Capítulo 16

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Kalliope.

Estou na frente do computador a vinte minutos esperando o Lorenzo aparecer, ele não fica mais o dia todo na frente do computador me esperando, mas tem um horário fixo que ele vem. Estou no meu quarto, sentada na cama, com o notebook em cima das minhas pernas e comendo o doce que a Cléo fez para o Dancam. A tela de vídeo sai do preto e eu vejo aquele homem magnífico sentado olhando para mim.

— Boa tarde, Kalliope. — Porque o meu nome saindo pela boca dele é algo tão atraente? Me arrepia toda.

— Boa tarde Lorenzo. — Ele sempre está de terno, eu nunca vi esse homem com uma roupa normal e eu acho que nunca vou ver.

— Como está?

— Bom, e você?

— Ótimo. — Tá, agora eu quero saber o que aconteceu para ele está se sentindo "Ótimo", isso é específico demais.

— Algo bom aconteceu? — Pergunto com quem não quer nada.

— Um homofóbico morreu. — Por mais que eu tenha crescido nesse meio de "matar para não morrer", ver ele falando assim me arrepia toda, ele é sim uma pessoa sinistra, não me assusta, mas continua sendo bem sinistro.

— Hum, isso é bom?

— Se ele fosse apenas um homofobico de merda poderiamos resolver de outra forma, mas o cara além de estuprador, era um X9 filho da puta.

— Ah, acho que entendo a sua "animação". — O quão estranho é conversarmos sobre mortes e levar tudo numa boa?

— Como está sendo o seu dia?

— Agitado, o meu irmão chegou ontem aqui em casa e quando ele vem a bagunça é certa e como eu moro com três cachorrinhos que fazem tudo por ele, bom, você já pode imaginar que a casa está uma loucura. — Ele confirma com a cabeça e ficamos em silêncio por um tempo.

— Kalliope, quando vamos nos encontrar? Quando vamos agir como dois seres humanos normais? Pessoas que saem em encontros ou sei lá o que esse povo faz... — Todo o meu corpo gela e eu fico sem saber o que responder. Tá, na verdade eu sei, mas eu tenho essa droga de problemas com comunicação com as pessoas que eu gosto.

— Hum, acho... Acho que podemos... — Respiro fundo. — Acho que podemos nos encontrar. — Falo de uma vez.

— Quando?

— Lorenzo, não me faça perguntas difíceis.

— Ok, entendi... Te encontro às oito no La Pergola. — Ele espera uma confirmação e eu só consigo confirmar com a cabeça. — Ótimo, eu já vou dizendo para não esperar nada de tradicional vindo de mim, nunca estive em um encontro e eu não sei como esse tipo de coisa funciona, a única coisa que eu quero é te deixar confortável para que possa querer mais vezes, então se algo te incomodar, me fale. Eu irei me corrigir e fazer de tudo para que tudo fi que melhor. — A sinceridade desse homem me causa coisas estranhas.

— Ok.

— Agora eu preciso ir, eu tenho uma viagem para planejar, coisas da máfia. Tchau, Kalliope, até mais tarde. — Ele fecha o notebook e eu fico paralisada.

Como um homem consegue mexer tanto comigo? Mais que inferno!

— Puta que pariu, eu tenho um encontro! — Grito e me levanto da cama.

Vou direto para o meu closet e começo a jogar as roupas para fora na tentativa de achar uma adequada... Bem que a Cléo falou que esse lance de vestir calças táticas e coturno o tempo todo iria me fuder, agora eu não tenho um vestido decente.

— CLÉO. — Grito por ajuda.

Espera, viagem?

Ele vai viajar?

Para onde?

Vou procurar saber mais sobre isso depois.

— O que foi? Porque me gritou?

— Tenho um encontro no La Pergola hoje às oito e eu não tenho roupa.

— Não me diga que o bonitão te chamou e você aceitou?! — Ele chega perto e eu confirmo. — Eu falei, sua idiota. — Ela dá um tapa no meu braço. — Eu sempre falo para você comprar roupas de pessoas normais.

— Ai Cléo... — Aliso onde ela bateu.

— Sua sorte é que eu sou uma pessoa normal e tenho roupas de pessoa normal. — Ela puxa meu braço e vai me levanto para fora do meu quarto.

Entramos no quarto dela e fomos direto para o closet.

— Só escolher... — Começo a experimentar os vestidos e ela fica sentada na cama opinando.

Depois de experimentar uns mil vestidos ficamos entre três deles, impossível escolher entre um tubinho preto, um slip dress e um Cami com gola drapeada.

— Hora de chamar reforçs. — Cléo fala se levantando, ela para na porta. — Ai, bando de otários e Dancam, venha aqui me ajudar. — Ela grita. Não demora nada e os três aparecem na porta do quarto. — Olhem e digam qual é o melhor.

Neste momento estou com o tubinho, dou uma rodadinha e logo volto para o closet, boto o slip dress e saio, eles me olham em silêncio e logo eu volto para trocar, boto o Cami e saio do closet.

— E então? — Pergunto.

— Posso pergunta para onde vai? — Orion pergunta.

— La Pergola.

— Ok, então você deve usar o segundo. — Orion responde e eu olho para Elijah.

— O segundo, parece ser mais sofisticado. — Olho para o Dancam que com certeza não entende nada disso, mas quero que ele fale, ele precisa saber que a sua opinião sempre vai ser importante para mim.

— Eu gostei do outro, porque ele é maior. — Ele fala com toda a inocência e eu sorrio porque é o mesmo que os meninos escolheram.

— Obrigado meus amores, vocês ajudaram muito. — Falo com um sorriso.

— posso saber com quem vai sair, senhorita King? — Elijah pergunta.

— Lorenzo Lastra.

— Esse é o cara que eu tenho que perturbar? — Dancam pergunta para Orion que confirma com um sorriso travesso.

— Orion, o que você anda falando para o menino?

— Nada demais, ele só precisa saber que não pode deixar nada muito fácil para esses urubus que querem vocês duas. — Ele fala saindo do quarto.  

Amor Fatal.  [3° livro da saga Mafiosi Perfetti]Onde histórias criam vida. Descubra agora