Capítulo 33

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Por Alex

(...)

Um pouco mais tarde, depois de me despedir dos meus amigos e do Fernando, fui para o quarto terminar de ler um livro do Harry Potter quando recebi uma estranha ligação e atendi assim mesmo.

— Alô?

— Alex, por favor, preciso que você me ajude a fugir desse lugar. Não posso explicar agora, mas quando eu estiver livre desse lugar eu te conto tudo e... — e a ligação caiu. Fiquei bastante preocupado, pois realmente o Jonathan estava em apuros, pois sua voz estava ofegante ao telefone. O que mais me deixou preocupado foi o fato da ligação ter caído, dando a impressão de que alguém o pegou no flagra, arrancando o telefone de suas mãos.

— Ai meu Deus! O Jonathan está correndo perigo nas mãos daqueles psicopatas — falei, ligando para o tio Rocky, pois ele precisava saber do que havia acabado de acontecer. Quando ele atendeu, desligou apressado e veio direto para minha casa, no meio da noite.

— Alex, quero que você venha dormir na minha casa essa noite. Amanhã cedo nós dois vamos na delegacia falar com o Carlos Henrique sobre essa ligação e vamos entrar com um pedido de investigação desse Vladimir — ele disse, subindo até meu quarto comigo e me ajudando a pegar apenas o necessário para passar uma noite na casa dele. Antes de sair, escrevi um bilhete e deixei em cima do criado mudo.

'Pai, estou na casa do tio Rocky'

Depois de deixar o bilhete, eu e tio Rocky fomos para a casa dele, pois já passavam das duas da manhã e eu estava morrendo de sono.

— Alex, você pode dormir no meu quarto que eu durmo aqui na sala mesmo — ele falou e eu fiquei envergonhado.

— Não, tio, pode deixar que eu me viro aqui — respondi, um pouco constrangido. Eu não queria invadir o espaço pessoal do meu tio dormindo no quarto dele.

— Alex, dorme lá porque você não vai conseguir dormir aqui no sofá — ele insistiu e eu fui, mesmo a contra gosto.

(...)

No dia seguinte, eu e meu tio fomos para a delegacia da cidade conversar com o Carlos Henrique, pai do Pedro.

— O Carlos Henrique vai nos ser de grande ajuda, Alex — disse meu tio, assim que entramos no seu carro.

— Eu espero, tio — respondi e ele ligou o carro e me olhou intrigado.

— Alex, pode confiar. O Carlos Henrique é um grande policial e já foi do exército brasileiro — explicou, dando um sorriso.

— E o tio José Augusto? Ele vai estar lá?

— Sim, o José Augusto vai estar lá, só que ele não vai poder participar da operação porque ele vai viajar com a Gabriela amanhã  manhã  e hoje será o último dia dele antes de entrar de férias — ele respondeu e eu fiquei um pouco envergonhado por ser curioso demais.

Na delegacia, ficamos aguardando o pai do Pedro. Enquanto ele não chegava, eu lia um livro do autor WillF26, Coração Ferido. Já estava terminando o capítulo quando o Carlos Henrique chega e somos atendidos.

— Rocky! Quanto tempo, meu amigo — o pai do Pedro cumprimentou meu tio. — Você é o Alex, estou certo? Pedro me falou de você e do quanto a amizade de vocês é importante pra ele.

— Obrigado — agradeci e ele nos acompanhou até uma sala reservada e eu contei tudo sobre as minhas suspeitas sobre o João Emanuel até a descoberta da quadrilha do tráfico de drogas e pessoas.

— E o pai biológico do Jonathan é o chefe do tráfico, certo? Bom, já podemos dar início as investigações e eu irei prender esses bandidos pessoalmente — explicou ele, me deixando indignado.

— Só isso? Não vão fazer mais nada? Senhor Carlos Henrique, o meu amigo deve estar sofrendo nas mãos desses bandidos e o senhor só quer dar início às investigações? Faça-me o favor — falei, irritado, saindo da sala e me esbarrando no tio José Augusto.

— Alex? O que você está fazendo aqui? — perguntou ele.

— Ele veio dar um depoimento sobre o desaparecimento do Jonathan — respondeu tio Rocky, saindo da sala junto com Carlos Henrique.

— Eu estou sabendo disso, mas por que você não me procurou, Alex? Eu poderia ajudar — falou tio José Augusto, indignado.

— Ele não te procurou por que eu quis a ajuda do Carlos Henrique e por que quero que você leve minha irmã para viajar com você _ respondeu tio Rocky, encerrando o assunto.

— OK — assentiu tio José Augusto, se despedindo de mim com um abraço e seguindo em frente.

— Obrigado, Carlos Henrique pela ajuda — tio Rocky agradeceu ao amigo e me acompanhou até a saída.

— Sério isso? Vocês só vão fazer uma investigação? Esse Carlos Henrique me decepcionou muito — falei, entrando no carro e me sentando no banco traseiro.

— Alex, o Carlos Henrique vai investigar o Vladimir e o João Emanuel, mas pra isso ele precisa da sua colaboração para isso — disse meu tio, olhando para meus olhos.

— Tudo bem, tio. O que eu quero é que ele acelere nessa investigação para podermos partir para a ação e resgatar meu amigo daqueles traficantes — respondi, enquanto ele ligava o carro e dava a partida.

Apaixonado pelo Valentão (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora