O Fazendeiro Possessivo - Livro 1

CAPÍTULO 21

Deixei Safira, indo em direção à minha fazenda, no caminho penso em tudo que aconteceu. 

Safira me surpreendeu. O sexo com ela foi bom, estou obcecado naquele corpo. Tudo nela me agrada, parece que foi feito na medida certa para mim.

Ela é uma mulher de gênio difícil, mas conseguirei domá-la, ela fará o que eu quiser. Pois sei que ela não é indiferente a mim, mas agora terei que pensar em tudo com muito cuidado. Não posso fazer as coisas sem pensar. Amanhã, será um dia difícil para ela, pois verá a verdadeira face do pai, saberá o que ele era capaz por dinheiro.

Safira será minha esposa, farei de tudo para ela casar comigo, por bem ou por mal, ela será minha. E contra isso ninguém poderá fazer nada, tirarei, sem piedade, qualquer um que ficar em nosso caminho.

Fazenda Miller

Chego na fazenda chamando Benita, que logo apareceu na sala.

— O que deseja, menino?

— Benita, amanhã teremos visita. Prepare sua melhor comida, quero tudo impecável, pois você conhecerá a futura senhora dessa casa.

Ela me olha visivelmente emocionada, levantando as mãos ao alto.

— Deus seja louvado! Não acredito que você finalmente dará uma chance para o amor!

— Quem é que está falando de amor? Eu não a amo. Apenas acho que ela será adequada para ser minha esposa e mãe dos meus futuros filhos.

— Isso não é certo, menino! Quer que essa moça tenha uma vida igual a da sua falecida mãe? Que Deus a tenha.

— Cala a boca, Benita! Não fale da minha mãe, sabe que eu não gosto.

— Desculpe, menino… Se terminou, vou me retirar.

— Terminei, agora saia

Detesto lembrar da minha mãe, me sinto vulnerável. A senhora Bárbara Miller sofreu com o desprezo e maus tratos do meu pai, não foi feliz no casamento. Por isso, todo esse tempo evitei casar com alguém, não queria cometer o mesmo erro, mas agora, safira entrou na minha vida. 

 Aquela mulher me enlouquece, por isso a quero, ela fez o que nenhuma mulher conseguiu antes. 
 Assim, decidi que ela será minha esposa. E também estava na hora de casar e gerar herdeiros para comandar o meu império, quando eu não estiver mais aqui.

Pego meu celular, ligando para o segurança que deixei para vigiar os passos dela.

— Vigie ela, quero saber todos seus passos.  Entendeu?

— Perfeitamente, patrão. 

Não quero ninguém cercando o que é meu. Me certificarei de que ela, a partir de hoje, seja somente minha.

Cheguei em casa e vi meu pequeno, que logo correu na minha direção, me oferecendo abraços e muitos beijos. Ficamos conversando um pouco e depois fui para meu quarto, tomei banho e agora estou aqui pensando em como resolver essa situação envolvendo o Oliver.

Pressinto que acabei de entrar em uma grande cilada. Oliver me atrai, me faz dizer e fazer coisas que jamais fiz ou pensei antes. Sempre fui muito recatada. No campo do sexo e relacionamento amoroso, continuo engatinhando. Tive apenas um relacionamento, transei com meu antigo namorado várias vezes e com ele não senti o mesmo nível de desejo que me ocorreu horas atrás nos braços daquele cowboy cretino.

Hoje, Oliver despertou um desejo que eu não sabia que era possível sentir. Fiz coisas que jamais passaram na minha cabeça.
Jamais falei de maneira vulgar sobre sexo, nunca fiz sexo em lugar inapropriado, mas com Oliver, eu simplesmente esqueço de tudo e só depois da merda feita é que me toco de quanto fui irracional.
Esse homem desperta em mim, um lado que eu não conhecia, mas sei que há muitos mistérios em torno de Oliver, e preciso descobrir quem é a pessoa que estou lhe dando. 

Preciso saber qual era o verdadeiro envolvimento dele e meu pai. Que tipo de negócios eles tinham? Me assusta pensar que meu pai tenha feito algo muito errado, mas isso só saberei amanhã.
Agora dormirei, pois pressinto que amanhã terei um longo dia.

Manhã seguinte.

Acordei bem disposta, apesar de todos os meus pensamentos confusos, consegui ter uma boa noite de descanso. Olhei no relógio e são 8h da manhã, tenho uma hora para me arrumar…

Levanto, tomo banho, me arrumo e desço para tomar café da manhã com Nana e o pequeno. Hoje é sábado, Leon não tem escola. Quero resolver essa questão com Oliver, e voltar o mais rápido possível, pois quero levar Leon e Caetana ao cinema.

Acordei cedo, como é costume para quem é do campo como eu, hoje trarei Safira, para conhecer sua futura casa.

— Bom Dia, Benita. Sente-se, tomaremos café.

— Menino, tenho tarefas a terminar.

— Benita, você não é empregada da casa, você é a governanta. Dê ordens e as outras empregadas farão o serviço. Já te falei que não quero você fazendo serviços domésticos.

— São os preparativos do almoço, não quero atrasar o horário do almoço. Quero fazer um prato especial, para vocês almoçarem.

— Sente e coma, não falarei outra vez! — Esbravejo.

— Tudo bem, menino.

Ouço passos vindo em nossa direção. Era Érica.

— Bom dia, querido. Como está? — Ela beija meu rosto.

— Por acaso estou sozinho na mesa? Por que não cumprimentou Benita? Se acha melhor que ela?

— Oliver, não fiz por mal. Me desculpe.

— Não é a mim que você deve desculpas, Érica.

— Menino, não precisa…

— Calada, Benita! — virei minha atenção para Érica. — Vamos, peça desculpas a Benita! — Espalmei minha mão na mesa.

Ela me olha furiosa.

— Me desculpe, Benita.

— Tudo bem, senhorita Érica.

— Muito bem, agora vamos tomar café.
E a propósito, Érica, hoje não preciso dos seus serviços aqui, vá à empresa. Pois lá tem papeladas que precisam de sua atenção. Organize tudo e depois traga para mim.

— Levará muito tempo, Oliver. São bastantes papeladas.

— É para isso que eu te pago, não é? Após o café, vá fazer seu serviço. Pois você é bem remunerada para isso. — Levanto da mesa, limpando minha boca com o guardanapo — Estou de saída para o meu compromisso. Não esqueça do que eu lhe ordenei, Benita — Vou em direção à saída.

— Pode deixar, menino.

Saio da fazenda em direção à cidade, buscarei aquela gostosa e insolente.