17 • Dörēim

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*A capa é o símbolo que descrevi nesse capítulo.*

- E o que infernos você quer conosco?! - Haelena gritou com Viego e ele continuou sorrindo.

Eu não sabia o que pensar. Estava desconfiada, mas ele não parecia querer algo ruim. Talvez seja o sentido estranho que eu tenho, consigo sentir quando as pessoas tem más intenções contra mim ou alguém perto de mim. E esse sentido me diz que Viego não é uma pessoa ruim, ele parece realmente querer um acordo. Mas não sei se esse é o desejo do pai dele.

- Se acalme Haelena. - Ormund falou novamente. - Sentem-se e escutem primeiro.

Meus tios finalmente aceitaram e resolveram dar uma chance ao Martell. Mas notei Daeron com a mão na espada, pronto pra saca-la a qualquer sinal de perigo.

Todos nos sentamos em volta da mesa. De um lado estavam eu, Haelena e Daeron. E do outro Ormund, Viego e Archlle.

O primeiro a começar a falar foi o Arquimeistre que contou como Viego veio até eles. - Ele chegou até aqui através do Arquimeistre Braham, um dos líderes do conselho. Braham colocou seu nome como garantia de que podíamos confiar nele, foi assim que decidimos intermediar entre Viego e a família real. Quem começou essa guerra foi Daron Martell, que se aliou com Tymond Lannister a muitos anos atrás.

Senti meu sangue gelar quando ouvi isso, ele estava dizendo que aqueles desgraçados planejavam isso desde muito antes das Cidades Livres se envolverem. Aquele maldito Lannister arquitetou isso desde sabe-se lá quando, ele traiu a coroa a tempos e não consigo nem imaginar até onde ele chegou, quais casa se aliaram, quais continuaram fiéis a nós. Os Greyjoy só são a ponta do iceberg. Tenho que dar um jeito de avisar minha mãe sobre isso, mas não confio em enviar uma carta aqui da Cidadela. Tenho que fazer isso quando chegar a Jardim de Cima.

- E o que você está fazendo aqui? Já que seu pai começou tudo isso? - Olhei pra Daeron que perguntou. Ele parecia tenso também, talvez enviasse um corvo branco a coroa contando tudo, depois de deixar a sala.

O dornês sorriu como se esperasse aquela reação. Mas ficou sério quando começou a falar. - Não concordo com as ações do meu pai. Dorne estava muito bem vivendo com o acordo com a coroa, mas a ganância dele junto das palavras daquele homem fizeram seus olhos ficarem cegos. - Ele juntou as mãos sobre a mesa. - Tenho duas irmãs mais novas das quais daria minha vida para proteger e meu pai está colocando a cabeça delas na guilhotina começando essa maldita guerra. Assim como está ameaçando todo nosso povo. - Ele olhou nos olhos de cada um de nós. - Não desejo guerra. Quero a paz. A paz e prosperidade que Dorne usufruiu todos esses anos. Quero que meu povo viva e volte a ser feliz, e que minhas irmãs estejam seguras e protegidas. - Eu conseguia sentir o amor que ele tinha pelas irmãs por seu tom de voz. Ele não parecia estar mentindo, parecia realmente preocupado com elas. - Por isso vim aqui Príncipe e Princesas Targaryen, eu quero falar com o Rei e contar tudo que sei a ele. Em troca, quero a garantia de que meu povo não será afetado e de que nada aconteça as minhas irmãs.

Eu e meus tios trocamos olhares, eles também não sabiam o que fazer.

Daeron voltou a olhar pra ele, perguntando. - E o que você sabe? Como pode nos ajudar?

- Antes de continuar eu gostaria que vocês fizessem um juramento pelo seu sangue. - Viego disse seriamente. Parecia que ele não daria continuidade a essa conversa se nós não fizéssemos isso. - Tudo que eu falar nesta sala, ficará nela e não dirão a ninguém que fui eu quem lhes contei. Claro que vocês poderão contar ao Rei, mas somente a ele. Também quero a segurança das minhas irmãs garantida, não importa se entrarmos em um acordo ou não. As informações que vou dar já são valiosas, quero trocar pela segurança delas.

Sangue do Dragão | HOTD | Aemond TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora