Oliver Miller, o fazendeiro mais poderoso e rico do país, é um homem de beleza impressionante, mas também de uma crueldade implacável. Acostumado a conseguir tudo o que quer, seja por meios justos ou sombrios, nada parece fora de seu alcance.
Safira...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Uma semana antes do casamento.
— Aquele desgraçado se escondeu no inferno! — Arremesso a garrafa na parede.
— Calma, Oliver. Você vai achá-lo! — Oscar diz, sentando à minha frente.
— Aquele filho da puta ameaçou minha mulher! Eu o quero morto! — Bati meus punhos na mesa.
Oscar passou as mãos no rosto.
— Só falta uma semana para o casamento de vocês, ela virá morar aqui na fazenda?
— Sim. Conversamos e decidimos que moraremos aqui na fazenda com Leon, Caetana e Benita.
Ele levantou, pegou outra garrafa de gim, voltou e nos serviu.
— Menos mal, aqui é seguro para eles. Essa fazenda é uma fortaleza muito bem vigiada e protegida. — Virou o copo com gim.
— Sei disso, mas Safira quer trabalhar como fotógrafa, não quero prendê-la em casa, quero que ela seja feliz fazendo o que gosta.
— Mas a segurança dela tem que vir em primeiro lugar.
— Não só dela, como do meu filho também — Viro a dose de bebida.
— Falando em filho, quando você vai contar a verdade?
— Decidi que depois da lua mel contarei a ela.
Oscar suspira e coloca o copo sobre a mesa.
— Isso é bom, meu amigo. Apesar de eu achar que você deveria ter contado assim, que descobriu a verdade.
— É Oscar, eu sei. — Esfrego a mão no rosto exasperado.
Ouço o toque do telefone no meu escritório.
— Alô! — Oi, amor. Tudo bem? Estou com saudades. É a minha pedrinha gostosa. — Eu também estou, querida. — Vamos nos encontrar hoje à noite, meu cowboy? — Hoje não vai dar. — De novo, Oliver? Você está me evitando? — Sua voz estava irritada — Se arrependeu de querer casar? — elevou o tom. — Não, Safira. Claro que não! — Arrumei minha postura na cadeira. — Então, venha hoje aqui em casa. E não quero desculpas! — Ela desligou na minha cara.
Fiquei alguns segundos incrédulo com seu comportamento, até me deparar com a cara de deboche de Oscar.
— Ela desligou na sua cara? — Gargalhou.
— Cala a boca, Oscar! — rebato sem paciência.
Ele acendeu um cigarro, tentando controlar o sorriso debochado.
— Você achou uma mulher com o temperamento à altura do seu. Adoro o jeito como Safira te põe na linha. — Riu alto.
— Some daqui, Oscar! Tenho ordens a dar e depois tenho que ir ver Safira.
