Capítulo 03

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Lorenzo.

Passo pelo corredor da sede em direção a sala de Francesco, ele mandou eu ir até lá e eu nem sei do que se trata, mas parece ser algo sério, ele nunca me chama atoa. Chego na frente da porta dele e escuto uma falação do lado de dentro, abro a porta e vejo Giovanni, Francesco, Isa, Ryan e meu pai.

— Ai, ele chegou, você que falem, eu to fora. — Ryan fala se sentando no sofá.

— Tá, qual é a merda dessa vez. — Pergunto.

— O negócio é o seguinte, você vai entrar de férias. — Francesco fala e eu fico olhando para a cara de paspalho dele.

— Como é? — Pergunto.

— É isso, meu filho, você vai entrar de férias, conversamos e chegamos a conclusão de que você precisa se desligar um pouco disso aqui, você não é como seus irmão e primos que consegue separar as coisas, você se afunda na máfia e isso é ruim para você.

Fico olhando para o meu pai tentando entender o que ele e minha família pensam de mim, parece que a Bianca e a Aurora são as únicas que me entendem. Eu não me afundo na máfia, será que isso é tão difícil deles perceberem? Eu apenas não saio e não fico com milhares de mulheres por aí como o Francesco e o Giovanni fazia, com isso, só sobra a máfia para lidar. Conheço a minha família e sei que eles não vão sossegar até eu aceitar isso, eles são mais teimosos que eu.

— Tudo bem. — Falo e eles ficam me olhando paralisados, estão chocados e eu entendo.

— Ok, foi mais fácil do que eu imaginei. — Giovanni fala.

— Não, não foi não. — Isa fala baixinho e eu solto um sorriso de lado. É priminha, não foi não.

— Lorenzo, estamos falando sério. — Francesco fala.

— Não, não estão... — Me sento. — Como vocês podem querer que eu fique de "férias" da única coisa que eu faço de bom na minha vida? Vocês não veem que eu não tenho uma família, namorados ou sei lá mais o que vocês tem? Eu não me afundo na máfia, eu apenas não tenho mais o que fazer, eu estou bem, eu sei que se preocupam comigo, mas eu não estou ficando maluco ou algo do tipo, eu ainda sou eu.

— Ele tem razão. — Ryan fala. — Quando nós não tinha nada como, namorados, esposas e filhos, nós éramos como ele, bom, ainda sim saíamos e transavamos, mas éramos mais ligados a máfia... Isso é normal, quando ele achar a pessoa dele ele não vai ser tão ligado a isso.

— Você tem razão, mas o Lorenzo é perigoso. — Isa fala e eu olho para ela meio ofendido. — Não me olha assim, você é insano e passar mais tempo aqui dentro vai te deixar pior, eu estou falando sério.

— Ok, não precisa ser férias, mas o que acha de ficar menos tempo na sede e mais tempo com a família? — Meu pai pergunta.

— Ok, se isso vai fazer vocês me deixarem em paz...

— ótimo, resolvido, eu vou ver o Pedro agora, tem a porra de uma mulher na casa dele e eu quero saber quem é. — Ryan fala se levantando e Giovanni começa a rir. — Tá rindo de que, palhaço?

— Essa mulher é ex dele, eu a conheci no dia que a Bianca se escondeu lá e deixou apenas eu entrar...

— Ex? Fala sério, eu vou matar aquele filho da puta.

— Não vai não, ele é bom com armas e lutas corporais e se você fizer isso, a Bianca te mata. — Francesco fala se sentando em sua cadeira.

— Eu vou lá ver essa merda. — Ryan sai da sala.

— Eu vou atrás dele, quero ver briga. — Giovanni fala saindo da sala.

— E eu vou para casa, Zyan volta hoje e ele quer se reunir com o pessoal. — Meu pai sai.

Isa se senta o meu lado e ficamos olhando para a cara de Francesco.

— Defini um local neutro para reuniões. — Ele começa a falar. Ele botou essa ideia na cabeça desde o episódio na Russia. — Islândia. — Faz sentido.

— Espera, Islândia? — Isa pergunta.

— O país mais pacifico do mundo, não tem máfias, não tem crime organizado, é perfeito. — Ele tem razão. — Fiz um acordo com todas as máfias aliadas a nós e eles aceitaram, botarmos uma equipe de cada uma no país para cada um se sentir mais seguro e afirmar que nenhuma máfia está tomando conta do território, assim, quando tivermos alguma reunião, estaremos seguros, não só nós como todos eles.

— Uau, perfeito. — Isa fala.

— Outra coisa que fiz pensando na segurança na nossa família, foi aumentar a vigilância, mas não com nossos homens, agora cada um de nós estamos seguros de outra forma, foi ideia da Bianca, ela chama essas pessoas de anjos... Não me perguntem, eu sei tanto quanto vocês, ela que fez tudo quanto a isso, a única coisa que eu sei é que cada um de nós estamos sendo vigiados e apenas ela sabe por quem, ela me garantiu com todas as forças que confia neles a sua vida. Eu apenas concordei com a minha mulher.

— Espera, como assim? Francesco, a Bianca não sabe muito desse mundo ela não sabe... Como ela pode confiar em pessoas que nem... — Isa parece nervosa.

Eu poderia estar também, mas eu conheço a Bianca, ela não é burra, se ela confia nesses tais anjos, eu não irei duvidar dela, eu apenas quero saber o que eles são.

— Isa, eu confio nela. — É a única coisa que Francesco diz sobre isso. — Agora eu posso afirmar que estamos bem, nada, absolutamente nada acontecerá com a nossa família.

— Ok... E quanto ao Pietro? — Isa pergunta e olhamos para ela confusos. — A máfia gente... Giovanni disse que não acabaria com a Bratva porque ela pertence ao Pietro, mas quem ficará na Bratva?

— Isso o Giovanni já resolveu, tem uma pessoa na frente da Bratva. — Francesco fala.

— Cara, em que esquina eu virei que páramo de andar juntos? Como assim ele botou alguém na Bratva e ainda não somos aliados a eles? — Isa pergunta.

— Porque ele acha que só vamos ser aliados da Bratva quando o Pietro assumir o seu lugar e isso se ele quiser isso. — Meu irmão é inteligente. Se formos aliados da Bratva o Pietro pode crescer e pensar que só acolhemos ele por isso, por causa da aliança da máfia, ele que tem que decidir, ele como herdeiro que precisa escolher se quer ou não uma aliança.

— Ok, faz sentido. — Isa se levanta. — Eu to indo, preciso sair com Aurora. — Ela sai da sala.

— Tem mais alguma coisa para falar? — Pergunto olhando o meu irmão.

— Já conseguiu alguma coisa com a Kalliope? — Ele pergunta e eu me ajeito na cadeira.

— To na mesma.

— Você não vai desistir? — Ele pergunta e eu solto uma risada nasal.

— Desistir da única pessoa que me fez sentir algo? Acho que não.

— Ótimo, então vamos agir. — Ele se levanta.

— O que?

— Maria Alice e eu andamos conversando e achamos que se depender da Kalliope vocês não vão se encontrar tão cedo, então achamos a ideia de testar ela uma boa.

— Testar? — Porra, eles vão me fuder.

— Sim, primeiro temos que saber se ela só está te enrolando... — Ele vai saindo da sala e eu me levanto e vou atrás.

— Para onde vamos?

— Para casa, Maria Alice está lá e vamos começar a traçar o nosso plano.

Puta que pariu, eu vou sair fudido disso tudo...

Amor Fatal.  [3° livro da saga Mafiosi Perfetti]Onde histórias criam vida. Descubra agora