aceita se casar com o tio Rocky? - perguntei, ansioso pela resposta.

- Claro que aceito - foi a resposta do meu melhor amigo.

- Um brinde á felicidade do casal - disse Fernando, erguendo sua taça de vinho.

- Um brinde - repeti, erguendo o meu copo de refrigerante.

O Fernando bebia vinho, pois era um costume na sua família. Eu não bebia pois não curtia muito o gosto do vinho. Tio Rocky também não gostava de vinho, assim como o Jonathan também não. Acho que isso era uma das coisas que fortalecia o romance entre os dois. Além disso, o que estávamos sentindo era amor, mais puro e verdadeiro. Uma amiga da minha mãe escreveu um livro de romance e nele continha o seguinte texto:

"Ai, o amor! O amor que de tão generoso multiplica, une as diferenças e até as improbabilidades.

Aquele que ataca de surpresa, nos faz deliciosamente bobos, tão disponíveis ao novo.

Amor admirado, cheio de si, que mareja só de olhar o motivo de tanto contentamento.

Às vezes, construído aos tijolinhos, mas não menos potente que o amor que se recriou tantas vezes no tempo.

Hum, o amor! A poção mágica que remedia tudo e nos mantém vivos. E que nos faz renascer quantas vezes forem as chances de um novo e inesperado amor.

O amor que apaga os rascunhos e passa o coração a limpo. Senão, não seria amor.

Aquele amor que ainda nem se reconhece, mas é amor. Quem ousa dizer que não? Porque quem nunca rimou amor e dor apequenou-se na falta deles.

Amor demasiado grande que não cabe no rigor das formas e nos faz levitar. Afinal, caem as leis do universo quando se morre de amor ".

Tudo o que eu e o Fernando passamos até aqui nos fortaleceu e nos deixou mais fortes para enfrentar tudo e todos que possam querer impedir nosso relacionamento.

Apaixonado pelo Valentão (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora