Kalliope.
Abro os olhos quando não sinto o corpo grande do Lorenzo ao meu lado, me sento na cama e olho ao redor. É, ele não está aqui. Me levanto e vou até o banheiro, faço minha higienes e logo saí do local, pego a blusa dele que está no chão e boto em meu corpo. Saio do quarto e vou em direção a sala, escuto barulhos na cozinha e vou direto até lá. Vejo o corpo delicioso dele e abro um sorriso.
— Você está cozinhando? — Ele se vira e sorri pra mim.
— Não, me desculpe por isso, aqui não tinha nada, tive que pedir o nosso amoço. — Ele vem na minha direção e beija a minha boca. — Bom dia?!
— Ok, entendi que eu dormi demais.
— Não, você dormiu o que deveria dormir.
Ficamos a noite passada acordados e eu não estou reclamando, foi incrível passar essa noite com ele. Ele é incrível.
— E o que você pediu para comer?
— Espero que goste de comida tailandesa. — Hum, eu amo.
Ele me guia até a mesa e logo me sento, ele vai até a pia, pega tudo e trás até a mesa. Depois de botar tudo na mesa ele se senta ao meu lado e começamos a comer.
— Me desculpe por mais cedo.
— Não precisa se desculpar, você estava se defendendo.
— Sim, eu não preciso, mas é costume. — Lembro das vezes em que algo do tipo acontecia e os caras sempre agiam de forma estranha e me julgava por minhas atitudes.
Não é que eu ache as minhas atitudes agressivas certas, mas eu fui criada assim, isso é normal pra mim, então eu não conseguia enxergar isso como algo tão grande como todos eles enxergam, mas o Lorenzo entende, ele entende e isso me causa algo estranho, é estranho ter alguém que me aceite tão bem. Lembrando da noite de ontem, antes de virmos para o apartamento dele, eu vejo com clareza o jeito despreocupado dele quando eu socava a cara das pessoas no karaokê, na mesma proporção em que isso me assusta, me deixa confortável. Ele me deixa ser eu mesma e parece gostar disso, com ele eu não preciso viver como antes, tendo que me privar de ser eu mesma para não chatear ou assustar o meu parceiro.
— Não gosto quando você fala assim. — Ele fala de uma forma simples enquanto come.
— Que?
— Você fala como se tivesse pedido muitas desculpas por ser você mesmo.
— É, eu fiz isso.
— Não quero que me peça desculpas por ser você, você não fez nada de errado... Bom, na verdade você fez, você se envolveu com pessoas que não eram para você e isso te causou esse hábito horrível de se desculpar quando não há necessidade e nem motivo. — Fico sem saber o que dizer por um tempo.
— A culpa não era deles...
— Não, claro que não. Como eu disse, você se envolveu com pessoas que não entendiam o seu mundo, então eles acabavam julgando algo que para você é normal. Kalliope, só entenda que eu não irei te julgar por andar armada, bater em alguém no meio de um encontro ou me fazer acordar no susto enquanto puxa uma arma para saber a procedência de um barulho. Isso não me incomoda e nem me assusta, a única coisa que eu quero é que você continue ao meu lado.
— Você é louco. — Falo enquanto olho para ele com um sorriso idiota.
— Com o tempo você vai perceber que eu sou como você, mas de um jeito diferente...
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Amor Fatal. [3° livro da saga Mafiosi Perfetti]
RomanceSendo o único solteiro de quatro irmãos, Lorenzo Lastra está em busca de uma mulher que foi preciso olhar apenas uma vez para se apaixonar. Mas nem sendo membro da maior máfia do mundo esse é um trabalho fácil. Kalliope, conhecida por muitos como El...