Capítulo 06

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Lorenzo.

Eu não sei porque eu ainda escuto a minha família, sério, eles são um bando de loucos... Não, a minha casa é um lugar onde só moram loucos, malucos, surtados, desmiolados... Porque, porque eu escutei Francesco e Maria Alice?!

Nesse exato momento eu estou na porra de um bar esperando uma mulher imaginária que na verdade é uma mulher de verdade, a porra da mulher que eu sou apaixonado. E o pior de tudo é que eu tenho uma ligeira impressão que se ela gosta de mim, nem que seja um pouquinho, essa porra de plano pode fuder a minha vida e estragar tudo. Ou ela pode aparecer e me matar...

Pego o copo no balcão e viro tudo de uma vez. Hoje eu tinha mesmo que encantar alguém às oito, mas não era uma mulher, era o Jeff, o chefe da segurança, mas eu percebi que assim como a minha família, eu sou louco também e escolhi vir para essa merda e terminar de fuder a minha vida.

A porta do bar se abre e meu coração acelera, olho na direção e meu corpo relaxa quando vejo que é uma mulher loira... Não é ela. A mulher veio andando na minha direção e parou bem ao meu lado. Ela fica olhando para mim e eu fico meio perdido.

— Algum problema? — Pergunto confuso.

— Olha gatinho, me pagaram para ficar ao seu lado pagando de apaixonada.

— Ok, olha, se você gosta de viver, é melhor não ficar ao meu lado. — Falo a real e ela rir. Ela é louca.

— Me falaram que você iria dizer algo assim...

— Qual é o seu nome mesmo?

— Me chamam de Victória.

— Então, Victória, é melhor você se afastar, sério.

— Do que tem tanto medo?

— Você não está entendendo... — Ficar falando com ela não vai adiantar, é melhor eu ir embora e acabar com essa merda de vez.
Boto o dinheiro em cima do balcão e me viro, vou andando até a porta e quando eu saio eu olho para os lados, eu sei que o meu irmão e minha cunhada estão por aqui, eu os conheço bem o suficiente para saber que eles estão aqui esperando alguma coisa acontecer. Sinto uma mãos no meu ombro e vejo que é a mulher do bar, ele abre um sorriso e fala:

— Você não vai conseguir fugir de mim, coisa linda. — Mais que porra. Ela passa suas mãos pela minha cintura e eu começo a ficar irritado. Odeio que me toquem assim, odeio mulheres assim, eu odeio isso.

Boto minha mão em cima da sua e a afasto de mim, ainda segurando a sua mãos com um pouco de força começam a falar.

— Olha só, eu sei que duas pessoas malucos pagaram você para vir aqui e você está apenas fazendo o seu trabalho, mas não encoste em mim, nunca mais encoste em mim, está me entendendo? — Ela olha para onde estão apertando e depois olha para mim com um olhar assustado, percebi que posso está machucando ela e a solto. Mas é nesse momento que eu vejo uma aproximação.

Puta que pariu, eu vou morrer!

Vejo aquele ser humano pequeno vindo na minha direção igual um filhote de touro e me afasto rapidamente da mulher a minha frente. Victória dá um passo para trás e eu dou dois passos para trás.

— Boa noite. — Kalliope fala parando ao nosso lado e eu fico paralisado olhando para seu rosto. — Eu disse boa noite. — Ela fala com raiva e eu pisco algumas vezes.

— Boa noi... — Ele levanta a mão e faz Victória parar de falar.

— O que faz aqui, senhor Lastra? — Ela pergunta me olhando de um jeito que me faz querer pedir ajudas aos céus.

Amor Fatal.  [3° livro da saga Mafiosi Perfetti]Onde histórias criam vida. Descubra agora