Lorenzo.
Porque eu não marquei de ir buscar ela? Só assim eu teria certeza de que não iria levar um bolo. Calma, Lorenzo, não oito e cinco, pessoas se atrasam... Não, ela não vem, isso sim, eu estou aqui fazendo papel de babaca. Olho para o relógio mais uma vez e me sinto ainda mais nervoso
Parabéns, Lorenzo, com tantas mulheres para se apaixonar, você se apaixonou pela mulher que não te quer e ainda por cima é perigosa, ótimo.
Pego o meu telefone e mando mensagem para Maria Alice, eu mandaria para a Bianca, mas do jeito que ela está, ficaria com raiva e tentaria matar a Kalliope.
" Marquei oito, e são oito e seis, será que ela não vem?"'
" Lorenzo, pessoas se atrasam, você precisa esperar no mínimo umas meia hora. "
Ok, meia hora de espera não é muito, mas se em meia hora ela não chegar isso quer dizer que ela não vem? Porra, nunca me senti assim antes, estou odiando. Guardo o telefone e me concentro na taça com água que está em cima da mesa... Merda, que saco! Começo a olhar para os lados e logo paro meus olhos na entrada do restaurante. Puta que pariu!
Vejo ela andando na minha direção e quase tenho um infarto, ela está linda, o vestido preto deixa o seu corpo perfeito, seus cabelos longos e ondulados a deixa ainda mais perfeita... A maioria das pessoas a olham quando ela passa e isso me incomoda, mas não a ponto de tirar a minhas fascinação por ela, é perfeita.
— Boa noite. — Ela diz quando chega na mesa e eu me levanto, ajudo a mesma a se sentar e todas essas merdas de etiquetas.
— Boa noite.
Ela me olha profundamente, como se estivesse vendo a minha alma, isso me deixa nervoso, mas ao mesmo tempo fascinado, me faz querer saber mais sobre ela, conhecer cada mania, escutar cada curiosidade e responder todas as suas perguntas porque é isso que eu vejo nos seus olhos sempre, curiosidade, é como se ela não soubesse nada sobre mim, mas eu sei que sabe, sabe até de mais.
— Você está... Magnífica!
— Obrigado, você está impecável como sempre.
— Vamos fazer o pedido? — Ignoro o elogio que pela primeira vez na vida me senti bem em receber.
— Claro.
Depois de alguns minutos escolhemos o nosso pedido, agora ela está me olhando da mesma forma, como se eu fosse um enigma e eu devo dizer que eu estou a olhando do mesmo jeito, essa mulher é um mistério, mesmo que eu já saiba um pouco sobre ela. Essa mistura de carinha de boneca e agilidade de um ninja me deixa fascinado.
— É só perguntar, Kalliope. — Quebro o silêncio.
— Então está disposto a responder qualquer pergunta?
— Que tal um jogo? Da mesma forma que você tem perguntas, eu também tenho... Eu respondo e logo depois pergunto.
— Justo. Você pode começar.
— O que você quer comigo, realmente? — Vou direto ao ponto.
— Ah não, muito direto Lorenzo, não sabe nem brincar. — Ela fala pegando a taça com o vinho que o garçom serviu, ela leva a mesma até a boca e eu fico hipnotizado. — É a minha vez, irei te mostrar como começa essa brincadeira. — A postura dela é totalmente ousada e confiante, isso me deixa com uma confusão enorme de sentimentos. — Porque você nunca se envolveu com ninguém? Digo, nada sério?
— É uma boa pergunta... A verdade é que eu não sou uma pessoa que se impressiona fácil e muito menos uma pessoa que se atrai por corpos e rostos bonitos. Nunca me envolvi porque as mulheres que vinham até a mim vinham oferecendo os seus corpos, nunca outra coisa.
— E o que gostaria que eles te oferecessem?
— São duas perguntas seguidas, Kalliope, agora é você que não está sabendo brincar. — Ela abre um sorriso de lado que me deixa excitado... Isso responde a segunda pergunta dela, é isso que eu quero de uma pessoa, um ato tão pequeno que mexa comigo dessa forma.
— Ok, pode perguntar.
— Já esteve em um relacionamento?
— Sim. — É simplista e eu aceito. — Minha vez... — Confirmo com a cabeça. — Nenhuma mulher chamou a sua atenção em todo esse tempo solteiro?
— Você chamou a minha atenção. — Ela me olha fixamente e solta um riso nasal e joga a cabeça para o lado. — Eu chamo a sua atenção?
— Não é o meu tipo, mas sim. Chame bastante a minha atenção.
— Ah, então você tem um tipo... Qual é o seu tipo? — Pergunto me inclinando um pouco para frente.
— Nerd, ninja, safado. — Ela fala com um sorriso e eu sou obrigado a rir. Eu realmente não sou o tipo dela.
— É, eu realmente não sou o seu tipo.
— Não fiquei triste, afinal, eu estou aqui, não estou? — Ela tem um sorriso tão provocante nos lábios que me dá vontade de morder. Inferno.
— Não estou triste, confio no meu potencial, Kalliope, afinal, como você mesmo disse, você está aqui, não está? — filha da puta morde os lábios e fica me olhando com aquela carinha.
— Confiante... Eu gosto, mas quero saber se sabe determinar juros e montante de alguma aplicação. — Isso foi uma provocação por eu ser totalmente diferente do tipo dela... Se ela quer um cara der, eu posso ser.
— Primeiro eu teria que multiplicar o juros, capital e taxa de juros, depois pegar o resultado e somar com o capital e pronto. Isso se for Juros simples, o composto seria diferente. — Ela abre um sorriso e fecha os olhos.
— É... Só faltou mesmo a aparência de nerd.
— Tem fetiche em óculos, Kalliope? — Pergunto me encostando na cadeira e olho fixamente para ela.
— Tenho fetiche por mentes brilhantes, Lorenzo.
— Então nós iremos nos dar bem. — Abro um sorriso de lado e ela passa a língua nos dentes enquanto segura a taça, filha da puta linda.
— Você está me surpreendendo, Lorenzo...
— Para falar a verdade, até eu estou me surpreendendo... Será que essa é a hora que eu pergunto se eu posso te beijar? Porque eu quero muito. — Ela começa a rir e eu fico abobado ouvindo essa risada gostosa.
— Vamos fazer assim... — Ela se inclina sobre a mesa e passa a mão pelo meu peito, paraliso no mesmo momento, mas adoro o contato. Ela sente a caneta no meu bolso interno e enfia a sua mão dentro do meu terno e puxa a mesma. — Se você resolver esse problema, eu te garanto um beijo quando terminarmos esse jantar. — Ela fala enquanto estica um guardanapo de pano na mesa, ela começa a escrever e eu fico olhando cada detalhe do rosto dela. — Determine o volume do cilindro, Lorenzo Lastra. — Diz botando o guardanapo na minha frente.
— Você quer de qualquer maneira saber se eu sou inteligente, né? — Olho para o guardanapo e sorrio. Ela estica o braço segurando a caneta na minha frente para eu resolver o problema, pego a mesma e guardo no meu bolso. — Se o raio do cilindro é de cinco centímetros e a altura é cinco centímetros, o resultado é cento e vinte e cinco.
— Ok, essa estava fácil. — Ela fala com um sorriso.
— Isso quer dizer que quer me beijar quando esse jantar terminar? — Brinco e ela não consegue esconder o sorriso. Essa mulher me deixa bobo.
— Digamos que eu quero muito te conhecer melhor e isso inclui conhecer o seu beijo. — Ela é direta e isso me afeta.
— Ótimo, porque isso é o que eu mais quero.
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Amor Fatal. [3° livro da saga Mafiosi Perfetti]
RomanceSendo o único solteiro de quatro irmãos, Lorenzo Lastra está em busca de uma mulher que foi preciso olhar apenas uma vez para se apaixonar. Mas nem sendo membro da maior máfia do mundo esse é um trabalho fácil. Kalliope, conhecida por muitos como El...