CAPÍTULO 61

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Quando era pequeno, minha mãe me levava à igreja todos os domingos

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Quando era pequeno, minha mãe me levava à igreja todos os domingos.
A igreja era o nosso refúgio, depois da missa sempre fazíamos passeios.

Minha mãe era boa e gentil. Eu a amava mais-que-tudo, quando ela teve o diagnóstico da doença, passei a orar pedindo pela cura dela, não queria perdê-la.
A doença ceifou sua vida e fiquei nas mãos do desgraçado do meu pai, se é que aquele homem alguma vez soube o significado dessa palavra.

Aquele miserável tinha prazer em me torturar com castigos e surras intermináveis. Novamente passei a orar, pedindo para que meu pai mudasse e não me espancasse mais, e minhas orações não foram atendidas.
Então, resolvi que não acreditaria mais nesse Deus, que me abandonou nas mãos de um enviado do diabo aqui na terra, meu pai.

Um homem que tinha prazer em torturar seu próprio filho, seu único filho. Me tornei do jeito que sou, graças àquele miserável a quem um dia chamei de pai.

Não digo que sou santo, porém, nunca matei um inocente, todos a quem ceifei a vida tinham me dado motivos.

A vida me deu Safira, minha doce e atrevida esposa. Minha joia trouxe luz para a escuridão em que eu vivia.

Meus filhos são inocentes, minha esposa é inocente, não merecem pagar pelos meus erros. Então, resolvo fazer o que jurei que não faria novamente.

Sentado na cadeira da recepção desse hospital, baixo minha cabeça, junto minhas mãos, igual fazia quando criança. E dirijo meus pensamentos a Deus.

Por favor, Deus, não leve meus filhos, cuide da minha esposa. Por vezes, na minha infância, lhe dirigia orações pedindo por minha mãe e depois para meu pai, mas hoje venho te pedir ajuda novamente. Salve minha esposa e meus filhos. Por favor, atenda ao pedido de um marido e pai desesperado. Eu te suplico, se você realmente existe, salve a minha família.

Sinto uma mão apertar meu ombro.

— Oliver, meu amigo. Como estão Safira e o bebê?

— Eu não sei, Oscar. Levaram-na e eu não pude entrar.

— Ficará tudo bem. Confie.

— Oscar, só confio em você nesse momento, vá à minha casa, pegue meu filho e as avós dele, leve-os para a minha casa na capital. Coloque todos os seguranças disponíveis. Transforme aquela casa em uma verdadeira fortaleza.

— Farei isso, meu amigo. — Ele apertou minha mão.

— Por favor, cuide deles por mim.

Marina entrou apressada pela porta do hospital.

— Tem notícias deles? — perguntou-me esbaforida.

— Ainda não. — Oscar responde por mim.

— Vai ficar tudo bem, não acontecerá nada a Safira e meu afilhado. — Ela me abraça, tentando me dar forças.

O Fazendeiro Possessivo - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora