Capítulo 21

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Por Alex

Eu e o Fernando estávamos chegando na casa de meus pais quando ouvi meu tio Maury falar sobre ter mandado fazer uma investigação a cerca do pai do meu noivo. Fernando entra na casa com tudo, interrompendo a conversa entre meu pai, tio Maury e tio Carlos Henrique.

— E o que você descobriu sobre meu pai? — perguntou Fernando, deixando meus tios e meu pai surpresos.

— Fernando, acho que não é uma boa hora pra esse tipo de conversa — tentei argumentar, mas em vão.

— Alex, deixa. Eu vou contar o que eu descobri a respeito do seu pai, Fernando, mas acho melhor você se sentar, pois o que eu descobri pode ser perturbador demais — respondeu tio Maury, sério.

— O que você descobriu, Maury? — perguntou meu pai, preocupado.

— Coisas terríveis, Felipe. O pai do Fernando nunca foi arqueólogo coisa nenhuma. Enquanto ele e a esposa estavam em Paris, ele a abandonou para participar de uma seita de nazistas remanescentes da Segunda Gerra Mundial. Essa seita era conhecida por torturar homossexuais, judeus, todos os que eram contrários aos ideais de Hitler. Eu fiquei chocado quando descobri tudo isso, por conta de alguns assassinatos de gays na Europa. Na época, esses assassinatos não tinham explicação plausível, por isso que eu mandei fazer essa investigação a cerca do pai do Fernando. Depois que o Alex me disse sobre as atitudes homofóbicas dele, resolvi pedir uma investigação a fundo sobre o passado desse homem e meus informantes me disseram que esse Alberto é um nazista que lutou na Segunda Gerra Mundial ao lado da Alemanha, por isso que ele age dessa forma com você, Alex — após meu tio explicar sobre o que tinha descoberto, eu fiquei horrorizado com tudo o que havia acabado de ouvir.

— O senhor tem certeza disso, Maury? — perguntou Fernando, assustado.

— Certeza absoluta — respondeu meu tio, ainda sério.

— Eu já devia ter percebido isso desde que aquele homem botou os pés na minha casa — disse meu pai, se calando ao perceber que estava falando sobre o pai do Fernando. — Sem ofender, Fernando.

— Tudo bem, Felipe. Eu não estou feliz com as atitudes do homem que um dia foi meu pai — respondeu Fernando, se referindo á briga que teve com o pai na última vez que se viram.

— Pai,  o Fernando quer esquecer que esse homem foi o pai dele um dia, por isso eu vou levá-lo daqui para que vocês possam ter uma conversa mais tranquila — disse, puxando o meu noivo para meu quarto, depois de dar um abraço no meu tio Maury.

Em meu quarto, pergunto a Fernando sobre o que havíamos acabado de ouvir do meu tio a respeito do Alberto. Ele tenta desconversar, mas posso ver que ele está muito magoado por tudo o que o Alberto havia me dito.

— Tudo aquilo que ele disse para você me magoou muito, Alex. Eu sinto muito pelo que você deve ter passado quando ele te ofendeu — respondeu Fernando, me puxando para um abraço.

— Nada do que ele me disse me ofendeu. Pelo contrário, aquelas palavras só me fizeram ter certeza do amor que eu sinto por você — o puxei para um beijo.

— Eu te amo, Alex — disse ele, após o beijo.

— Também te amo, Fernando — respondi, beijando-o mais uma vez.

Apaixonado pelo Valentão (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora