Capítulo 54

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Pedro.

Agora que o sangue está esfriando a dor do tiro começa a se fazer presente, foi de raspão, mas ainda sim foi um tiro. Se eu não tirar o resíduo da pólvora, a ferida nunca vai se fechar, isso pode ficar muito feio. Estou preocupado com Orion e Lorenzo que levaram um tiro certeiro. Lorenzo nem parece que levou um tiro, está sentado esperando os tais anjos aparecerem como se nada tivesse acontecido, já o Orion, está em um situação mais complicada.

— Eu sei que não podemos ir a um hospital porque vão nos associar na mesma hora com am erda lá no hotel, mas eles não podem ficar aqui sem um atendimento, merda, ele levou um tiro na merda. — Cléo fala um pouco alterada.

Lorenzo ia dizer algo, mas a porta foi aberta e por ela passa Apolo, logo atrás dele vem mais algumas pessoas, elas vem logo na nossa direção sem dizer uma palavra sequer. Dois caras fazem o Orion se deitar na cama do quarto onde estamos, eles tiram o'pano de sua perna e eu não consigo mais prestar atenção nele porque logo um dos caras começa a mexer em meu corpo.

— Tire a mão de mim, odeio que me toquem. — Lorenzo fala alto.

— Senhor Lastras, deixe eles fazerem o trabalho deles. — O tal Apolo fala.

— Não, em mim ninguém toca.

— Eu vou ter que ligar para a senhora Lastra? — Prendo o riso quando vejo que ele está sendo tratado como criança.

Lorenzo resmunga e Kalliope para ao lado dele e tira o pano de seu braço, ela fala baixinho com ele e logo o cara começa a mexer nele.

— Me chamo Hermes, sou o anjo número seis. — O cara que está tocando um líquido transparente em minha costela diz alto para todos escutarem.

— Sou o Adônis, anjo número cinco. — Um dos que estava cuidando do Orion responde.

— Sou o Aquiles, anjo número sete. — O que estava ao lado do Adônis fala ainda concentrado em limpar o sangue na perna do Orion.

— Sou o Orfeu, anjo número quatro. — O que estava cuidando do braço do Lorenzo diz.

— Está faltando o numero um. — Lorenzo diz olhando diretamente para Apolo que estava em pé olhando tudo com atenção.

— Não, eu estou aquI. — Outro entra pela porta. — Hades, prazer, o anjo número um.

— É agora que vocês dizem o que são certamente? — Lorenzo pergunta e o Hades fica olhando o mesmo fixamente.

— Calma ai, vocês irão ignorar o fato deles terem assumido nomes de deuses?

— Ai. — Orion grita.

Olho o mesmo e vejo a sua situação. Ele está com a cabeça na perna da Cléo, os dois que estão cuidando dele parecem muito concentrados no que está fazendo, ele parece está sentindo muita dor.

— A bala se alojou, precisamos tirar, não dá tempo para uma anestesia, você vai precisar ser forte. — Aquiles fala de uma forma suave.

— Irmão, olha pra mim, você consegue, daqui vejo que ela não vai demorar e nem vai ser tão difícil, você sabe como funciona. — Cléo fala tentando acalmar o irmão. Afasto a mão do Hermes de mim e vou até o Orion, me sento ao lado deles.

— Ei cara, vai ficar tudo bem, você só precisa prendar a respiração quando eles enfiar essa porra de pinça na sua perna, ok? Morde essa merda aqui. — Tiro a fronha do travesseiro e entrego a ele. — Morde essa porra e seja forte.

Ele bota a fronha na boca e eu olho para a Cléo que está com uma cara nada boa por ver o irmão passando por isso. Puxo a mão dela e seguro com força.

Amor Fatal.  [3° livro da saga Mafiosi Perfetti]Onde histórias criam vida. Descubra agora