Oliver Miller, o fazendeiro mais poderoso e rico do país, é um homem de beleza impressionante, mas também de uma crueldade implacável. Acostumado a conseguir tudo o que quer, seja por meios justos ou sombrios, nada parece fora de seu alcance.
Safira...
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Acordei bem e disposta para um novo dia. Após me arrumar, desço para tomar café.
— Bom dia, Caetana.
— Bom dia, menina. Venha tomar seu café, já preparei a mesa. Você precisa estar bem alimentada para encarar seu dia na empresa.
Sentei à mesa de café da manhã.
— Nem me fale, está sendo tudo muito complicado. Desde que assumi essa empresa, só me arranjam problemas para resolver. Que saudades tenho de ser somente fotógrafa, mas preciso botar essa empresa nos eixos. E só depois, eu posso me dedicar, nem que seja um pouquinho, à minha outra profissão.
Caetana suspira e senta-se na cadeira.
— São tantos problemas assim, menina?
— Sim, Nana. Porém, o mais importante a resolver é sobre a dívida que meu pai deixou com esse tal de Oliver Miller, mas o sujeito parece que se nega a conversar comigo. Toda vez, quem atende a ligação é uma mulher de voz insuportável. — Bufei de frustração — Acredito que seja a secretária dele. E toda vez ela me diz o mesmo: Sr. Miller, não pode falar no momento. Ainda para acabar, amanhã tenho um evento de negócios para ir, porém, estou sem um pingo de vontade de ir.
— Minha menina, sei como deve ser difícil toda essa situação, mas sei da sua capacidade e sei que você dará um jeito de resolver tudo. Você é forte e corajosa.
— Assim você vai me fazer chorar. — Abracei Caetana.
Caetana, foi uma benção na minha vida. Quando tudo aconteceu e me vi com 20 anos e com um irmão de dois anos para cuidar. Procurei uma agência em busca de uma cuidadora de bebê, alguém responsável para cuidar do meu pequeno enquanto eu estava no trabalho e foi aí que conheci Caetana. Um anjo que chegou em nossas vidas. Ela ama e cuida muito bem do Leon.
Caetana se nega a ter qualquer outra pessoa para auxiliá-la no serviço doméstico. Pensando nisso, comprei essa casa que é menor do que a mansão que tinha antes. É uma casa confortável para nós três. Não quero Nana, se esforçando tanto. Faz poucos dias que consegui convencer a “cabeça dura” a deixar uma diarista vir quatro vezes na semana, só para ela não se esforçar.
Eu não sei o que seria de mim sem ela. Como daria conta de tudo. É muito tranquilizante para mim, saber que, enquanto preciso trabalhar, meu pequeno está sendo bem cuidado e amado por ela.
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Caetana Solares, 60 Anos _________________________________________
Olhei para ela
— Não sei o que seria de mim, sem você, Caetana. — Segurei em suas mãos e beijei — Agora preciso me arrumar, pois tenho um longo dia.
Subo para o meu quarto e começo a me arrumar, não posso perder o horário Alguns minutos se passaram e estou pronta para mais um dia de trabalho.
Passo no quarto do meu pequeno e dou um beijo nele.
— Tenha um bom dia, meu pequeno. E não esqueça que eu te amo muito. — Saio do quarto sem fazer barulho — Tenha um bom dia, Caetana. Até mais tarde.
