Apaixonado pelo Valentão (Romance Gay)

Capítulo 13

Por Alex

Na manhã seguinte, Júlio foi levado para a delegacia junto com meus pais para prestar depoimentos sobre o que estava fazendo na hora do assassinato da garota. Eu fiquei em casa com o Fernando, que ficou chocado com o que eu lhe contara sobre o que havia acontecido no dia anterior com seu pai.

— Não acredito que ele fez isso — Fernando se levantou, irritado com o que eu disse.

— Fernando, eu não quero ficar perto desse homem, está me ouvindo?

— Pode deixar, Alex — respondeu, saindo porta a fora, me deixando sozinho.

— Fernando, o que você vai fazer? — corri até o carro dele, para impedi-lo de cometer uma loucura.

— Ter uma conversa com meu pai — respondeu, ligando o carro e não me dando alternativa a não ser entrar no carro antes que ele desse partida.

— Então eu vou com você — respondi, olhando nos olhos dele.

— Eu te amo, Alex — disse ele, me dando um beijo na testa.

Durante todo o percurso até o apartamento dos pais do Fernando, íamos escutando a música The Ballad of Mona Lisa, do Panic! At The Disco.

Ela pinta seus dedos com muita precisão

Ele começa a notar garrafas de gim vazias

E faz uma pausa para avaliar os pecados pelos quais é paga

Uma solitária locutora em uma conversa

Suas palavras estavam saindo pelos ouvidos dele de novo

Não há nada de errado em provar um pouco do que você merece

Diga o que está tentando dizer, me fale que eu estou certo

Deixe o sol chover em mim

Me dê um sinal, eu quero acreditar

Woah, Mona Lisa

Você tem a garantia de governar esta cidade

Woah, Mona Lisa

Eu pagaria para ver você franzir a testa

Ele sente algo, chame de desespero

Outro dólar, outro dia

E se ela tivesse as palavras apropriadas para dizer, ela o diria

Mas ela não teria mais nada para lhe vender

Diga o que está tentando dizer, me fale que eu estou certo

Deixe o sol chover em mim

Me dê um sinal, eu quero acreditar

Woah, Mona Lisa

Você tem a garantia de governar esta cidade

Woah, Mona Lisa

Eu pagaria para ver você franzir a testa

Mona Lisa, use-me até eu me tornar inútil

Estou honrado em lhe agradar

Mona Lisa, use-me até eu me tornar inútil

Diga o que está tentando dizer, diga que eu estou certo

Deixe o sol chover em mim

Me dê um sinal, eu quero acreditar

Woah, Mona Lisa

Você tem a garantia de governar esta cidade

Woah, Mona Lisa

Eu pagaria para ver você franzir a testa

Diga o que está tentando dizer, diga que eu estou certo

Deixe o sol chover em mim

Me dê um sinal, eu quero acreditar

Não há nada de errado em provar um pouco do que você merece

Ao chegarmos no apartamento dos pais do Fernando, somos recebidos pelo Alberto, que não gostou nem um pouco em me ver.

— Posso saber o que esse verme está fazendo aqui? — ele perguntou, deixando Fernando espantado com tamanho desprezo por mim.

— Esse 'verme' tem nome, é Alex e eu vou me casar com ele, pai. Quer você goste ou não — respondeu Fernando, impondo sua autoridade.

— O que está acontecendo aqui? — dona
Joana perguntou.

— Nada, mulher — respondeu o esposo.

— Mãe, eu vim aqui pra saber o que o pai tem contra o Alex ser gay. Pelo que eu sei, eu também sou gay, ou vocês acham que eu viria aqui á toa? — Fernando estava irritado, o que não acontecia com frequência.

— Eu já disse tudo o que eu tinha pra dizer e... — Alberto, o pai do Fernando ia fechando a porta, mas o filho foi mais forte e deu murro no velho, assustando a mim e dona Joana.

— Você é um hipócrita, pai. Não me chame de filho nunca mais,  ouviu? Eu morri pra você e não quero lhe ver nunca mais, entendeu? O que você fez com o Alex é imperdoável e eu não perdoo quem é homofóbico, seja com quem for — ao dizer isso, Fernando me puxou pelo braço e me levou embora, deixando dona Joana cuidando do esposo.

— Fernando, como sua mãe pode ser submissa com aquele homem?

— Eu não sei, Alex. As pessoas fazem loucuras por amor, eu acho que é por isso que ela nunca percebeu o caráter do esposo — respondeu, me deixando inconformado com aquilo, a dona Joana não merece um cara como o Alberto.