Por Carlos Henrique
Eu havia acabado de deixar a casa do Alex quando fui abordado por uma garota, que me pediu ajuda. Como eu era um policial, resolvi parar e ajudar, pois deveria ser algo grave.
— A garota vai pra onde? — perguntei, assim que ela entrou no carro.
— Ah, eu estava indo pra casa da minha amiga, mas o ônibus já tinha passado e aí o senhor apareceu — ela respondeu e eu assenti.
Quando eu virei em uma esquina, a garota se revelou e começou a me esfaquear, me jogando no chão pra me matar. Entramos em uma luta corporal e ela me esfaqueou novamente antes de eu dar alguns golpes nela, a machucando também.
— Por quê? Quem é você? — perguntei, vendo seu olhar frio.
— Meu nome é Luy, e eu estou dando um fim em você , seu desgraçado — respondeu ela e eu dei um chute na vagina dela, tentando escapar para pedir ajuda. — Filho da puta!
Consegui entrar no carro, mesmo ferido, e dirigi até a minha casa, que ficava a poucos quarteirões daquele lugar. Ao estacionar na frente de casa, desci do carro, com cuidado e me arrastei até a porta, deixando Pedro, meu filho, assustado com meus ferimentos.
Por Alex
(...)
Mais tarde, recebo uma ligação do Pedro, que estava desesperado e chorava ao telefone.
— Alex, eu preciso de ajuda!
— O que aconteceu, Pedro? Por que você está chorando? — perguntei, preocupado com ele.
— Meu pai chegou em casa todo machucado e eu não sei o que fazer — ele respondeu e eu fiquei bastante preocupado, pois estava considerando o Carlos Henrique como um tio.
— O que aconteceu, Pedro? Seu pai está bem?
— Alex, ele foi atacado pela Luy, que se passou por uma menina indefesa e, quando eles chegaram em um lugar deserto, ela o atacou e, quando ele tentou fugir, acertou a buceta dela e conseguiu escapar, mas agora eu preciso muito da sua ajuda pra levar ele para o hospital — ele explicou e eu desliguei o telefone sem dar uma resposta para ele. Em seguida, vesti uma camiseta e fui correndo para a casa da Lara, pois ela era a única que sabia onde o Pedro morava.
(...)
Na casa de Lara, ela se arruma rapidamente e me leva para a casa do Pedro, que era perto dali. Ao chegarmos na casa do Pedro, ajudamos a colocar o Carlos Henrique no carro e eu dirijo até o hospital mais próximo. Eu tinha dezesseis anos, mas já sabia dirigir por ter aprendido com tio Rocky.
No hospital, os enfermeiros levam Carlos Henrique para tratar dos ferimentos enquanto eu, Pedro e Lara ficamos aguardando notícias do pai do meu amigo. Alguns minutos depois, Gabriel, Ana Rosa e Matheus chegam e ficam assustados com o que a Luy fez com o pai do Pedro. Meu celular toca e eu atendo ao ver que é uma ligação do Fernando.
— Alex, cadê você? Eu vim te trazer flores e seu pai disse que você saiu as pressas sem contar onde ia — perguntou ele, preocupado.
— Fernando, eu estou no hospital com o Pedro e meus amigos — respondi e pude notar uma certa frustração nele. Será que ele estava com ciúmes?
— O que você está fazendo no hospital?
— O pai do Pedro foi atacado pela Luy e eu ajudei o Pedro a trazê-lo para cá — respondi, o tranquilizando.
— Estou indo até aí — falou ele, desligando o telefone.
— O que ele disse? — perguntou Lara, ansiosa por notícias sobre Carlos Henrique.
— Ele ficou com ciúmes por que eu disse que estava no hospital com o Pedro, mas logo se tranquilizou quando eu contei que estava aqui por causa do tio Carlos Henrique — respondi, dando um sorriso forçado.
— Ele é um bobo, pois eu só tenho olhos pra minha namorada — respondeu Pedro, puxando Lara para um abraço.
Por Jonathan
Enquanto eu estava preso no quartinho do porão, consegui ouvir o João Emanuel contando para a minha mãe sobre a Luy ser lésbica e que o Vladimir não iria gostar nem um pouco de saber que uma lésbica trabalha para ele.
— ... se o Vladimir descobrir isso, é capaz dela matar a garota — ouvi o João Emanuel dizer e eu fiquei arrepiado.
— E eu não sei disso? Você viu o que ele fez com aquele casal gay na boate aquela vez. Se ele descobrir sobre a Luy, aí é que ele mata ela — minha mãe disse, me deixando ainda mais assustado. Eu precisava dar um jeito de fugir daquele lugar antes que o meu próprio pai me matasse por ser gay.
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Apaixonado pelo Valentão (Romance Gay)
RomanceAlex odeia Fernando com todas as suas forças. Então porque seu coração bate mais forte sempre que seu inimigo está por perto? Essa é a história de Alex Martins, um jovem que sofre nas mãos de Fernando Ferreira, o valentão da escola. Ele não entende...