Capítulo 21

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Kalliope.

Como ele vai me buscar se eu não passei o meu endereço? Será que ele vai pegar pelos meus dados que eu liberei? Será que esse filho da puta rastreou o meu telefone? Eu mato ele. Olho para os lados e vejo Elijah sem camisa no meio da sala concentrado em fazer ioga com a Cléo. Ele é péssimo nisso, mas é insistente. Ele joga a perna para cima mas grita de dor quando Cléo força para ele deixar a perna esticada.

— Porra Cléo, eu não sou de borracha!

— Eli, você precisa ter uma abertura boa. — Reviro os olhos e volto a focar no telefone em minhas mãos. São nove horas em ponto, ele disse que vinha às nove.

A campainha toca e eu paraliso olhando para a porta. Ele é pontual. Ando até ela fingindo plenitude assim como no nosso primeiro encontro, mas por dentro estou puro caos. Abro a porta e lá está ele, lindo para um caralho e como sempre em um terno caríssimo. Eu acho que nunca vou ver esse homem usando qualquer outra coisa a não ser um terno caro feito sob medida.

— Boa noite, Kalliope. — Porque a porra do meu nome saindo da boca dele me faz arrepiar? Ele me olha de cima a baixo e eu me sinto vendo o efeito que eu causo nele. — Você está perfeita.

— Boa noite, Lorenzo. — Eu agradeço aos céus pelo papai ter me treinado porque se não fosse o meu treinamento de me manter aparentemente firme e confiante, eu estaria igual ua idiota agora.

— Vamos?

— Sim, claro. — Nem me despeço dos dois idiotas na sala, saio junto com esse deus grego e logo noto o carro dele parado em frente a minha casa. — Tá de sacanagem...

— Como? — Ele me olha confuso.

— É a porra de um Rolls-Royce Boat Tail...

— Sim, porque? — A forma simples dele falar sobre o carro me causa raiva, é como se ele não se importasse, porra, é um Rolls-Royce Boat Tail.

— Ricos e suas manias de agir normalmente com algo realmente empolgante. — Reviro os olhos.

— Ok, nem entramos no carro e você já está me atacando...

— Esquece, vamos. — Andamos em direção ao carro e eu estou realmente encantada por ele, eu tenho uma paixão por carros, eu puxei isso do papai.

Ele para na frente do carro e me olha, ele faz uma careta como se ainda não entendesse o assunto e eu reviro os olhos mais uma vez. Ele suspira e chama a minha atenção fazendo um "psiu", olho para ele e ele joga a chave na minha direção e eu agarro a mesma.

— Va enfrente. — Ele diz vindo em minha direção que é o lado do carona.

— Você está falando sério? — Pergunto surpresa.

— Eu não brinco. — Ele abre a porta do carona e entra.

Dou uns pulinhos de alegria mas logo paro quando percebo o mesmo olhando pra mim com um sorriso de lado. Dou a volta e entro no carro. Olho para ele com um sorriso enorme, é impossível eu desfazer o meu sorriso neste momento.

— Pra onde vamos? — Pergunto animada.

— Pra onde quer ir? — Ele pergunta e eu olho para ele com os olhos estreitos.

— Calma ai, você me enrolou para me chamar para sair e não sabe para onde vamos? Cara, eu estou com um vestido divino e um salto altíssimo, se eu soubesse eu teria botado minha calça jeans e minha botinha super linda. — Percebo que falei demais e fico sem graça... Inferno. O idiota abre um sorriso que eu quase não vejo e eu suspiro internamente. Lindo.

Amor Fatal.  [3° livro da saga Mafiosi Perfetti]Onde histórias criam vida. Descubra agora