Capítulo 12

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Por Alex

— O que você está fazendo aqui, seu sodomita nojento? — perguntou Alberto, visivelmente incomodado com minha presença.

— Pelo que eu saiba, o restaurante está aberto — respondi, não dando atenção para ele.

— Alex, quem é esse homem? — perguntou Pedro, preocupado.

— É o pai do Fernando, te contei sobre ele, não foi?

— Posso saber o que está acontecendo em meu restaurante? — perguntou Carmem, a dona do restaurante.

— Nada, dona Carmem — respondi, me sentando em uma mesa com Pedro, que sorriu ao ver a cara de frustração do pai do Fernando.

Mais tarde, em casa, peguei um livro para ler e vi que ele tinha uma introdução com um trecho de uma música do Raul Seixas, A Pedra do Genesis. O trecho era o seguinte:

"No fundo do oceano existe um baú
Que guarda o segredo almejado desde a aurora dos tempos
Por gênios, sábios, alquimistas e conquistadores
Eu conheci esse baú num estranho ritual reservado a poucos
Hoje eu posso enfim revelar que essa busca de séculos foi em vão"

— Está lendo o quê, Alex? — perguntou meu pai.

— Um livro sobre a antiguidade. Pai, você já ouviu essa música do Raul Seixas, A Pedra do Genesis? — indaguei, mostrando o trecho á ele.

— Sim, essa é uma das músicas favoritas do Maury, seu tio — ele respondeu, me deixando surpreso, pois eu não sabia que o tio Maury curtia esse tipo de música, já que fora criado nos Estados Unidos.

— Pai, eu tô preocupado com o Júlio. A mãe me contou sobre o que aconteceu, do corpo na praia e das impressões digitais dele estarem na arma do crime — falei, despejando minhas preocupações nele.

— Eu sei, filho. Todos nós estamos preocupados com isso. Por falar no seu irmão, ele ainda não voltou da delegacia — respondeu meu pai, tenso.

— Querido, liga para o Carlos Henrique para saber se o Júlio já pode vir para casa — disse minha mãe, saindo na varanda.

— É pra já — respondeu meu pai, indo ligar para o pai do Pedro.

Alguns minutos depois, ele retorna com uma expressão nada boa.

— Aconteceu alguma coisa, Felipe?

— O Carlos Henrique disse que o Júlio já saiu da delegacia há duas horas atrás — respondeu ele, me deixando preocupado com meu irmão.

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Duas horas mais tarde, Carlos Henrique ligou com uma péssima notícia: Júlio havia sofrido um acidente ao tentar ajudar uma garota que queria cometer suicídio e estava no hospital. Eu e meus pais fomos correndo para o hospital, onde descobrimos que o Júlio estava fora de perigo, mas ainda assim iria prestar depoimentos á polícia, pois ele era o principal suspeito de tentativa de assassinato, pois a garota fora encontrada morta minutos mais tarde na beira da praia. Por que será que essas pessoas estavam sendo assassinadas e seus corpos estavam sendo encontrados na beira da praia? E por que o Júlio era sempre o principal suspeito desses assassinatos?

Apaixonado pelo Valentão (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora