Lorenzo.
Abro a porta do meu quarto na casa do meu irmão e escuto uma gritaria, penso em reclamar mentalmente sobre isso mas acabo abrindo um sorriso. Minha família é louca e eu amo isso. Já aceitei. Desço as escadas e vou para a cozinha que é de onde vem os gritos. No local está apenas Ryan, Pedro, Bianca e Francesco com o Joe no colo.
— Não, eu não consigo entender como você saiu dizendo que ia pegar uma pizza e voltou horas depois com um tiro. — Ryan fala e eu me seguro para não rir da cara do Pedro.
— Bom dia. — Eles olham pra mim e todos me ignoram, menos o Ryan.
— Espera, você também está machucado? — Ele vem na minha direção e pega no meu braço. Faço uma careta, isso doeu.
— Não contaram para ele? — Pergunto.
— Ele não deixa ninguém falar. — Pedro fala.
— Ok, falem.
— Nós, Lorenzo e eu... Bom, nós saímos para resolver um problema e...
— Você está enrolando, Pedro.
— Nós fomos salvar a Kalliope e os amigos dela, tivemos ajuda dos anjos da Bianca e é isso. — Falo de uma vez.
— Espera, espera... Salvar quem?
— Conheci a Cléo, te entendo agora, ela é linda. — Pedro fala e Ryan paralisa olhando o mesmo.
— Você chegou perto dela?
— Ciúmes, querido primo? — Francesco se manifesta.
— O que aquela mulher meio duvidosa fez com você? Ela deu em cima de você?
— Mas que porra, Ryan, eu tomei um tiro e você está me perguntando esse tipo de coisa?
— Eu te conheço, safado. — Ryan bate no braço do namorado.
— Eu só fiquei encantado com a beleza dela, nada além disso, alias, Kalliope tem uma beleza estonteante também. — Olho o mesmo com uma cara fechada e ele começa a rir junto com o Francesco. — Isso me faz lembrar que durante a missão o Lorenzo ficou todo boiola.
— Pedro cala a boca.
— Ah não, me conta isso ai. — Francesco entrega a criança para a Bianca que tem um sorriso no rosto.
— Calem a boca todos vocês, Ryan seu namorado deu em cima da Cléo. — Ryan vira para o namorado e dá um soco em seu braço.
— Perdeu a noção do perigo, Pedro?
— Ai, isso dói merda. Lorenzo, diz que é mentira, diz Lorenzo. — Não digo é nada, vou em direção à geladeira.
— Mafioso filho de uma boa mãe. Amor, isso é mentira, estávamos no meio de uma bagunça danada, como eu poderia dar em cima dela? Isso é mentira.
— Lorenzo, me fala a verdade. — Ryan para em minha frente.
— Tá, ele não deu em cima dela, mas ela até que queria, ela falou algumas coisas e ele teve alguns momentos de pânico, mas não foi nada demais.
— Ok, eu vou deixar passar. — Ele vai até o namorado. — Como foi burro ao ponto de levar um tiro?
— Culpa do seu primo, quis ficar de papinho com o cara enquanto eu soltava a Kalliope e tomei um tiro.
— Lorenzo seu porra, você fez isso de propósito né? — Ryan grita.
— Claro que não. — Falo com um sorriso.
— Eu sei que eu vivia pedindo para você sorrir mais, mas agora que você faz isso com frequência, me assusta. — Francesco fala.
— Tá gente... Vocês estão fazendo uma confusão por nada. — Bianca fala olhando para o Joe. — Ryan, o Pedro não beijou ninguém, ele não te traiu, Lorenzo, não implica com o Pedro e nem com o seu primo e Francesco, para de falar do lindo sorriso do Zangado.
— Sim senhora. — Francesco fala abraçando ela por trás.
— Ok, vamos, Pedro, temos muito o que conversar. — Ryan fala puxando o namorado.
Resta apenas Francesco, Bianca, Joe e eu na cozinha.
— Tenho que dizer algo a vocês.
— Pode dizer, somos todos ouvidos. — Francesco fala, mas seus olhos estão no seu filho.
— Irei trazer a Kalliope para conhecer todos vocês. — Os dois me olham na mesma hora. — Por favor, Bianca, não torne as coisas difíceis, já basta a mamãe.
Ela não fala uma única palavra, entrega Joe ao Francesco e sai da cozinha. Olho para o meu irmão meio confuso e ele abre um sorriso forçado.
— Conversamos um dia desses e eu acho que ela não vai facilitar muito para a Kalliope, mas também não vai complicar. Ela entende e respeita muito o seu sentimento, não seria capaz de fazer nada para atrapalhar vocês, mas não espere que ela vire melhor amiga da Kalliope porque não vai ser assim. — Suspiro.
— Eu sei... O fato da Kalliope ter me feito esperar fez a Bianca ter uma visão meio complicado sobre ela, segundo a Bianca eu sou bom demais para ser tratado desse jeito, mas o que ela não entende, é que eu era um completo estranho para a Kalliope, um estranho que estava atrás dela, o que ela fez foi pura proteção.
— Lorenzo, a Bianca sabe disso, mas ela ama você, ela não vai simplesmente agir com a razão agora, ela está agindo pela emoção.
— Eu sei...
— Boa sorte, você vai precisar.
— Eu vou precisar é de sabedoria para saber lidar com essas três mulheres.
Francesco bota o Joe no carrinho que estava no canto.
— Olhe ele, eu vou pegar meu telefone. — Ele sai eu puxo uma cadeira para me sentar de frente para o Joe.
— Oi bebê, você só sabe dormir, é compreensível já que é só um bebêzinho, mas saiba que quando você crescer eu não vou deixar você ser tão preguiçoso assim, você vai aprender a lutar com o titio Lorenzo e vai aprender a atirar também. — Penso na minha infância e adolescência e me dou conta de uma coisa. — Você nunca vai passar pelo o que eu passei, Joe, nem você e nem o Pietro vão passar por esse maldito treinamento, a não ser que vocês queira isso, mas se não quiserem, eu não vou deixar, eu mato quem for para manter você saudáveis mentalmente. Eu faço tudo por vocês, pequeno, tudo. — Seguro sua mãozinha que tem a pulseira e abro um sorriso. — Eu te amo, pequeno... Eu amo você e seu priminho, vocês são o nosso futuro, vou ajudar a criar vocês para serem homens honrados e de bom caráter.
MAIS UMZINHO.
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Amor Fatal. [3° livro da saga Mafiosi Perfetti]
RomanceSendo o único solteiro de quatro irmãos, Lorenzo Lastra está em busca de uma mulher que foi preciso olhar apenas uma vez para se apaixonar. Mas nem sendo membro da maior máfia do mundo esse é um trabalho fácil. Kalliope, conhecida por muitos como El...