Kalliope.
Quando ainda trabalhávamos, nós tínhamos uma conduta que o meu pai nem sempre teve. No início meu pai matava qualquer um por dinheiro, não importava se a pessoa era boa ou ruim, ele só recebia o dinheiro e matava. Depois que ele tinha o suficiente para se manter e me manter, ele só passou a fazer isso depois de se certificar que a pessoa realmente merecia. Ok, eu sei que ninguém pode decidir se uma pessoa merece viver ou morrer, mas esse era o trabalho dele e ele tinha que se manter, então depois que conseguiu um dinheiro bom, a única coisa que pode fazer para tornar tudo mais "humano" foi investigar seu alvo e ter saber se ele era uma pessoa boa ou não. Meus irmãos e eu paramos de trabalhar com isso a um tempo e temos dinheiro o suficiente para viver duas vidas sem ter que se preocupar com nada, mas hoje recebemos uma proposta que faria qualquer um pensar duas vezes, mas o alvo é o filho do presidente. O que esse garoto fez para alguém querer ele morto? Quem nos ligou disse que um encontro seria impossível, o trato seria apenas pelo telefone e também não quis dizer o motivo de querer a morte do garoto.
— Acho que eu acabei de descobrir o motivo. — Cléo se senta ao meu lado com o notebook em cima da perna.
— O que descobriu?
— O garoto pode ser uma ameaça ao pai, olha o tanto de merda que encobriram dele. — Pego o notebook.
— Porra, mas matar o moleque não é um pouco demais? — Hoss pergunta enquanto come o seu biscoito.
— Não me diga que foi o próprio pai do cara que quer matar ele? — Flint se senta ao meu lado para olhar as provas das merdas que o garoto faz.
— Olha, não entendo muito desse meio, mas já parou para pensar que talvez não seja o pai que quer a morte dele? Essa gente tem conchavo com todo mundo, talvez essas merdas desse garoto não afete somente o presidente e sim muitos de seus aliados porque se essas notícias vazarem, o presidente com certeza vai ter que deixar o seu cargo e isso acontecendo muitas pessoas podem se ferrar.
— Ou seja, eles ferram um para não ferrar um monte. — Elijah fala.
Vou passando as fotos e vejo que realmente o cara não é coisa boa, tem muitas fotos dele com prostitutas, drogas e até com armas, mas até onde sei, todos esses políticos se envolvem nisso. Absolutamente todos.
— Isso me parece muito hipócrita. — Orion fala ao meu lado.
— Do que fala exatamente?
— Está na cara, todos eles se drogam, todos eles se envolvem com prostitutas de luxo e com certeza todos eles andam por aí encomendando mortes, então querem matar o cara por fazer o mesmo que eles?
— Porque todos fazem isso com o máximo de sigilo, já o moleque está arriscando o anonimato não só dele como de muitas figuras importantes no país. — Elijah respondo ao Orion.
— Não sei vocês, mas eu não aceito esse trabalho. — Orion se levanta.
— Ei, calma aí, nós precisamos conversar como sempre fazemos. — Cléo fala se levantando.
— Cléo basicamente o nosso trabalho é julgar se uma pessoa merece viver ou não e se acharmos que essa pessoa é um marda, nós apertamos o gatilho, só que nesse caso tem muitos igual ao nosso alvo e provavelmente a pessoa que encomendou essa morte faz o mesmo que ele. Nós não estaríamos tirando um peso do mundo, estaríamos apenas tirando uma chance de tirarmos muitos pesos do mundo.
— Entendi o raciocínio dele.
— Mas eu não. — Cléo fala.
— É fácil Aretta... — Elijah se levanta e para na frente dela. — Esse jeito extravagante do garoto pode fazer não só ele ser exposto como vários outros. Se as merdas dele vazarem, automaticamente as merdas dos outros também vazam.
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Amor Fatal. [3° livro da saga Mafiosi Perfetti]
RomanceSendo o único solteiro de quatro irmãos, Lorenzo Lastra está em busca de uma mulher que foi preciso olhar apenas uma vez para se apaixonar. Mas nem sendo membro da maior máfia do mundo esse é um trabalho fácil. Kalliope, conhecida por muitos como El...