Amor Fatal. [3° livro da saga Mafiosi Perfetti]

Capítulo 23

Lorenzo.

A missão de planejar e executar o casamento da Aurora foi até que tranquila, eu pensei que meus irmãos e o papai iria endoidar, mas eles ficaram animados, acho que esse casamento, para eles, é como uma garantia que a Aurora não vai mais correr o risco de se envolver com qualquer outro homem. Tá, de fato isso é bom, é muito bom. Afinal, o Yuri é de uma boa família e é cara até que legal. Às vezes eu o odeio por saber que ele beija a minha irmã, mas esse sentimento passa quando eu vejo o quanto ela está feliz e mais solta. Ela está sendo ela mesma. O casamento é amanhã, a semana passou muito rápido e eu me assustei com isso. Minha irmã vai se casar.

Só de pensar que a um tempo atrás eu poderia matar qualquer um que chegasse perto dela, eu vejo que não só eu, mas toda a minha família mudou muito.

— Lorenzo, eu preciso que você vá até a floricultura, eu não consigo falar com eles e nós precisamos confirmar a encomenda. — Maria Alice fala ainda olhando para o tablet em sua mão. — Eu não sei porque essa palhaçada, nós fizemos a encomenda e demos o sinal, porque precisamos de uma confirmação? Povinho chato.

— Geralmente é assim que funcciona. — Falo consertando a minha postura no sofá. Ela se senta ao meu lado.

— Olha isso. — Ela muda de assunto enquanto me entrega o tablet. — A decoração vai ser assim. — Olho para a foto e um arco de flores brancas, não entendo nada de flores, mas são bonitas. Tem alguns vasos de flores no chão que vão em direção a esse arco formando um caminho.

— Pode falar, foi o Giovanni que escolheu isso, não foi? — Pergunto ainda olhando a foto e ela faz uma careta.

— Foi, aquele exibido.

— Você ainda não se acostumou com esse jeito dele?

— Lorenzo, eu amo o jeito do Giovanni, de verdade, eu amo o quanto ele pode ser muitas coisas, mas me assusta o quanto ele leva a sério esse lance de roupas, decorações, estéticas e sei lá mais o que... Ela puxou isso de quem?

— Olha, eu não sei, acho que ninguém aqui em casa é desse jeito.

— Você tem noção que ele está desenhando o meu vestido de casamento? — Minha vontade é de rir da cara que ela está fazendo agora, mas apenas ignoro.

— Maria Alice, só se acostume.

— Ok, entendi que ele não vai deixar a ideia do vestido de lado.

— Mas sobre o casamento da Aurora, está tudo certo?

— Bom, agora está. — Ela pega o aparelho de minhas mãos. — Bianca e sua mãe quase mataram umas duas pessoas, mas conseguimos tudo que precisávamos.

— Viu a Bianca hoje?

— Sim, ela está no quarto, parece que nessa fase da gravidez é normal ela se sentir bem cansada e até mesmo inchar.

— Ok, eu irei ve-la. — Me levanto.

— Ei zangado. — Me viro na direção dela. — O que você acha de chamar a sua pessoa para o casamento? — Fico olhando para ela pensando o quão estranho seria a Kalliope aqui. Com certeza é o que eu mais quero, eu quero que ela conheça a minha família e que acima de tudo eles gostem dela, mas acho que é cedo demais. — Vou botar um lugar a mais na cerimônia e no bufê, se for da sua vontade trazer ela, ela vai ter um lugar. — Ela se levanta e sai.

Vou em direção a escada pensando sobre isso. Se eu a chamar, pode ser que ela não aceite, afinal, acho que ela pensa como eu.

— Oi príncipe. — Aurora chama a minha atenção. — Eu estava mesmo atrás de você.