Capítulo 09

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Lorenzo.

O que fazer quando em sua frente tem dois idiotas brigando por algo que ninguém nesse mundo brigaria? Fazer parte dessa família nem sempre é algo sério ou perigoso, para falar a verdade a maioria das vezes passamos por momentos bem besta, como neste exato momento.

— Giovanni, é simples, você vai sim na merda da festa, você sabe que eu não posso ir, a Bianca está indo para o sétimo mês de gravidez e eu não posso ir. — Francesco fala pela décima vez.

— Francesco, eu tenho um filho pequeno e uma mulher paranoica e mesmo assim você quer me enfiar em um lugar onde peguei metade das mulheres que vão estar lá.

— Giovanni, não complica as coisas, você sabe que o Lorenzo não pode ir só.

— Olho, não é por nada não, mas isso deveria ser trabalho de Ryan e Isa.

— Ok, você quer mesmo enfiar a Isa numa festa onde vai ter milhares de mafiosos solteiros e doidos para arrumar uma mulher para casar? Se esqueceu que a Isa ainda não é casada com o Heitor e que corremos riscos de alguém vir pedir casamento como confirmação de parceria?

— Ainda sim temos o Ryan e o Lorenzo.

— Ok, chega dessa briga, eu vou nessa festa sozinho ou eu arrasto o Ryan junto comigo. — Falo já me cansando dessa falação.

A festa em questão é a festa das máfias, estarei representando a nossa máfia e eu espero não ter aporrinhação por isso. Era certo Francesco e Bianca não irem, Bianca está na reta final da gravidez e segundo o médico não pode fazer muita coisa, Francesco não desgruda dela e eu até entendo, no início da gravidez ela estava meio louca, mas agora ela está normal, normal até demais, nem desejos tem, eu estou preocupado. Ela fica falando que eu me preocupo com tudo, mas eu não entendo porra nenhuma disso, então eu fico sempre esperando algo e antes ela surtava e vivia comendo, mas agora não, ela está normal e eu não aceito isso como "normal", algo tem.

Eles vão se mudar assim que o bebê nascer e eu não posso dizer que estou com isso. Eu sei que o meu irmão será um ótimo pai e cuidará da segurança da família dele como se estivesse guardando a própria vida, mas eu não quero viver longe, eu não quero... Bianca literalmente reservou um dos quartos da casa e disse que é meu, ela me fez levar roupas minha para lá, ela disse que eu sempre vou ter um espaço lá e eu acredito nisso, na verdade é isso que me faz acreditar que eu nunca vou perder eles de vista.

— Lorenzo, você já fez aquela pesquisa que eu pedi? — Meu irmão pergunta com sua atenção na tela do computador.

— Sim. — Me levanto e pego o meu telefone, me sento em sua mesa. — Os armamentos foram roubados pelos peruanos, eles nem sabiam de quem eram as cargas. — Falo olhando as fotos no meu celular, entrego o mesmo ao meu irmão e ele ver as fotos em silêncio.

— Porque eles roubaram e porque nossos homens se deixaram ser roubados por homens como esses?

— Até onde sei, o roubo foi em um local favorável a eles e fomos confundidos.

— E fomos confundidos com quem? — Pergunta me devolvendo o telefone.

— Não sei ao certo, mas eles não querem problema com a gente, prova disso é que entraram em contato, querem resolver isso e esclarecer as coisas.

— Não confio. — Diz voltando a sua atenção para o computador.

— Nem eu, mas eles realmente não têm motivos para nos atacar assim, a menos que queiram morrer. Todos.

— Lorenzo, morte é só em último caso. — Ele me olha como se eu fosse sádico. Talvez eu seja só um pouquinho.

— Que porra de mafioso é você que deixa a opção de matar por ultimo? — Pergunto o obvio.

— O mafioso que quer manter a porra da paz. — Respiro fundo.

— Ok, você tem razão. — Me levanto. — Vou para casa, tenho que levar a Aurora na casa de uma tal amiga dela.

— Ok.

Saio da sala e vou andando pelos corredores na sede, de longe vejo Ryan e alguns homens entrando em uma sala, penso em ir até lá, mas desisto quando recebo uma mensagem. Olho e vejo que é da Maria Alice.

"Venha para casa agora. É urgente. "

Mais que porra aconteceu agora? Apresso os meus passos e vou em direção da saída, entro no carro e vou direto para casa. Quando eu chego eu paro o carro de qualquer jeito e pulo para fora do mesmo, corro em direção à porta e quando eu abro eu vejo ela na sala com o notebook nas mãos, ela está em pé e está usando uma roupa meio estranha.

— O que aconteceu? — Pergunto parando ao seu lado. Estou nervoso.

— Lorenzo, ela liberou... — O jeito que ela me olha é tão esperançoso que me deixa confuso.

— Do que está falando, Maria Alice?

— Da Kalliope, Lorenzo, ela liberou o acesso, olha, eu sei onde ela mora, tenho como acessar microfone, câmera, posso pegar número de telefone... Lorenzo, ela cedeu. — Ela fala animada e eu fico sem ação.

Olho para o notebook em suas mãos e fico pensando no que isso significa... Ela está me dando carta branca para ir atrás dela? Ela está dizendo um "sim" para alguma coisa? Ela quer me conhecer? Ela me quer?

Pego o notebook das mãos da Maria Alice e ando com ele até o sofá, ela corre atrás de mim e se senta ao meu lado.

— Me diz, me diz o que você quer que eu faça? Quer que eu ligue a câmera? O microfone? Quer que eu pegue o número? o endereço? Fala logo, eu faço.

— Não... — Merda, é claro que eu quero tudo isso, mas não seria invasão de privacidade? Merda, não faz sentido, em invadir a privacidade dela quando procurei ela por tudo quanto é canto, mas.. Ah, eu não sei o que eu faço agora.

— Não, como assim não? — Olho para a minha cunhada.

— Maria Alice, isso não seria uma invasão? Será que isso é o certo a se fazer?

— Lorenzo, você deixou ela invadir a sua privacidade por meses, você ficou aqui esperando por ela todo dia... Sem contar que pessoas como ela e eu quando fazemos algo como isso que ela fez, não consideramos como uma invasão de privacidade.

— Como assim? — Pergunto confuso.

— Lorenzo, nós sabemos que a qualquer um pode nos invadir tecnologicamente e por isso privamos nossos eletrônicos, se ela deu essa liberdade é porque ela quer ser achada, por você.

Olho para o computador e depois olho para Maria Alice... É, eu vou fazer isso.

— Libera a câmera e o microfone por favor? — Ela pega o notebook que estava em cima das minhas pernas e começa a digitar e logo me devolve.

Olho para a tela e onde deveria está transmitindo a imagem do computador da Kalliope está tudo em preto, mas depois de um tempo eu escuto uns ruídos e logo a imagem se abre, lá está ela... Linda, serena e me esperam... Pela primeira vez alguém esperou por mim e esse alguém é a pessoa que eu venho esperando há meses.

— Obrigado por ser gentil ao ponto de pensar que estaria invadindo a minha privacidade. — A voz dela sai pela caixa de som do meu notebook e meu corpo reage a isso.

A voz, a aparência, o jeito... Tudo nela me fascina e eu não sei como agir perto dela e acabei de descobrir que nem preciso estar perto para ter essas reações estranhas. 





RAINHAS, EU ESTOU DEMORANDO A POSTAR, MAS ISSO FOI AVISADO, EU FALEI QUE ESSE LIVRO SERIA POSTADO COM A VELOCIDADE DE UM BICHO PREGUIÇA, OU SEJA, ELE VAI CONTINUAR ASSIM POR UM TEMPINHO...  MOTIVOS: ALÉM DA MINHA ENORME FALTA DE CRIATIVIDADE E ANIMO, EU TENHO OUTRO LIVROS NA FILA DE ESPERA QUE PRECISAM DE ATENÇÃO A MUITO TEMPO, ESPERO QUE ENTENDAM...

Amor Fatal.  [3° livro da saga Mafiosi Perfetti]Onde histórias criam vida. Descubra agora