Capítulo 68

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Kalliope.

Me levanto na cama e vou para o banheiro, o Lorenzo ainda está dormindo e eu não irei acordar ele. Faço minhas necessidades e vou para cozinha, faço um sanduíche e me jogo no sofá. Ligo a tv e boto no canal de animais. Acordei cedo para ir ajudar o Giovanni e depois sai do salão com o Lorenzo e viemos direto para cá, transamos como loucos e dormimos, agora são sete e quarenta da noite e sei que só vou dormir de madrugada, mas tudo bem. Irei fazer questão de preencher bem esse tempo com o meu grandão, por isso vou deixar ele descansar bem. Pego o meu telefone na mesinha e vejo o grupo, Elijah está como sempre tendo ideias mirabolantes e isso deixa o Orion animado, já Cléo e eu ficamos assustadas. Ele sempre arruma merda quando tem essas ideias malucas. Da última vez, o nosso vizinho queria bater nele pensando que ele estava dando em cima da mulher do cara, mas também, quem aponta um telescópio para a janela do quarto dos vizinhos? Minha família é meio doida.

A porta de da sala se abre e eu pulo do sofá já preparada para bater em seja lá quem for, mas logo por ela passa uma mulher, ela é baixinha assim como eu e suas roupas são em um tom de cinza, é um uniforme. Quando ela me ver ela grita de susto e eu sinto vontade de rir, mas me seguro.

— Minha nossa senhora, que susto! — Ela leva as mãos ao peito e fecha os olhos respirando fundo. Logo ela arregala os olhos e fica me olhando como se eu fosse um fantasma. — Me desculpe, eu não sabia que tinha alguém aqui, me desculpe, eu volto outra hora.

—Ei, calma, você é a moça que arruma aqui, certo? — Ela confirma com a cabeça.

— Eu não sabia que iriam está aqui a essa hora, me desculpe, geralmente quando o senhor Lastra está aqui ele avisa.

— Não se preocupe, está tudo bem. Como estamos aqui, acho melhor você voltar amanhã, mas está tudo bem, ok? Fique calma.

— Ok, obrigada. — Ela abre um sorriso. — Volto amanhã. — Ela abre a porta e logo sai.

Tranco a porta e volto para o sofá. Quando eu ia trocar de canal eu sinto um corpo se jogando em cima de mim, começo a gargalhar quando sinto os dedos de Lorenzo me fazendo cosquinha.

— Não, para com isso! — Falo entre risadas. — Amor, para!

— Não paro não.

— Lorenzo Lastra, pare já. — Ele para.

— A sua funcionária veio aqui.

— Eu sei, eu vi você falando com ela, quando eu escutei o grito eu pulei da cama, mas como eu vi que você não ia matar ou bater nela, eu só fiquei observando.

— Ela parece ser legal.

— E é. — Ela se ajeita e fica em cima de mim me olhando. — Quero beijos. Muitos beijos.

— Eu posso te dar isso. — Abro um sorriso.

— Que bom que pode, porque eu vou grudar em você e não vou soltar mais.

— Gostei da ideia. — Meu telefone começa a tocar e eu me estico para pegar ele. Vejo que é o número do Dancam

— Oi, homem da minha vida.

Kalli, a mamãe não está bem, ela está chorando e com dor, vem ajudar ela. — Noto a voz de choro dele e me levanto rapidamente.

— Dancam, vocês estão em casa?

Sim, ela está na cozinha, eu to com medo.

— Calma, amorzinho, eu estou indo agora mesmo.

Não demora, por favor.

— Tá bom, fica pertinho dela, ok? Pede pra ela sentar no sofá que já estou chegando. — Ele confirma e eu desligo.

— Aconteceu algo? — Lorenzo pergunta quando me vou em direção ao quarto pegar as minhas roupas.

— Sim, a mãe do Dancam não está bem, eu não sei o que ela tem, mas ele me ligou chorando. — Pego minhas roupas e começo a me vestir.

— Eu vou com você.

— Obrigado.

— Não me agradeça por fazer o mínimo.

°°°

Abro a porta da casa da Dayane e vejo ela sentada no sofá da sala, sua cabeça jogada para trás, ela está de olhos fechados e respirando bem fundo, Dancam está ao seu lado com os olhos vermelhos e olhando para ela fixamente, como se a qualquer momento ela fosse desaparecer da sua frente. Isso parte o meu coração.

— Oi, eu cheguei. — Paro em frente a ela. — O que você está sentindo, em super mulher? — Tento me manter calma para não apavorar mais o meu irmão. Ela solta um sorriso cansado

— Meu coração... Doi.

— Ok, que tal entrarmos no carro e irmos para o hospital, hum? É uma ótima ideia, não é? — Falo já pegando ela pelo braço e a ajudando a se levantar, Lorenzo faz o mesmo com o outro braço e me ajuda.

— Eu vou junto, né? Eu posso ir? — Dancam pergunta e eu por um momento não sei o que fazer. Eu não quero que ele vá para um hospital, ela é só uma criança.

— O que você acha de ficar em casa com os tios? Eles podem te dar sorvete e biscoitos.

— Mas eles não estão aqui. — Ele soluça.

— Vou ligar para eles vir para cá... E você fica esperando eles junto com o tio Lorenzo. O que acha? — Falo e ele confirma com a cabeça, olho para o Lorenzo e ele está com os olhos parecendo duas bolas de tênis de tão grande. — Ele só vai me ajudar a levar a mamãe maravilha para o carro e depois volta para ficar com você, tudo bem?

— Tá bom.

Saio de casa com a Dayane e Lorenzo e depois de botarmos ela no carro ela vem disparando.

— Eu não posso ficar com ele, ele vai me matar, Kalliope.

— Calma, ele é só uma criança, você se dá bem com elas, e vai ser rápido só até o trio chegarem, eu preciso ir com ela para o hospital e eu não quero que ele vá para lá. — Ele suspira e confirma com a cabeça. — Não se preocupe, ele é bonzinho.

— Ele literalmente já ameaçou a chutar as minhas bolas.

— Não se prenda ao passado, Lorenzo, tô indo, tchau. — Entro no carro e logo dou partida. 




RAINHAS, EU FIQUEI SEM NOTEBOOK, POR ISSO DEMOREI, ME DESCULPEM. 

Amor Fatal.  [3° livro da saga Mafiosi Perfetti]Onde histórias criam vida. Descubra agora