Pedro.
Agora que o sangue está esfriando a dor do tiro começa a se fazer presente, foi de raspão, mas ainda sim foi um tiro. Se eu não tirar o resíduo da pólvora, a ferida nunca vai se fechar, isso pode ficar muito feio. Estou preocupado com Orion e Lorenzo que levaram um tiro certeiro. Lorenzo nem parece que levou um tiro, está sentado esperando os tais anjos aparecerem como se nada tivesse acontecido, já o Orion, está em um situação mais complicada.
— Eu sei que não podemos ir a um hospital porque vão nos associar na mesma hora com am erda lá no hotel, mas eles não podem ficar aqui sem um atendimento, merda, ele levou um tiro na merda. — Cléo fala um pouco alterada.
Lorenzo ia dizer algo, mas a porta foi aberta e por ela passa Apolo, logo atrás dele vem mais algumas pessoas, elas vem logo na nossa direção sem dizer uma palavra sequer. Dois caras fazem o Orion se deitar na cama do quarto onde estamos, eles tiram o'pano de sua perna e eu não consigo mais prestar atenção nele porque logo um dos caras começa a mexer em meu corpo.
— Tire a mão de mim, odeio que me toquem. — Lorenzo fala alto.
— Senhor Lastras, deixe eles fazerem o trabalho deles. — O tal Apolo fala.
— Não, em mim ninguém toca.
— Eu vou ter que ligar para a senhora Lastra? — Prendo o riso quando vejo que ele está sendo tratado como criança.
Lorenzo resmunga e Kalliope para ao lado dele e tira o pano de seu braço, ela fala baixinho com ele e logo o cara começa a mexer nele.
— Me chamo Hermes, sou o anjo número seis. — O cara que está tocando um líquido transparente em minha costela diz alto para todos escutarem.
— Sou o Adônis, anjo número cinco. — Um dos que estava cuidando do Orion responde.
— Sou o Aquiles, anjo número sete. — O que estava ao lado do Adônis fala ainda concentrado em limpar o sangue na perna do Orion.
— Sou o Orfeu, anjo número quatro. — O que estava cuidando do braço do Lorenzo diz.
— Está faltando o numero um. — Lorenzo diz olhando diretamente para Apolo que estava em pé olhando tudo com atenção.
— Não, eu estou aquI. — Outro entra pela porta. — Hades, prazer, o anjo número um.
— É agora que vocês dizem o que são certamente? — Lorenzo pergunta e o Hades fica olhando o mesmo fixamente.
— Calma ai, vocês irão ignorar o fato deles terem assumido nomes de deuses?
— Ai. — Orion grita.
Olho o mesmo e vejo a sua situação. Ele está com a cabeça na perna da Cléo, os dois que estão cuidando dele parecem muito concentrados no que está fazendo, ele parece está sentindo muita dor.
— A bala se alojou, precisamos tirar, não dá tempo para uma anestesia, você vai precisar ser forte. — Aquiles fala de uma forma suave.
— Irmão, olha pra mim, você consegue, daqui vejo que ela não vai demorar e nem vai ser tão difícil, você sabe como funciona. — Cléo fala tentando acalmar o irmão. Afasto a mão do Hermes de mim e vou até o Orion, me sento ao lado deles.
— Ei cara, vai ficar tudo bem, você só precisa prendar a respiração quando eles enfiar essa porra de pinça na sua perna, ok? Morde essa merda aqui. — Tiro a fronha do travesseiro e entrego a ele. — Morde essa porra e seja forte.
Ele bota a fronha na boca e eu olho para a Cléo que está com uma cara nada boa por ver o irmão passando por isso. Puxo a mão dela e seguro com força.
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Amor Fatal. [3° livro da saga Mafiosi Perfetti]
RomanceSendo o único solteiro de quatro irmãos, Lorenzo Lastra está em busca de uma mulher que foi preciso olhar apenas uma vez para se apaixonar. Mas nem sendo membro da maior máfia do mundo esse é um trabalho fácil. Kalliope, conhecida por muitos como El...