Capítulo 73

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Lorenzo.

Eu não sei porque Deus junta a minha família, que é louca, com outras pessoas mais loucas ainda. Esse casamento está uma loucura. Minha mãe está a horas tentando afastar o papai do Félix, Bianca está em uma disputa de quem bebe mais água com o Elijah, o Francesco está de babá junto com o Ryan. Pedro está em uma dança estranha junto com o Giovanni e a Maria Alice. Thomas está com Antonella, Yuri e Aurora em uma conversa super animada já que estão gritando. Isa, Heitor, Cléo e Orion estão brincando entre eles com uma garrafa e pelo o que eu estou vendo, a brincadeira envolve bebida. Julia, e as amigas da Maria Alice estão dançando como loucas na pista de dança... Os únicos normais aqui sou eu e a Kalliope.

— Big boy, eu quero docinhos. — Ela pede fazendo uma carinha fofa.

— Tudo bem, eu bem, eu pego. — Tento me levantar, mas ela não deixa. — Amor, eu preciso levantar.

— Não quero... — Ela levanta os braços. — Colinho. — Pego ela no colo e ela abre um sorriso. É, talvez não sejamos tão normais assim.

Vou com ela até a mesa de doces e logo ela desce e começa a atacar os doces, olho em volta e vejo Isa e Maria Alice indo até as meninas. Júlia abraça as duas e eu abro um sorriso. Eu realmente fico feliz em saber que ela está bem, Isa já chorou muito comigo por causa da Júlia, ela me contou tudo, cada coisinha que essa menina passou, eu fico feliz que ela esteja superando tudo.

— Motivo do sorriso? — Kalliope pergunta com a boca cheia.

— Estou feliz pela Júlia, amiga da Isa e da Maria Alice.

— Porque exatamente? — Ela enfia um pedaço de doce na minha boca.

— Ela passou por momentos ruins, mas está se recuperando, sério, ela é muito forte. — Olho para elas mais uma vez, eles estão dançando e rindo. — Sabe... — Me viro para a mulher da minha vida. — Eu tenho muitos exemplos que me provam que mulheres são bem mais fortes que nós homens. Sério, amor, vocês são incríveis. — Passo minhas mãos pela sua cintura.

— Bianca me contou um pouco da história dela. — Fico surpreso. — Nãos faz essa cara, nós duas te amamos e queremos ter uma boa relação, ela me contou onde trabalhava e porque trabalhava lá, ela me contou como conheceu você e me contou também que foi você quem livrou ela daquilo tudo. Ela queria que eu entendesse mais a amizade de vocês, sabe.

— E você entendeu?

— Sim, Lorenzo, eu entendi que para ela, você é precioso demais, eu entendi que foi você o cara quem livrou ela de algo que ela julgava sujo, algo que ela odiava fazer.

— Uma vez ela me disse que na história de amor dela, não foi o príncipe encantado quem a salvou, foi o irmão do príncipe, segundo ela, contos de fadas nem sempre tem que ser de modo clichê, mas não são todos que estão preparados para ouvir isso.

— Eu fico feliz que tenha sido você a ter feito isso por ela.

— Fica?

— Sim, isso me prova o quanto você é leal a quem você ama, Lorenzo. Você é incrível como ser humano, você não é o que as pessoas dizem que é.

— Na verdade eu sou sim. — Beijo a sua boca.

— É, você é... — Ela me olha de cima a baixo.

— Ei, vocês dois. — Bem na hora que eu ia beijar ela... — Vem, me ajudar e montar um cenário macabro, o Orion desmaiou de tão bêbado, eu preciso fazer ela acreditar que tiraram um rim dele. — Olho para a Kalliope querendo que ela me explique do que o Elijah está falando.

— Eli, você não vai jogar sangue falso pelos lugares e enfiar o seu irmão em uma banheira só para assustar ele.

— Ah, que droga, você nunca me deixa fazer nada. — Ele sai e nós dois rimos do jeito que ele falou.

De longe vejo Francesco entregando o Joe para o Ryan e indo rápido até a Bianca que está sentada toda esparramada. Puxo a Kalliope para ir até eles junto comigo.

— Tá vendo, eu disse que essa competição era uma furada. — Francesco briga com ela.

— O que aconteceu?

— Ela está passando mal, bebeu muita água.

— Pelo menos eu ganhei, aquele trouxa arregou. — Ela fala de um modo engraçado e depois faz uma carreta passando a mão pela barriga. — Otário, eu sou a campeã do torneio de beber água da família Rissi.

— Vamos, meu amor, eu vou te ajudar. — Francesco levanta ela.

— Isso, Alfa, agora me leva para o banheiro. Quero fazer xixi.

— Bianca, eu já disse para você parar de ler essas histórias estranhas, eu não sou um alfa e você não é uma ômega.

— Verdade, você é um alfa Lúpus e eu uma ômega Lúpus.

— Pelo amor de Deus, mulher, o que você bebeu?

— É tudo culpa do Elijah, Alfa. — Eles vão se distanciando e eu fico olhando um pouco assustado, ela não está bem não.

— Ah Bianca é meio louca, né?

— Linda, essa família toda é louca, até os agregados. 

Amor Fatal.  [3° livro da saga Mafiosi Perfetti]Onde histórias criam vida. Descubra agora