Kalliope.
Estou na frente do computador a vinte minutos esperando o Lorenzo aparecer, ele não fica mais o dia todo na frente do computador me esperando, mas tem um horário fixo que ele vem. Estou no meu quarto, sentada na cama, com o notebook em cima das minhas pernas e comendo o doce que a Cléo fez para o Dancam. A tela de vídeo sai do preto e eu vejo aquele homem magnífico sentado olhando para mim.
— Boa tarde, Kalliope. — Porque o meu nome saindo pela boca dele é algo tão atraente? Me arrepia toda.
— Boa tarde Lorenzo. — Ele sempre está de terno, eu nunca vi esse homem com uma roupa normal e eu acho que nunca vou ver.
— Como está?
— Bom, e você?
— Ótimo. — Tá, agora eu quero saber o que aconteceu para ele está se sentindo "Ótimo", isso é específico demais.
— Algo bom aconteceu? — Pergunto com quem não quer nada.
— Um homofóbico morreu. — Por mais que eu tenha crescido nesse meio de "matar para não morrer", ver ele falando assim me arrepia toda, ele é sim uma pessoa sinistra, não me assusta, mas continua sendo bem sinistro.
— Hum, isso é bom?
— Se ele fosse apenas um homofobico de merda poderiamos resolver de outra forma, mas o cara além de estuprador, era um X9 filho da puta.
— Ah, acho que entendo a sua "animação". — O quão estranho é conversarmos sobre mortes e levar tudo numa boa?
— Como está sendo o seu dia?
— Agitado, o meu irmão chegou ontem aqui em casa e quando ele vem a bagunça é certa e como eu moro com três cachorrinhos que fazem tudo por ele, bom, você já pode imaginar que a casa está uma loucura. — Ele confirma com a cabeça e ficamos em silêncio por um tempo.
— Kalliope, quando vamos nos encontrar? Quando vamos agir como dois seres humanos normais? Pessoas que saem em encontros ou sei lá o que esse povo faz... — Todo o meu corpo gela e eu fico sem saber o que responder. Tá, na verdade eu sei, mas eu tenho essa droga de problemas com comunicação com as pessoas que eu gosto.
— Hum, acho... Acho que podemos... — Respiro fundo. — Acho que podemos nos encontrar. — Falo de uma vez.
— Quando?
— Lorenzo, não me faça perguntas difíceis.
— Ok, entendi... Te encontro às oito no La Pergola. — Ele espera uma confirmação e eu só consigo confirmar com a cabeça. — Ótimo, eu já vou dizendo para não esperar nada de tradicional vindo de mim, nunca estive em um encontro e eu não sei como esse tipo de coisa funciona, a única coisa que eu quero é te deixar confortável para que possa querer mais vezes, então se algo te incomodar, me fale. Eu irei me corrigir e fazer de tudo para que tudo fi que melhor. — A sinceridade desse homem me causa coisas estranhas.
— Ok.
— Agora eu preciso ir, eu tenho uma viagem para planejar, coisas da máfia. Tchau, Kalliope, até mais tarde. — Ele fecha o notebook e eu fico paralisada.
Como um homem consegue mexer tanto comigo? Mais que inferno!
— Puta que pariu, eu tenho um encontro! — Grito e me levanto da cama.
Vou direto para o meu closet e começo a jogar as roupas para fora na tentativa de achar uma adequada... Bem que a Cléo falou que esse lance de vestir calças táticas e coturno o tempo todo iria me fuder, agora eu não tenho um vestido decente.
— CLÉO. — Grito por ajuda.
Espera, viagem?
Ele vai viajar?
Para onde?
Vou procurar saber mais sobre isso depois.
— O que foi? Porque me gritou?
— Tenho um encontro no La Pergola hoje às oito e eu não tenho roupa.
— Não me diga que o bonitão te chamou e você aceitou?! — Ele chega perto e eu confirmo. — Eu falei, sua idiota. — Ela dá um tapa no meu braço. — Eu sempre falo para você comprar roupas de pessoas normais.
— Ai Cléo... — Aliso onde ela bateu.
— Sua sorte é que eu sou uma pessoa normal e tenho roupas de pessoa normal. — Ela puxa meu braço e vai me levanto para fora do meu quarto.
Entramos no quarto dela e fomos direto para o closet.
— Só escolher... — Começo a experimentar os vestidos e ela fica sentada na cama opinando.
Depois de experimentar uns mil vestidos ficamos entre três deles, impossível escolher entre um tubinho preto, um slip dress e um Cami com gola drapeada.
— Hora de chamar reforçs. — Cléo fala se levantando, ela para na porta. — Ai, bando de otários e Dancam, venha aqui me ajudar. — Ela grita. Não demora nada e os três aparecem na porta do quarto. — Olhem e digam qual é o melhor.
Neste momento estou com o tubinho, dou uma rodadinha e logo volto para o closet, boto o slip dress e saio, eles me olham em silêncio e logo eu volto para trocar, boto o Cami e saio do closet.
— E então? — Pergunto.
— Posso pergunta para onde vai? — Orion pergunta.
— La Pergola.
— Ok, então você deve usar o segundo. — Orion responde e eu olho para Elijah.
— O segundo, parece ser mais sofisticado. — Olho para o Dancam que com certeza não entende nada disso, mas quero que ele fale, ele precisa saber que a sua opinião sempre vai ser importante para mim.
— Eu gostei do outro, porque ele é maior. — Ele fala com toda a inocência e eu sorrio porque é o mesmo que os meninos escolheram.
— Obrigado meus amores, vocês ajudaram muito. — Falo com um sorriso.
— posso saber com quem vai sair, senhorita King? — Elijah pergunta.
— Lorenzo Lastra.
— Esse é o cara que eu tenho que perturbar? — Dancam pergunta para Orion que confirma com um sorriso travesso.
— Orion, o que você anda falando para o menino?
— Nada demais, ele só precisa saber que não pode deixar nada muito fácil para esses urubus que querem vocês duas. — Ele fala saindo do quarto.
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Amor Fatal. [3° livro da saga Mafiosi Perfetti]
RomanceSendo o único solteiro de quatro irmãos, Lorenzo Lastra está em busca de uma mulher que foi preciso olhar apenas uma vez para se apaixonar. Mas nem sendo membro da maior máfia do mundo esse é um trabalho fácil. Kalliope, conhecida por muitos como El...