Capítulo 11

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Anteriormemte...

Fernando, é verdade que você ameaçou o Alex Martins? - ela fez a pergunta que me deixou bastante assutado, pois o Alex contara para ela sobre o ocorrido do dia anterior.

Por Fernando

- E então? Vai me responder? - perguntou minha tia Madalena outra vez.

- Sim, tia, é verdade. Mas eu estou profundamente arrependido do que fiz e quero me desculpar com o Alex na frente dos pais dele - respondi, se olhar nos olhos dela.

- Fernando, olha pra mim quando eu estiver falando com você, rapaz - eu nunca vi minha tia daquele jeito.

- Sim, tia - respondi, olhando nos olhos dela.

- Não foi assim que seus pais te educaram, menino. Eu prometi a eles que cuidaria de você enquanto eles estivessem trabalhando e você faz algo desse tipo? Comigo não, Fernando - ela disse, séria.

- Me desculpe, tia, mas é que eu tô apaixonado pelo Alex, mas não tinha coragem pra admitir esse sentimento dentro de mim e descontava minha frustração nele - respondi, ainda sob o olhar sério dela.

- Meu menino, por que você não conversou comigo? Eu poderia te dar conselhos sobre como agir diante de uma situação dessas. Ou você já se esqueceu que eu fui pedagoga antes de ser diretora?

Ela tinha razão. Eu devia ter conversado com ela antes de tomar qualquer atitude sobre os meus sentimentos pelo Alex. Sobre ela ter sido pedagoga antes de ser diretora, eu sabia um pouco. Há alguns anos ela era pedagoga e trabalhava sob a direção de um casca grossa chamado Elizeu, que faleceu já dois meses, vítima de um câncer no esôfago.

- Não, tia, não me esqueci disso - respondi, chateado por ela fazer essa pergunta.

- Então não me faça passar vergonha, Fernando, não foi pra isso que seus pais te criaram - ela disse e eu não conseguir ficar quieto.

- Me criaram? Meus pais nunca estão em casa, tia. Nessas horas que eu fico pensando se realmente sou filho deles, porque eles não dão a mínima pra mim - falei e levei uma bofetada da minha tia.

- Eles trabalham pra te dar uma educação de qualidade, moleque. Claro que eles são seus pais, só não podem estar presentes por conta do trabalho deles - ela disse, chateada.

- Me desculpe - sussurrei, envergonhado.

Após o ocorrido, minha tia deixa o meu quarto e vai para a sala. Meia hora depois, escuto os gritos de Mariane e vou correndo ver o que aconteceu e vejo a tia Madalena caída no chão da sala.

- O que aconteceu? - perguntei, ofegando.

- Fernando, chama a ambulância, rápido - ela gritou e eu liguei para a ambulância do meu celular.

E agora, meu Deus? A tia Madalena desmaiou por se exaltar comigo e eue sinto culpado por isso. O que eu faço?

Apaixonado pelo Valentão (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora