Capítulo 1 - Terceira Temporada

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Por Adriano

Me chamo Adriano Martins acabei de me formar em medicina. Meus pais são Alex e Fernando e eu amo os dois. São meus melhores amigos. Tenho dezenove anos de idade e estou voltando para o Brasil depois de uma viagem de férias para Los Angeles, que foi um presente dos meus pais pela formatura. Bom, eu fui gerado através de barriga de aluguel, uma coisa que ficou comum nós últimos anos.

Durante alguns meses, fui visitar o Maury, tio do meu pai, que morava em Nova York. Ele estava doente e precisava de companhia, já que o filho havia morrido há alguns anos em um grave acidente com o esposo. Numa dessas vezes, ele me contou que o maior sonho dele era poder ver a família do meu pai pela última vez, já que ele estava muito debilitado pelo Alzheimer., uma doença progressiva que destrói a memória e outras funções mentais importantes. As conexões das células cerebrais e as próprias células se degeneram e morrem, eventualmente destruindo a memória e outras funções mentais importantes.

- Alex, eu quero que você me leve ao Brasil uma última vez - ele tentou me dizer, me confundindo com meu pai.

- Tio, eu sou o Adriano, filho do Alex e eu não posso te levar ao Brasil - respondi, o ajudando a se sentar na cama. - Mas eu posso ligar pra ele e pedir que ele venha te visitar, que tal?

Ele assentiu com a cabeça que sim e eu prontamente liguei para os meus pais, pedindo para eles virem o mais depressa possível para Nova York, pois o tio Maury estava morrendo aos poucos.

- Pai, o tio Maury quer ver você e o papai Fernando pela última vez - eu falei ao telefone, chorando. Eu convivi pouco com o tio Maury, mas sei que ele foi muito importante para meu pai Alex, quando ele resolveu se assumir para meus avós.

- Filho, eu e seu pai vamos pegar o próximo vôo para Nova York - meu pai ficou desesperado, pois ele queria muito ver nosso tio mais uma vez.

Mas quando eles chegaram em Nova York já era tarde. Tio Maury falecera, sem ao menos se despedir de seus entes queridos. Meus pais ficaram comigo durante algumas semanas e só voltamos para o Brasil depois de um mês em Nova York. Meu pai Alex foi quem mais sofreu com a morte do tio Maury. Eu sentia que ele e o Maury tinham uma ligação forte, que os unia.

- Adriano, meu filho, seja o que você estiver sofrendo, fale comigo ou com seu pai, ouviu? Não deixe pra amanhã o que você pode fazer hoje - Fernando, meu segundo pai, me aconselhou e eu assenti.

Aquilo mexeu comigo e eu não disse nada, mas eu tinha medo de que o mesmo acontecesse com eles quando chegassem na idade do tio Maury.

Apaixonado pelo Valentão (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora