Capítulo 23

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— Como é que é?

— Isso o que vocês acabaram de ouvir, pai. Eu estou namorando o Fernando — respondi, sem nenhuma preocupação.

— Meu filho, aquele garoto te ameaçou de morte — disse minha mãe, preocupada.

— Eu e ele resolvemos nossas diferenças e ele me prometeu que vai mudar e eu quero que vocês não se preocupem, pois eu terei a ajuda dos meus amigos caso aconteça algo comigo — respondi, calmo.

— Eu proíbo você de namorar aquele garoto, está me entendendo? — meu pai bateu a mão na mesa, me assustando.

— Felipe, o que é isso? Eu exijo respeito nessa casa — rebateu minha mãe, irritada.

— Mãe, me desculpa, eu não queria que as coisas ficassem assim — me desculpei e me retirei da mesa do jantar. — Mãe, eu vou pro meu quarto, tá?

— Alex, amanhã eu e você vamos conversar, viu, rapaz? — ouvi minha mãe enquanto subia para meu quarto.

— Tudo bem, mãe. Boa noite — desejei uma boa noite para eles e entre no meu quarto, sem acreditar que meu pai havia gritado comigo. Essa foi a primeira vez que ele gritou comigo, ele nunca fez algo assim, nem comigo nem com o Julio.

Antes de dormir, peguei meu iPhone e fiz uma chamada de vídeo para o Jonathan, pois eu estava com saudades do meu amigo. Assim que ele atendeu, me perguntou sobre meu semblante triste.

— Alex, o que aconteceu?

— Ai, ai, Jonathan. Sabe o que acabou de acontecer? Meu pai levantou a voz pra mim só porque eu disse que estou namorando com o Fernando — respondi e vi que tinha um homem com ele. — Quem é esse homem ao seu lado?

— Ah, esse é o João Emanuel, estamos namorando já faz alguns dias já — ele respondeu. — Então quer dizer que você e o Fernando se acertaram?

— Sim, a gente resolveu nossos problemas e diferenças e eu pedi ele em namoro após uma declaração que eu fiz pra ele — respondi, dando um pequeno sorriso.

— Alex, meu amigo, tome cuidado, pois esse garoto só deve estar querendo te usar e depois te descartar — ele disse e eu neguei.

— Não, ele não vai me fazer nada, sabe por quê? Por que eu tenho amigos que me amam e que vão me ajudar se ele fazer alguma comigo — expliquei, vendo o sorriso dele.

— Bom, já que você falou desse jeito, eu irei te ajudar no que precisar — respondeu.

— Bom, eu vou te pedir um favor, Jonathan — falei, um pouco ansioso.

— Peça e será atendido — ele disse e eu ri.

— Eu gostaria de saber se você pode me ajudar a se encontrar com o Fernando sem meu pai saber — respondi e ele fechou a cara.

— Alex, como eu vou fazer isso? Esqueceu que eu estou em Barra do Sahy?

— Ok, e o que eu devo fazer? — indaguei, preocupado.

— Peça ajuda para os seus novos amigos. Sim, eu sei que você tem feito novos amigos com minha ausência e eu fico feliz com isso, Alex — respondeu, dizendo que já sabia sobre Lara e Pedro, meus novos amigos.

— Como sabe disso?

— A Ana Rosa me deixa informado de tudo o que está acontecendo com você — continuou e eu ri. Era a cara da Ana Rosa fazer isso. — Não brigue com ela, pois eu queria saber sobre você e ela me contava o que estava acontecendo.

— Jonathan, me desculpa, eu queria que você soubesse do Pedro e da Lara por mim — fiquei chateado.

— Não tem problema — respondeu e eu sorri. Ele realmente era um bom amigo.

Olhando mais atentamente para ele, posso ver alguns hematomas em seus braços que ele logo percebe e tenta disfarçar.  Será que aquele namorado dele, o João Emanuel batia nele? Preciso saber mais sobre esse cara, pois meu amigo não pode ficar refém de um homem assim.

— Bom, Alex, tenho que ir, boa noite — ele se despediu e desligou o iPhone antes que eu pudesse perguntar algo sobre os hematomas.

E agora? O que eu faço?

Apaixonado pelo Valentão (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora