Lorenzo.
Uma semana depois.
Estamos todos na sala, a Bianca voltou hoje para casa com o Joe, por ele está com um peso bom e com a saúde perfeita, ele ganhou alta e a Bianca também. Todos estão felizes e babando no mais novo membro da nossa família. Neste momento eu estou com Pietro no colo, eu não peguei o Joe ainda, ele é menos do que o Pietro quando ele chegou a essa casa, e por nascer prematuro o tamanho dele é até plausível, mas eu não sei se tenho coragem, por mais que eu tenha muito cuidado com bebês, eu não sei se vou conseguir pegar ele sendo tão pequeno assim. Olho para a Bianca que está sentada de uma forma confortável no sofá e abro um sorriso, ela está tão feliz, todo mundo consegue ver isso. Estamos todos aqui porque ela e o Francesco pediram, eles querem falar algo com a gente e parece ser importante.
— Estão todos aqui, né? — Ele pergunta ainda abraçado a Aurora.
— Sim, todos nós estamos aqui. — Thomas responde.
— Então, o que queríamos dizer é que agora que o Joe nasceu nós vamos nos mudar. Nós vamos para a nossa casa. — Todos ficam em silêncio. — Eu sei o que estão pensando e é por isso que eu queria todos aqui... Bianca e eu queremos deixar claro que a nossa casa é a casa de vocês também, isso em hipótese alguma é uma despedida. E Lorenzo. — Ele se vira pra mim. — Seu quarto já está pronto. — Todos riem e eu não consigo me manter sério. Eles sabem que eu irei viver lá.
— Está acontecendo... Oh meu Deus, está acontecendo, Martino. — Minha mãe fala enquanto chora e meus irmão riem baixinho. — Eles estão indo, eu estou perdendo os meus bebês.
— Calma, eles irão morar literalmente ao lado da nossa casa. — Meu pai diz abraçando a mamãe.
— Mãe, eu ainda sou o seu filho e estarei todo dia aqui, nós só precisamos ter o nosso canto, afinal, nós temos que fazer o que vocês fizeram com a gente. — Meu irmão diz abraçando a mesma.
— Eu sei, eu sei.
— Nós já sofremos quando a Bianca saiu de asa, então agora não é algo tão chocante. — Heitor fala, ele está abraçado a Isa.
— Sim, mas eu ainda sofro de saudades. — Giane, que está ao lado de Bianca, diz.
— Mães nunca vão superar. — Giovanni fala enquanto rir.
— Ok, quando vão se mudar? — Yuri pergunta.
— Amanhã, na verdade, não é bem uma mudança já que é só entrar e morar, a única coisa que temos que levar são as roupas. — Bianca responde.
Eles entram em uma conversa aleatória e eu me levanto com o Pietro e vou até o pequeno berço que está na sala com o Joe dentro, puxo uma cadeira e me sento ao lado do mesmo. Fico olhando o meu sobrinho e sinto uma felicidade enorme, como eu amo essa criança. Eu o amei mesmo quando era apenas um grãozinho dentro da Bianca. Olho para o Pietro e sinto por não o ama desde sempre, mas como? Eu nem sabia da sua existência, mas o amor que eu sinto por ele agora é o suficiente, eu farei de tudo para que esses dois sejam homens honrados e decentes. E eu irei orar e incentivar para que tenham amizade e companheirismo entre os dois. Olho para o pequeno pulso do Joe e vejo a pulseirinha com o seu nome e os brasões das suas duas famílias, olho para o Pietro e lembro que não lembrei de botar em seu pulso a pulseira que eu comprei para ele quando fui gravar o nome na do Joe. Me levanto ainda com ele no colo e vou até o meu quarto, pego a caixinha na cômoda e saio do quarto, desço as escadas e volto a me sentar ao lado do Joe. Boto ele em minhas pernas e torço para que a Maria Alice não veja isso, abro a caixinha e tira a pulseira que tem o nome dele gravado e dois brasões, o da nossa família e da família russa. Eu pensei em não botar, mas a Rússia ainda é a sua casa, ele tem o sangue dos Ivanovas, ele é um Ivanova. Por mais que seja um Lastra também, então por isso tem os dois brasões. Abro a pulseira e logo fecho a mesma já em seu pulso. Elas são exatamente iguais, a não ser pelo nome diferentes e um dos brasões. Abro um sorriso me sentindo feliz em saber que eles irão crescer juntos e felizes.
Sinto uma mão no meu ombro e logo um beijo no meu rosto.
— Obrigado por amar tanto o meu filho. — Maria Alice diz baixinho.
— Não se agradece por amar alguém e ele é família, eu amo minha família.
— Fico feliz em ouvir isso, Zangado.
— Oh meu altíssimo, olha, olha. — Giovanni grita e pega o Pietro do meu colo. — O Lorenzo deu uma pulseirinha para o Pietro... Que linda. — Ele começa a ver melhor a pulseira e eu reviro os olhos para o seu escândalo. — Você... Você botou brasão dos Russos... — Ele fala mais baixo olhando a pulseira e eu começo a achar que fiz algo de errado.
— Você não quer isso? Eu posso pedir para fazer outra.
— Não, é que... Eu só pensei que vocês não concordavam comigo sobre ele um dia conhecer e até mesmo assumir o que é dele por direito.
— Giovanni, é claro que concordamos, não achamos certo esconder nada dele. — Francesco que responde.
— Sério, eu fico feliz com isso, eu achava que vocês só não falavam nada por não querer se meter ou sei lá.
— Cara, até eu acho que esse é o certo a se fazer. — Thomas fala.
— Vocês são incríveis. — Ele fala um pouco emocionado.
— Tá, agora devolve a criança, eu quero tirar uma foto deles dois com as pulseiras. — Pego o Pietro.
— Oras, o filho é meu e eu não tenho direitos? — Giovanni começa a reclamar e Aurora o puxa pelo braço.
Com muito cuidado eu aproximo os dois e tento ver uma forma de conseguir tirar uma foto, apenas os pulsos deles mostrando a pulseirinha com os nomes e os brasões. Maria Alice vendo a minha dificuldade me ajuda, ela bota o Pietro ao lado do Joe e eu puxo o meu telefone, foco bem nas mãozinhas deles e tiro várias fotos, depois tiro mostrando os seus rostinhos também. São muito lindos.
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Amor Fatal. [3° livro da saga Mafiosi Perfetti]
RomansaSendo o único solteiro de quatro irmãos, Lorenzo Lastra está em busca de uma mulher que foi preciso olhar apenas uma vez para se apaixonar. Mas nem sendo membro da maior máfia do mundo esse é um trabalho fácil. Kalliope, conhecida por muitos como El...