Capítulo 74

651 56 6
                                    

Kalliope.

Sabe quando você sente que está sendo observada, mesmo que aparentemente não tenha nada ou ninguém suspeito ao seu redor, mas mesmo assim seus sentidos estão ali, te avisando, te alertando sobre algo? Eu estou sentindo isso neste momento. Eu não sei o que esses desgraçados querem, mas eu vou pegar eles, eu vou pegar todos eles. Olho para o Lorenzo a minha frente e noto a tranquilidade dele, não parece perceber nada, o que eu acho bem estranho, mas não posso dizer muito porque eu também estou passando tranquilidade no momento, não posso deixar ninguém saber que estou a ponto de matar o primeiro que der um passo em nossa direção.

Olho em volta e vejo que o restaurando não está tão cheio como sempre, isso é suspeito para uma sexta a noite.

— Linda, para ser perfeito você precisa relaxar só mais um pouquinho. — Ele fala e ganha a minha atenção. Levo um tempo para entender sobre o que ele está falando.

— Inocência a minha, achar que você não percebeu. — Falo pegando a taça na mesa e virando o líquido de uma só vez.

— Percebi desde o momento em que entramos aqui, meu amor. — Ela fala tudo com bastante calma e um sorriso.

— Seja lá quem for, eu irei matar.

— Eu sei, querida, mas primeiro precisamos saber quem são e o motivo de estar nos vigiando.

O garçom para em nossa mesa e pergunta se já vamos fazer o nosso pedido e o Lorenzo confirma, ele pede algo aleatório e logo o garçom se vai. Afim de tentar descobrir alguma coisa, eu me levanto e aviso que vou até o banheiro, ele resmunga um "quatro minutos, Linda" e eu confirmo com a cabeça. No caminho eu olho atentamente cada mesa e cada pessoa, olho para a recepção e vejo pela primeira vez algo suspeito. Bom, um homem de quase dois metros vestido de preto e um pouco ansioso é com certeza algo suspeito. Entro no banheiro e tranco a porta, pego minha arma na minha coxa e destravo, guardo ela no mesmo lugar e logo depois ajeito a minha lamina que está presa na outra coxa. Eu não sei quem e nem o motivo de estarem nos seguindo, mas eu sei que se não fosse alguém querendo nos machucar, nos abordaria de outra forma. Saio do banheiro e no caminho de volta a té a minha mesa faço o mesmo processo de analisar cada canto que consigo.

— Mesa sete, homem de terno azul marinho, mesa oito, os dois homens jantando como se fossem o casal mais apaixonado do mundo e recepção, homem de um metro e noventa e pouco, terno preto. — Ele fala logo assim que me sento e eu abro um sorriso. Como ele é gostoso.

— O que fazemos? Esperamos eles nos abordar ou acabamos logo com isso?

— Você decide, Linda.

— Quantas armas com você?

— Uma. E ela é o suficiente.

— Você fica gostoso assim, sabia? — Falo me ajeitando para pegar a minha arma. Ele abre um sorriso e ajeita o terno em seu corpo.

— Diz que sente vontade de pular em cima de mim e... — Corto ele.

— Sim, eu amor, eu pularia em cima de você agora mesmo e sentava até gozar. — Falo ajeitando a arma em meu colo.

— Parece que dois dias confinados naquele apartamento não foi o suficiente para você. — Noto ele pegando sua arma.

— Bom, você me disse que iriamos se inspirar nos recém casados e iriamos ter uma lua de mel de dias, mas só faz dois dias do casamento e já saímos do apartamento, ou seja, nossa lua de mel não durou muito.

— Tinhámos que sair para comer, meu amor.

— Hum, eu não queria, por mim eu ficaria sem comer e beber, só aproveitando esse seu corpo maravilhoso. — Ele abre aquele sorriso lindo que só eu tenho o privilégio de ver tanto.

Amor Fatal.  [3° livro da saga Mafiosi Perfetti]Onde histórias criam vida. Descubra agora