capítulo 6

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Zoe Miller

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Zoe Miller


— Quero te conhecer melhor, doutora. - Me afastei com medo dele fazer alguma coisa.

— Ah, vamos! Não é como se eu fosse conseguir sair daqui e te seguir até a sua casa para então te matar enquanto dorme. - Seu rosto, que antes continha uma expressão neutra, agora era de pura diversão. - Veja, eu estou preso. - Apontou com a cabeça para a camisa de força. Eu já sabia desse jogo que ele estava fazendo.

Suspirei e me afastei completamente. Peguei tudo em minha bolsa e a pendurei no meu ombro.

Suspirei e me afastei completamente. Peguei tudo em minha bolsa e a pendurei no meu ombro.

— Tudo bem, Tom. - Dirigi meus olhos em sua direção e percebi que ele me encarava com a mesma expressão. - Nos vemos na segunda-feira.

Como hoje era sexta, eu não precisaria voltar aqui nos próximos dois dias. Pelo menos assim eu poderia relaxar e pensar melhor no que faria pelos próximos dias, longe daquele olhar penetrante que me fazia querer ir embora e nunca mais voltar, mas que ao mesmo tempo me fazia querer ficar com ele e descobrir tudo de seu passado.

— Mal posso esperar, meu amorzinho. - Ele disse enquanto eu caminhava para fora da sala, logo passando pela mesma e pelos seguranças.

Eu sinceramente tenho que me controlar. Suspirei, cansada, e fui direto para meu carro. O sol já estava se pondo, dando-me uma ótima paisagem de onde eu estava. Virei uma esquina, percebendo que meu carro estava logo à frente, mas parei ao sentir um calafrio percorrer a minha espinha. Olhei para os lados e não vi ninguém.

Então, levantei meus olhos para certa janela da Casa Westreet e arregalei levemente os olhos. Era ele. Tom me encarava fixamente. Desviei rapidamente os olhos, mas não o bastante para ele não perceber que eu o vi.

Voltei a andar do mesmo ritmo que ele continuava a me encarar. Entrei no carro e fechei rapidamente a porta. Antes de ligar o carro, arrisquei uma olhada e ele continuava na mesma posição. Kaulitz parecia uma estátua.

Virando o rosto para o outro lado, liguei de uma vez a ignição e arranquei o carro, deixando de lado o manicômio.

[...]

Ao chegar em casa, fui direto para o meu quarto, despindo-me. Fui direto para o meu banheiro. Precisava de um banho, mas não lavaria o cabelo, pois ele já estava limpo.

Ao fazer todos os procedimentos corretamente, coloquei um pijama fresquinho, já que o clima estava quente.

Sentei na minha cama e peguei meu caderno na bolsa para averiguar se tudo estava certo e certamente explícito. Kaulitz realmente é uma pessoa difícil de lidar, mas eu ainda tenho uma pitada de esperança de que isso pode mudar.

Junto ao caderno, meu celular estava em minhas mãos, aberto no aplicativo de gravação. Bom, fiquei analisando e prestando atenção em nossa conversa e me surpreendi de não ter fraquejado na hora com certos comentários dele. Suspirei e continuei.

[...]

Estava na sala, depois de todo o trabalho que tinha tido, tomando sorvete enquanto assistia a um filme de suspense, quando o meu celular tocou escandalosamente.

Irritada, olhei no visor, franzindo o cenho quando vi o nome Mateus.

- Alô?

- Zoe, está tudo bem com você? Você está em casa? - ele perguntou ofegante, me assustando, afinal ele nunca me havia ligado naquela hora.

- Sim, estou bem e estou em casa. Por que? Aconteceu alguma coisa que eu não sei? - perguntei, me levantando.

- Venha rapidamente para a Casa Westreet. Nós precisamos da sua ajuda. - ele desligou a chamada.

Olhei para a tela do meu celular, ainda com o cenho franzido.

- O que aconteceu dessa vez? - perguntei para mim mesma. Ainda confusa e aflita para saber o que havia acontecido, fui direto para o meu quarto me trocar. Já são 22h00. Está muito tarde e isso ainda me deixa preocupada, pois eu posso estar me colocando em uma encrenca.

[...]

Ao vestir a mesma roupa com que havia ido ao manicômio, porque não dava tempo de escolher outra, dirigi-me até a porta de saída, trancando-a, indo até o meu carro e dirigindo o mais rápido que pude para a Casa Westreet.

Ao faltar poucos quilômetros para que eu chegasse ao meu destino, pude ouvir um barulho de sirene. Ah, não, não pode ser a que eu estou pensando. Aumentei a velocidade com que meu carro corria sobre o asfalto até conseguir ver a frente do manicômio.

Pressentindo o pior, estacionei o veículo, logo saindo do mesmo, trancando-o e corri em direção à porta principal. Abri a mesma, logo paralisando no lugar, horrorizada com a que estava à minha frente.

Corpos de vários guardas e alguns enfermeiros, espatifados pelo chão, cobertos de sangue com suas gargantas abertas. Fechei os olhos, respirei fundo, contando até dez e andei pelo corredor, para pelo menos encontrar algum sinal de Mateus e pedir explicações. Acho que nunca vou esquecer essa cena.

Andava pelos corredores escuros do lugar, perdida, tentando encontrar alguém com quem pudesse me comunicar, até levar um susto ao escutar o som do toque do meu celular. Com as mãos trêmulas, atendi sem nem ao menos ver quem era.

— Alô? - falo com a voz trêmula ao ver um corpo no chão.

— Zoe, onde você está? - Era Mateus na outra linha.

— Eu estou aqui no manicômio, um pouco perdida, está tudo escuro. O que são esses corpos?

— Venha para o quarto 666. - E novamente desligou o telefone na minha cara. Suspirei e, hesitante, fui à direção que ele tinha falado.

O quarto 666 era exatamente o reservado a Kaulitz, o que me deixava mais preocupada, pensando no pior. Tentei lembrar a direção correta, subir algumas escadas, ainda com medo de que algo aconteça ou que eu caia da escada por um descuido, mas, para minha alegria, cheguei ao andar e franzi meu cenho. Havia bombeiros, paramédicos e policiais na porta que dava ao quarto de Kaulitz e a mesma estava aberta.Antes de começar a andar em direção a eles, olhei para as paredes, onde tinham marcas de mãos com sangue. Engoli em seco e encontrei com os olhos meu chefe, que conversava com um policial e, quando me viu, veio em minha direção.

the murderer and the psychiatristOnde histórias criam vida. Descubra agora