Capítulo 60

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Lorenzo.

Meus pais foram embora e Thomas também, Heitor e Isa estão em um canto junto com Ryan e Pedro, eles estão no telefone com a Aurora e o Yuri, com certeza estão fofocando. Maria Alice, Giovanni e Kalliope estão conversando animadamente sobre não sei o que e Francesco Bianca e eu estamos um ao lado do outro na mesa. Bianca está alimentando o Joe e eu odeio presenciar isso. Ela literalmente chora enquanto amamenta ele e eu não posso fazer nada. Francesco chora junto, segundo ele, é uma mistura de sentimentos e isso faz ele pirar. Mas olhando bem, ele não está errado. Ver o Joe mamando com tanta vontade é a coisa mais linda, mas ver a Bianca chorando de dor é algo muito desesperador.

— Meu Deus, quando isso vai melhorar? — Ela fala baixinho e eu sinto um desespero interno.

— Meu amor, aguenta mais um pouquinho, por favor. — Francesco fala limpando as lágrimas.

— Ninguém nunca me falou que essa parte era tão dolorosa, eu fui enganada, Francesco, sempre me falaram que a parte de pari que era dolorosa.

— Meu anjo, se não aguenta mais então para, podemos ver o melhor leite e sei lá, podemos fazer ele se acostumar.

— Não, o leite materno é importante para o bebê, eu vou aguentar.

Vejo as lágrimas escorrendo de seus olhos enquanto ele suga o seu peito e tento entender essa dor, mas acho que eu como um homem nunca irei saber o que é isso, mas eu juro que se eu pudesse eu sentiria a essa dor por ela.

— Ela está bem? — Kalliope pergunta baixinho parando ao meu lado.

— Está sentindo dor.

— Dor?

— É, aparentemente amamentar é doloroso.

— Nossa! — Ela se senta ao meu lado e ficamos em silêncio por um tempo.

Logo o sangue suga o meu sobrinho adormece e escuto Bianca soltar um suspiro de alívio. Ela me entrega ele e se encosta na cadeira respirando fundo. Vejo o meu irmão pegar uma pomada e entregar a ela. Ela pega a pomada e suspira.

— Mais uma sessão de tortura. — Fala baixinho.

— Mamãe disse que depois isso passa.

— Eu sei, a minha mãe disse a mesma coisa, mas eu... Eu fico confusa, eu não quero sentir essa dor, mas também não quero que ele deixe de pare de mamar. Porra, eu sou uma péssima mãe, fico reclamando de alimentar o meu filho.

— Ei, não fala assim, te causa dor, é normal você se sentir assim.

— Tá. — Ela se levanta, ela parece chateada. — Kalliope, pode me acompanhar?

— Claro.

Que? Puta merda, pra onde elas vão? Porque a Bianca chamou ela? Porque elas querem ir juntas para algum lugar? Porque eu sinto que isso é ruim?

Vejo as duas entrando na casa juntas e olho para o Francesco em desespero, mas ele está como eu, surpreso e desesperado.

— Puta merda, Francesco, se elas se matarem lá dentro não vai ter como ninguém separar.

— Porra Lorenzo, você acha mesmo que eu não sei? — Ele se levanta. — Vamos atrás, nós ficamos escondidos e em qualquer sinal de morte nós entramos no meio.

— Vou botar o Joe no carrinho.

— Não. — Ele quase grita. — Você é burro? Se elas quiser se matar é só entrarmos na frente delas com o Joe e dizer "O bebê, cuidado com o bebê" ai elas param na hora.

Amor Fatal.  [3° livro da saga Mafiosi Perfetti]Onde histórias criam vida. Descubra agora