Kalliope.
Me levanto na cama e vou para o banheiro, o Lorenzo ainda está dormindo e eu não irei acordar ele. Faço minhas necessidades e vou para cozinha, faço um sanduíche e me jogo no sofá. Ligo a tv e boto no canal de animais. Acordei cedo para ir ajudar o Giovanni e depois sai do salão com o Lorenzo e viemos direto para cá, transamos como loucos e dormimos, agora são sete e quarenta da noite e sei que só vou dormir de madrugada, mas tudo bem. Irei fazer questão de preencher bem esse tempo com o meu grandão, por isso vou deixar ele descansar bem. Pego o meu telefone na mesinha e vejo o grupo, Elijah está como sempre tendo ideias mirabolantes e isso deixa o Orion animado, já Cléo e eu ficamos assustadas. Ele sempre arruma merda quando tem essas ideias malucas. Da última vez, o nosso vizinho queria bater nele pensando que ele estava dando em cima da mulher do cara, mas também, quem aponta um telescópio para a janela do quarto dos vizinhos? Minha família é meio doida.
A porta de da sala se abre e eu pulo do sofá já preparada para bater em seja lá quem for, mas logo por ela passa uma mulher, ela é baixinha assim como eu e suas roupas são em um tom de cinza, é um uniforme. Quando ela me ver ela grita de susto e eu sinto vontade de rir, mas me seguro.
— Minha nossa senhora, que susto! — Ela leva as mãos ao peito e fecha os olhos respirando fundo. Logo ela arregala os olhos e fica me olhando como se eu fosse um fantasma. — Me desculpe, eu não sabia que tinha alguém aqui, me desculpe, eu volto outra hora.
—Ei, calma, você é a moça que arruma aqui, certo? — Ela confirma com a cabeça.
— Eu não sabia que iriam está aqui a essa hora, me desculpe, geralmente quando o senhor Lastra está aqui ele avisa.
— Não se preocupe, está tudo bem. Como estamos aqui, acho melhor você voltar amanhã, mas está tudo bem, ok? Fique calma.
— Ok, obrigada. — Ela abre um sorriso. — Volto amanhã. — Ela abre a porta e logo sai.
Tranco a porta e volto para o sofá. Quando eu ia trocar de canal eu sinto um corpo se jogando em cima de mim, começo a gargalhar quando sinto os dedos de Lorenzo me fazendo cosquinha.
— Não, para com isso! — Falo entre risadas. — Amor, para!
— Não paro não.
— Lorenzo Lastra, pare já. — Ele para.
— A sua funcionária veio aqui.
— Eu sei, eu vi você falando com ela, quando eu escutei o grito eu pulei da cama, mas como eu vi que você não ia matar ou bater nela, eu só fiquei observando.
— Ela parece ser legal.
— E é. — Ela se ajeita e fica em cima de mim me olhando. — Quero beijos. Muitos beijos.
— Eu posso te dar isso. — Abro um sorriso.
— Que bom que pode, porque eu vou grudar em você e não vou soltar mais.
— Gostei da ideia. — Meu telefone começa a tocar e eu me estico para pegar ele. Vejo que é o número do Dancam
— Oi, homem da minha vida.
— Kalli, a mamãe não está bem, ela está chorando e com dor, vem ajudar ela. — Noto a voz de choro dele e me levanto rapidamente.
— Dancam, vocês estão em casa?
— Sim, ela está na cozinha, eu to com medo.
— Calma, amorzinho, eu estou indo agora mesmo.
— Não demora, por favor.
— Tá bom, fica pertinho dela, ok? Pede pra ela sentar no sofá que já estou chegando. — Ele confirma e eu desligo.
— Aconteceu algo? — Lorenzo pergunta quando me vou em direção ao quarto pegar as minhas roupas.
— Sim, a mãe do Dancam não está bem, eu não sei o que ela tem, mas ele me ligou chorando. — Pego minhas roupas e começo a me vestir.
— Eu vou com você.
— Obrigado.
— Não me agradeça por fazer o mínimo.
°°°
Abro a porta da casa da Dayane e vejo ela sentada no sofá da sala, sua cabeça jogada para trás, ela está de olhos fechados e respirando bem fundo, Dancam está ao seu lado com os olhos vermelhos e olhando para ela fixamente, como se a qualquer momento ela fosse desaparecer da sua frente. Isso parte o meu coração.
— Oi, eu cheguei. — Paro em frente a ela. — O que você está sentindo, em super mulher? — Tento me manter calma para não apavorar mais o meu irmão. Ela solta um sorriso cansado
— Meu coração... Doi.
— Ok, que tal entrarmos no carro e irmos para o hospital, hum? É uma ótima ideia, não é? — Falo já pegando ela pelo braço e a ajudando a se levantar, Lorenzo faz o mesmo com o outro braço e me ajuda.
— Eu vou junto, né? Eu posso ir? — Dancam pergunta e eu por um momento não sei o que fazer. Eu não quero que ele vá para um hospital, ela é só uma criança.
— O que você acha de ficar em casa com os tios? Eles podem te dar sorvete e biscoitos.
— Mas eles não estão aqui. — Ele soluça.
— Vou ligar para eles vir para cá... E você fica esperando eles junto com o tio Lorenzo. O que acha? — Falo e ele confirma com a cabeça, olho para o Lorenzo e ele está com os olhos parecendo duas bolas de tênis de tão grande. — Ele só vai me ajudar a levar a mamãe maravilha para o carro e depois volta para ficar com você, tudo bem?
— Tá bom.
Saio de casa com a Dayane e Lorenzo e depois de botarmos ela no carro ela vem disparando.
— Eu não posso ficar com ele, ele vai me matar, Kalliope.
— Calma, ele é só uma criança, você se dá bem com elas, e vai ser rápido só até o trio chegarem, eu preciso ir com ela para o hospital e eu não quero que ele vá para lá. — Ele suspira e confirma com a cabeça. — Não se preocupe, ele é bonzinho.
— Ele literalmente já ameaçou a chutar as minhas bolas.
— Não se prenda ao passado, Lorenzo, tô indo, tchau. — Entro no carro e logo dou partida.
RAINHAS, EU FIQUEI SEM NOTEBOOK, POR ISSO DEMOREI, ME DESCULPEM.
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Amor Fatal. [3° livro da saga Mafiosi Perfetti]
RomanceSendo o único solteiro de quatro irmãos, Lorenzo Lastra está em busca de uma mulher que foi preciso olhar apenas uma vez para se apaixonar. Mas nem sendo membro da maior máfia do mundo esse é um trabalho fácil. Kalliope, conhecida por muitos como El...