Lorenzo.
Seis meses, Bianca está com seis meses de gravidez e eu posso dizer que ela é muito forte por aguentar tanta merda durante esse momento que deveria ser o mais calmo e curtido por uma pessoa. Neste momento estou em uma loja de bebês com ela e a Maria Alice. Petro entrou faz pouco tempo na vida da Maria Alice mas parece que ela gerou essa criança, nunca vi uma mãe tão louca.
— Segura meu filho direito, Lorenzo. — Olho para o pequeno nos meus braços e fico confuso, eu estou o segurando direito.
— Meu bem, esse jeito de segurar ele me assusta um pouco também. — Bianca fala parando na minha frente e ajeitando o Pietro nos meus braços. Reviro os olhos.
— Essas crianças vão crescer cheias de frescuras. — Falo ajeitando ele.
— Nem ouse segurar o meu filho assim. — Bianca fala rindo.
— Chatona. — Falo olhando a mesma que rir abertamente.
— Vem, me ajuda a escolher as roupas de cama do bebê.
— Anjo, eu não sei fazer isso não.
— É só escolher uma cor, Lorenzo.
— Primeiro foi você, agora vem esses bebês para me deixar todo boiola. — Olho para Pietro e abro um sorriso.
Depois que Bianca descobriu a gravidez eu passei a rir mais, fico pensando em ouvir chorinhos de bebês e depois risadinhas, escutar pezinhos correndo pela casa... Eu sempre gostei de crianças, mas nunca tive uma por perto e quando a Bianca falou da gravidez naquela lanchonete algo dentro de mim explodiu. Eu amo a Bianca, amo muito, e essa criança vai ser mais um dos amores da minha vida, assim como o Pietro já é. Ele não tem culpa de nada, ele é inocente e puro e tanto eu, quanto todos dessa família já o amam grandemente. Ele é incrivelmente inteligente e esperto. Eu gosto de ficar com ele e meu irmão se aproveita disso, quando está cansado ele me chama no quarto dele só para me fazer ficar com o Pietro, eu reclamo mas nem ligo.
— Bianca, olha isso... É primeira coisa com cara infantil que achei nessa loja. — Maria Alice fala parando em nossa frente. Ela está segurando uma mamadeira com estampa de ursinhos.
— Que bonitinha.
— Essas lojas de rico só tem coisas estranhas... Como se um bebê fosse amar uma chupeta com vários diamantes... Isso é perigoso.
— Eu penso o mesmo.
Deixo as duas conversando e vou andando ainda com o Pietro no colo até a porta da loja, olho em volta e vejo os nossos homens espalhados pelo local, pego o meu celular e vejo a hora, está quase na hora do almoço e consequentemente a hora da troca do plantão deles. Como estamos no shopping, isso é perigoso, mas necessário. Para melhor nos servir, eles precisam estar saudáveis e satisfeitos. E no tudo eles são seres humanos, seres humanos incríveis e de bom coração.
Volto para o lado das duas e vou conduzindo elas para os fundos da loja, Bianca como sempre já está acostumada com essas coisas, mas a Maria Alice não.
— Não me diga que está acontecendo algo.
— Não, é só a troca de seguranças. — Bianca responde.
Elas encostam na parede e eu me posiciono na frente delas ainda com o Pietro no colo. Pego o meu telefone e confirmo com a outra equipe a troca. Depois de um tempo eles confirmam dizendo que já estão em seus lugares e eu deixo elas andando pela loja livremente outra vez. Pietro começa a se mexer no meu colo e eu sei que ele está com fome. Essa criança não se manifesta por nada a não ser fome, ele é bem calmo.
— Maria Alice, seu filho sente fome.
Ele pega na bolsa uma mamadeira e me entrega, fico olhando para ela sem acreditar que ela vai me fazer alimentar o bebê, eu nunca fiz isso, eu tenho medo dele se engasgar, eu fico nervoso.
— Você tem que ir treinando, Bianca e Francesco vão fazer vocês de babá.
— Eu costumava matar pessoas, hoje eu sirvo de babá? Que absurdo!
Ela rir e sai andando... O que eu não faço por essas mulheres loucas e por essas crianças?
Enquanto dou leite ao bebê, na minha cabeça vem aquela maldita mulher... Porque ela tinha que ser filha do Dancam? Aquele homem era impossível e pelo jeito ela o puxou, porque na minha vez tem que ser tão difícil? Ela é linda, linda demais, parece uma boneca, não parece ser real, mas sei que ela não é nada meiga e fofa como aparenta. Desde a primeira vez que a vi eu soube que ela não é o que a aparência passa e isso me deixou ainda mais intrigado e fascinado... Ela sabe que eu a procuro e eu sei que eu só irei vê-la outra vez quando ela quiser, isso é um saco. Não vejo a hora de ficar bem perto dela outra vez...
Mas nada é como eu quero, desde que Bianca entrou na minha vida eu estou aprendendo a ser contrariado... Isso me faz pensar no quanto eu amoleci com o tempo. Antes eu não deixava ninguém se aproximar de mim e hoje eu tenho uma amizade com quatro homens, sendo um deles namorado da minha irmã, outro namorado da minha prima, o outro é namorado do meu primo e o quarto se enquadra na função de ser irmão mais velho da minha cunhada. Sem contar as mulheres... Primeiro Bianca, depois Maria Alice e agora Kalliope.
Kalliope, nome diferente. Igual a ela. Linda e diferente.
Eu sei que ter ela não será fácil, na verdade não será nada fácil, mas eu vou. Eu nunca quis tanto uma coisa como eu quero ela. Ela mexeu com tudo em mim, mexeu tanto que fui incapaz de esconder isso, eu sempre fui o único nessa família a saber guardar um segredo, mas quando se trata dela, eu viro um idiota completo, isso me irrita, mas também me deixa bobo como a porra de um idiota.
É, eu estou igual aos meus irmãos...
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Amor Fatal. [3° livro da saga Mafiosi Perfetti]
RomanceSendo o único solteiro de quatro irmãos, Lorenzo Lastra está em busca de uma mulher que foi preciso olhar apenas uma vez para se apaixonar. Mas nem sendo membro da maior máfia do mundo esse é um trabalho fácil. Kalliope, conhecida por muitos como El...