Capítulo 34

729 66 12
                                    

Lorenzo

Entramos no carro e olho para ela, olho a hora e vejo que está bem cedo ainda. Não estava nos meus planos parar em algum lugar e ter que ir embora por causa de uma briga.

— Desculpe por acabar com a nossa noite. — Ela fala e eu olho para a mesma.

— Você acabou com nada e ainda está cedo, podemos fazer algo ainda.

— Você bebeu, não é legal dirigir. — Ela fala com com um sorriso no rosto, dá para ver que ela falou isso como uma brincadeira e sinceramente? Eu achei graça real.

— Dois copos de Whisky não me deixam bêbado.

— Que pena, eu amo adrenalina. — Ela fala e eu nego com a cabeça ligando o carro. Entrego o copo que ainda está em minha mão a ela e começo a dirigir.

— Para onde quer ir?

— Não sei, mas acho que continuar bebendo é uma boa opção.

— Quer parar em um bar? — Pergunto

— E correr o risco de bater em mais alguém por sua causa? Passo. — Não consigo segurar a risada.

— Não foi por minha causa, foi pelo abuso dela.

— E ela foi abusada porque? Isso mesmo, meu garoto, porque ela te queria... — Ela fica com raiva. — Eu não sei o que se passa pela cabeça dessas pessoas, ela não me viu ali?

— O que você disse a ela? — Fiquei bem curioso e não posso deixar de dizer que fiquei excitado também. Ela fica uma delicia batendo nas pessoas.

— Só falei algumas verdade. — Ela me olha e eu desvio meus olhos da estrada para olhar a mesma.

— Entendi...

— E aí, decidiu para onde vamos? — Ela pergunta e bebe o que sobrou no copo.

— Sim.

°°°

Abro a porta do meu apartamento e ela é a primeira a entrar. Ela está segurando as sacolas com as bebidas.

— Cozinha?

— Vire à direita e depois a esquerda. — Falo enquanto fecho a porta.

Meus irmãos e eu sempre tivemos um apartamento mesmo morando na mansão, o motivo disso é ocasiões como essas. De longe eu fui o que menos usei o meu apartamento, o Francesco também não era muito de usar, já o Giovanni, aquele ali usava sempre. Para falar a verdade, eu acho que só usei esse apartamento quatro vezes.

— Voltei. — Ela chega com dois copos e uma garrafa.

Nos sentamos no sofá e me vem à mente a noite em que ela estava aqui, em cima de mim, gozando no meu dedo.

— Porque tem um apartamento se não mora aqui? Vocês ricos são estranhos.

— Até onde sei, você também tem muito dinheiro, Kalliope.

— Não gosto de viver como se tivesse milhões na conta, isso me irrita... Não, claro que ter dinheiro é bom, mas às vezes é estranho pensar que eu só tenho tudo isso porque o meu pai deixou pra mim, entende? Eu não me sinto merecedora.

— Mas mesmo sem o dinheiro do seu pai você continua tendo muito dinheiro. — Eu sei que ela tem, o trabalho dela não é algo que ganha pouco, na verdade, é um dos mais bem pagos e sendo ela, filha de quem é, ela ganha ainda mais.

— Sim... Mas enfim, porque? — Demoro um pouco para eu perceber que ela quer uma resposta para a pergunta feita.

— Meus irmãos e eu compramos apartamentos um ao lado do outro para termos momentos como este. — Falo a verdade. — Eu fui o que menos usei, Francesco usou algumas vezes também, já o Giovanni era toda semana. Temos uma regra de não levarmos ninguém à mansão, a não ser que seja uma pessoa muito importante para gente, por isso os apartamentos.

Amor Fatal.  [3° livro da saga Mafiosi Perfetti]Onde histórias criam vida. Descubra agora