capítulo 1

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Zoe Miller

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Zoe Miller.

Respirava fundo, andando pelos longos corredores do prédio onde trabalhava, tentando manter o controle.

- Calma, Zoe, não é porque seu chefe te chamou na sala dele para terem uma conversa séria que você vai ser demitida sem ter feito nada de errado.- pensei, percebendo logo em seguida que havia chegado à sua sala. Suspirei, suando frio, e bati na porta.

- Entre, por favor. - ouvi sua voz e assim fiz. O homem que estava à minha frente era uma das pessoas mais importantes para mim. Daqui a poucos meses faria seus sessenta anos. Eu o considerava como um segundo pai. Ele sempre cuidou de mim desde que fui contratada.

- Olá, senhor. Disseram que você queria me ver. - eu disse hesitante.

- Sim, Zoe, vou ser direto. - ele pegou alguns papéis em sua gaveta, colocando-os sobre a mesa e me olhou. - Relaxe, Zoe, não vamos ter a conversa que você está pensando.- Riu fracamente. - Não vou te demitir.- Deu um meio sorriso e eu relaxei meus ombros, que até então não havia percebido estarem tensos. Mas não era minha culpa ficar daquele jeito. Sempre que ele chamava alguém para ter uma conversa, seja ela qual for, em sua sala, a probabilidade de ser demitido era muito grande. Eu mesma já vi isso acontecendo.

- Chamei você até aqui, pois sei o quão competente você é. Nesses três anos que trabalhou aqui, conseguiu ajudar mais pessoas do que qualquer outro e eu gosto disso. - sorriu orgulhoso.

- Eu sempre faço o meu melhor para ver as pessoas bem.- digo, soltando um ar de alívio e sorrindo sinceramente.

Matheu apontou para a cadeira em frente à sua mesa.

- Sente-se, temos muito do que discutir. - Assim eu fiz. Me sentei, endireitando-me e o encarei.

- Muito bem, Zoe, eu quero te propor algo que, se der certo, no final de tudo você poderá avançar de cargo ou até mesmo fazer seu próprio consultório. - disse sorrindo, fazendo-me dar meu melhor e mais sincero sorriso. Matheu sabe o quanto eu queria aquilo.

- Deus, isso é... maravilhosa. - eu disse, abrindo um sorriso, não estava conseguindo me conter, afinal era a proposta da minha vida. - Mas qual é a sua proposta?- perguntei, fazendo com que ele ficasse sério de um segundo para outro.

- Você conhece a Casa Westreet, não conhece?. - assenti com a cabeça. - Pois bem, naquele lugar vivem os piores assassinos que existem em todo o país, o governo decidiu mantê-los nesse lugar, pois acham que eles poderiam melhorar. - Suspirou e me encarou. - E é neste ponto que você entra. Há um tempo tentamos ajudá-lo, mas nunca conseguimos. - franzi o cenho e Matheu, vendo a confusão expressa em meu rosto, mostrou-me a foto de um homem.

- Este é Tom Kaulitz. Ele, segundo alguns especialistas, é o pior de todos. Vive no manicômio há três anos e durante este tempo ninguém conseguiu se comunicar por um longo tempo com ele. Não pode ficar perto dos outros que moram lá, pois já chegou a matar 38 pessoas, e todos eles foram usando as próprias mãos. Você sabe, naquele lugar é totalmente proibido qualquer objeto com eles. - Peguei a ficha e dei uma olhada, confesso que estava assustada pra caralho.

- Tem vinte e cinco anos, é agressivo e também bipolar, foi colocado na Casa Westreet há seis anos pelo seu irmão que havia ficado extremamente furioso e incompreensível após seu irmão querer matar sua mãe. Desde então não se sabe do paradeiro de Bill Kaulitz. Antes de ser internado no manicômio, Tom Kaulitz já havia matado cerca de 159 pessoas só na Alemanha, e aqui em Nova York chegou a matar 20 pessoas - nossa, isso me assustou muito, como apenas um homem conseguiu matar 179 pessoas. - Querida, sei que você talvez não queira atender a uma pessoa como ele, mas... Você é a minha última esperança e...

- Eu topo. - falou, me interrompendo a mim mesma. Era uma grande oportunidade, não iria deixar passar essa chance.

- O que?. - Matheu perguntou, surpreso.

- Eu topo ser a psiquiatra de Tom Kaulitz. O senhor sabe muito bem que eu nunca desisto de nada nem ninguém. Eu aceito. - respirei fundo e o encarei. - Quando posso começar? - disse o olhando dentro dos olhos com toda a certeza do mundo. Eu estava pronta.

No dia seguinte acordei determinada. Matheu disse que eu poderia começar o mais rápido possível, então combinamos de ir até o manicômio hoje para me adaptar ao lugar e conhecer meu paciente.

Resolvi me levantar um pouco mais cedo do que previ para me arrumar e arrumar as coisas. Como eu era psiquiatra, sempre, desde que me formei, antes de começar o tratamento de meus clientes, pesquisava e separava perguntas simples e logo em seguida algumas mais difíceis. Essas perguntas farão com que eu consiga me aproximar do paciente e consequentemente fazer que ele consiga se abrir melhor comigo, afinal faz 3 anos que ele não fala com ninguém

Depois de quase uma hora ajeitando minhas coisas, já estava pronta. Fui tomar café da manhã. Moro sozinha há 4 anos. Quando saí da casa dos meus pais, foi com a ajuda deles que consegui essa casa aqui em Nova York, por causa do meu trabalho. Nada grandiosa, tinha dois quartos, três banheiros, cozinha, sala, e um quintal, com uma pequena lavanderia lá no quintal. Era bem seguro. Também foi ótimo saber que minha casa era perto de onde eu trabalhava, assim não teria menos complicações para ir em volta do manicômio e para casa.

No início foi difícil para mim e meus pais. Estávamos acostumados com três pessoas dividindo a mesma casa, mas depois de um tempo ambos de nós acostumamos. Sempre que posso, vou visitá-los na Alemanha.

the murderer and the psychiatristOnde histórias criam vida. Descubra agora