Capítulo 16

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Por Fernando

— Vinícius? — chamei, tentando o acordar, mas em vão. Fui á cozinha, peguei um copo com água e joguei no rosto do advogado, pois precisava falar com ele.

— O que aconteceu? — ele perguntou, ao abrir os olhos.

— Você desmaiou quando me viu e eu te acordei — respondi, preocupado com ele. — O que fez você desmaiar daquele jeito?

— Lembranças, meu caro, lembranças — respondeu, me deixando curioso. — Há alguns anos atrás eu perdi o grande amor da minha vida e ele tinha o mesmo nome que você, Fernando. Eu desmaiei porque eu havia acabado de me lembrar de como o conheci e, quando te vi, não aguentei e desmaiei.

— Entendi. Mas eu vim aqui pra lhe pedir pra ser o advogado do Júlio, irmão do Alex. Ele está sendo acusado de vários assassinatos que ele não cometeu — falei, pedindo para ele ajudar a salvar o Júlio de ir para trás das grades.

— Esse é um caso complicado, Fernando. O Júlio sofre de transtorno de personalidade borderline, não é? Ele pode muito bem ter cometido esses assassinatos sob a forma de uma outra personalidade — explicou, me deixando assustado com aquilo.

— Então o Júlio pode mesmo ser o culpado pelos assassinatos?

— Sim, e não. Vejamos, o transtorno de personalidade borderline se dá devido aos humores repentinos da pessoa. Se ela está alegre, é uma personalidade. Se ela está furiosa, é outra personalidade. Está entendendo o que eu quero dizer?

— Um pouco, sim. Então quer dizer que o Júlio pode ter mais de uma personalidade por conta dessa doença? — perguntei.

— Sim. Mas como ele está fazendo tratamento com o psicólogo, fica mais fácil controlar — ele respondeu, me deixando aliviado.

Horas mais tarde, na casa do Alex, fico sabendo que o Júlio desapareceu sem deixar notícias. O que se sabe é que o carro de Felipe, pai de Alex e Júlio, foi encontrado na frente da casa de Rocky e Jonathan.

— Meu filho, onde será que você se meteu? — minha sogra estava aflita, pois Júlio era sua responsabilidade desde que fora abandonado pela mãe biológica, Jaqueline.

O celular de Alex toca e ele atende, desesperado por notícias do irmão.

— Júlio? O quê? Você é muito cara de pau, sua vadia — ao dizer isso, fiquei assustado.  — O que você quer pra soltar meu irmão?

— Quem é, Alex? — perguntou dona Roberta, preocupada.

— É a Jaqueline, mãe. Ela sequestrou o Júlio e não vai soltá-lo enquanto não receber a guarda definitiva dele — respondeu Alex, me deixando chocado com a atitude da Jaqueline.

***

Oh, well, imagine
Oh, bem, imagine

As I'm pacing the pews in a church corridor
Enquanto eu passo pelos bancos em um corredor de igreja

And I can't help but to hear
E não posso evitar de ouvir

No, I can't help but to hear an exchanging of words
Não, eu não posso evitar de ouvir uma troca de palavras

What a beautiful wedding!
Que lindo casamento!

What a beautiful wedding, says a bridesmaid to the waiter
Que lindo casamento, diz uma dama de honra para o garçom

Apaixonado pelo Valentão (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora