Lorenzo.
— Lorenzo, ajuda cara, você está com a cabeça no mundo do lua. — Escuto o Ryan reclamando mas ignoro ele com sucesso.
Minha cabeça não sai do "modo Kalliope", eu estou pensando nela desde a hora que acordei, eu não consigo tirar imagem dela em cima de mim gemendo toda manhosinha. Estamos descendo com as malas da Aurora, mas eu estou tão distraído que já gritaram comigo três vezes hoje.
— Pronto, já está tudo aqui. — Falo botando a mala grande ao lado da menor. Para quem vai viajar o mundo eu acho que são pouco malas, mas ela disse que não vai ficar carregando um monte de malas de um país para outro.
— O que está acontecendo com você hoje, cara? — Meu primo pergunto parando na minha frente.
— Não é nada.
— Lorenzo, por mais que você tente, você não consegue mentir para mim. Na verdade, você não consegue esconder nada nem do Giovanni e nem de mim. — Ele tem razão, mas eu não vou falar dessa vez.
— Já disse que não é nada.
— Ok, eu vou falar com a Bianca então, ela vai resolver isso rapidinho e vai fazer você abrir a boca. — Merda.
— Tá, que inferno! Eu estava com a Kalliope ontem.
Ele prende os lábios em uma linha reta e pisca os olhos mais vezes do que eu consigo contar. Estranho.
— Ok, e o que aconteceu para você estar desse jeito? — Olho para os lados para me certificar se não tem ninguém por perto.
— Nós quase transamos e agora eu não consigo parar de pensar nisso, que merda, Ryan, eu quero essa mulher mais que tudo, mas tudo parece tão impossível às vezes...
— Ok, porque não... Porque não fizeram de fato o ato?
— Era o casamento da minha irmã, Ryan, eu saí só para resolver uma confusão na boate e demorei para voltar, isso deixou a Aurora preocupada. Eu não podia ser egoísta ao ponto de passar o resto da noite com ela e simplesmente esquecer que estava rolando a festa de casamento da minha irmã... Mas cara, nós já estávamos no meu apartamento, nós...
— Ok, eu te entendi e sinceramente eu acho que você fez certo.
— Então porque eu não paro de pensar no fato de que eu queria muito continuar o que paramos pela metade?
— Porque você gosta dela, Lorenzo, isso é normal, você querer ficar com ela é normal. Mas olha você tem tempo de sobra para ficar com ela cara, pelo o que eu vejo as coisas já estão super bem entre vocês, então é só questão de tempo.
— É...
— Olha, daqui três dias nós dois vamos ter que viajar por causa da festa das máfias, então que tal nesses dias que vai ter aqui antes disso você focar nela? Sei lá, chama ela para sair, levas em um lugar legal, ou melhor, marque de ver um filme no seu apartamento, só vocês dois...
Penso no que foi dito e gosto da ideia, pode ser que dê certo e que ela aceite.
— Ok, eu vou chamar ela.
Giovanni passa correndo pela sala com o Pietro nos braços e logo atrás vem Maria Alice com uma cara nada boa atrás dele. Ryan e eu ficamos olhando os dois em silêncio.
— Seu zoantropo, obnubilado, misólogo, abantesma... — Ele começa a xingar ele e ele para na mesma hora.
— Abantesma não, eu sou incrível, isso é um insulto a minha pessoa, Maria Alice.
— Mas que porra é abantesma? — Ryan pergunta baixo.
— Basicamente quer dizer que ele é uma pessoa indesejável. — Respondo no mesmo tom.
— Ah, então agora você entendeu que eu estou te insultando? Porra, Giovanni, você fez o menino mijar em mim, eu já estava arrumada merda, você é maluco, doente, olha apra a minha roupa, eu estou fedendo a xixir, Giovanni, você é um idiota, seu asno.
Olho para o corpo dele e vejo sua roupa toda molhada, olho para o Pietro e vejo que o menino está sem roupa. Meu deus, o que vai ser do futuro dos meus sobrinhos com pais assim?
— Maria Alice, Giovanni. — Ryan chama a atenção dos dois e eles nos olham. — Então, não queria atrapalhar a briga de vocês, mas acho que vocês precisam mesmo se arrumar porque vamos sair daqui a pouco.
— Lorenzo, você pode por favor pegar o meu filho do colo do asno do seu irmão e arrumar ele? Eu preciso me trocar. — Confirmo com a cabeça. — Obrigado, Zangado.
Ela passa por mim e eu vou na direção do meu irmão que vira para mim não pegar o Pietro.
— Para de palhaçada, Giovanni, me de o garoto, eu preciso trocar ele.
— Não, o filho é meu.
— Giovanni, porra.
— Não quero, o filho é meu. Do que adianta ser pai se não posso fazer com o bebê o que eu quiser? Eu quero que ele vá assim, eu quero fazer ele mijar em todo mundo.
— Você já tomou o seu remédio hoje, Giovanni? — Ryan pergunta fazendo ele se distrair e eu pego o Pietro que não parece nem um pouco preocupado com toda essa confusão. Coitado, já se acostumou.
— Ei, meu filho.
— Corre Lorenzo, eu seguro ele, se salva, salve o bebê. — Ryan faz a cena dele agarrado à cintura do Giovanni e eu reviro os olhos e vou em direção a escada.
— É, bebê, sua família é muito louca.
Subi as escadas e entro no quarto do meu irmão.
— Maria Alice, eu estou no quarto. — Aviso porque ela disse que ia se trocar, então...
— Tudo bem. — Grita do banheiro.
Vejo a roupa dela separada em cima do trocador e pego, eu tenho nervoso de usar esse treco então vou até a cama com tudo para vestir ele. Boto a fralda e depois começo a botar sua roupa. O Pietro é tão calminho, nem parece que temos um bebê em casa, ele é um anjo. Só de pensar que aquela família desgraçada maltratava ele me dá raiva. Ele é só um bebê inocente, não merece esse mundo de merda.
— Carinha, eu faço parte da sua criação para você crescer com a certeza de que nós somos sua família e eu espero que você nunca duvide disso.
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Amor Fatal. [3° livro da saga Mafiosi Perfetti]
RomanceSendo o único solteiro de quatro irmãos, Lorenzo Lastra está em busca de uma mulher que foi preciso olhar apenas uma vez para se apaixonar. Mas nem sendo membro da maior máfia do mundo esse é um trabalho fácil. Kalliope, conhecida por muitos como El...