capítulo 89

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Desviei meu olhar, olhando para a parede branca e desejando ficar sozinha

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Desviei meu olhar, olhando para a parede branca e desejando ficar sozinha.

Zoe Miller. — sussurrou.

— Não, Tom, você tem razão. — o interrompi, não querendo mais discutir. — Eu ainda não havia descansado desde que cheguei nesse hospital e tinha medo de tudo ser apagado da mente, sentir aquela dor novamente. Tínhamos que esfriar a cabeça depois do que ambos passamos e acho que um tentar convencer o outro não vai dar certo, pois somos os dois muito teimosos para isso. Vá para casa, tome um banho e durma, eu vou ficar bem aqui. Precisamos de alguém para cuidar das crianças. Não tem nada mais com que se preocupar. Pelo menos até o final do dia, não quero mais ser um peso para você. Então vá, e descanse, pois não adianta nada você ficar aqui, sendo que eu sempre faço besteira, não é?

— Eu nunca disse isso. — Afirmou, tentando de aproximar mais, de mim mais eu o barrei, não iria cair naquela boca perfeita, sei muito bem se ele tem o poder e sei que, íamos acabar transando com ele aqui.

— Não. — suspirei — Está tudo bem. Pode ir, às crianças, precisa de você o Ash e o irmão mais velho não o país. — Insisti, sabendo que o convenci e, sem o encarar, escutei seus passos pelo corredor, deixando para trás, uma mulher acabada mentalmente, fisicamente e sentimentalmente.

[...]

— Eu não acredito que você fez isso. Sabe o que poderia acontecer se ele não estivesse com você? — falava com a Emma, depois de meu pai ter falado com ele tudo o que aconteceu comigo. Aquele fofoqueiro. — Zoe, juro que quando chegar aí eu te arrebento mais do que já está. Você e problema, está vivendo com um louco está Se tornando uma. — rimos, juntas. Eu realmente estava morrendo de saudades dela, amava as risadas que minha melhor amiga me tirava. Ela e meu ponto de paz meu lugar seguro.

— Vem mesmo, quero distrair a minha cabeça. — Soltei o comentário, sem saber que a Emma realmente escutou. Afinal, ela é doida e ama se divertir sem limite.

— Mais problemas do que o traumatismo e aquele tal de Bill, ou a Simone. — Sim, ela é a única que sabe do Bill. O Tom pediu para não falar para ninguém, mas a Emma não é ninguém, ela é minha melhor amiga.

— Aham. — Falo meio sem jeito. Afinal, essa vadia disse que dessa vez estava do lado do Kaulitz, mas só dessa vez. Aquela traíra.

— Brigaram de novo? Zoe! Vocês passaram anos sem brigar. — Assenti com a cabeça, respondendo a pergunta dela, mesmo sabendo que ela não veria, por estar na Argentina. — Zoe, tente ver o lado dele, poxa, tente ter maturidade. Tom só está assim porque se preocupa com você e com a família. E porque ele te ama para caramba. — Arregalei os olhos, afinal não estava esperando isso dela. Esperava de todo mundo menos dela. Mordi os meus lábios pelo tudo o que eu estava ouvindo. — Ele te ama e é apaixonado pela sua família, a família que vocês constituíram. Por isso cuida de vocês e por isso agiu dessa maneira.

Ouvindo isso, começo a lembrar de tudo que nós vivemos, e da proteção que ele tinha com a minha família. Começo a lembrar do dia que o Bill deu os primeiros passos. Tom quase infartou quando ele deu três passinhos e caiu. Tom segurou ele forte e começou a chorar junto com o Bill. Enquanto eu tinha de me conter vendo o pai e o filho chorando. Igual todas as vezes que eles iam tomar vacina, ele ameaçava as médicas, para não machucar as crianças. Isso não resolvia muito, mas era uma forma de cuidar deles.

— Não acho que seja por isso. A partir do momento em que tudo aquilo aconteceu, Emma, o Tom deixou de me amar e sempre, de algum jeito, ele me deixa explícito isso. Às vezes, ele sobe uma montanha impossível de escalar. — Começo a chorar.

— Sei… Zoe, você já sabe o que eu acho. Não vou repetir: você não é burra. Você é insuportável, porra, insuportável! O Tom te aguentou por quatro anos com você sendo uma vadia, burra, lerda, nojenta, filha de papai que acha que é a dona da razão. Mas adivinha? Você não é! Então, do que deu, Zoe? Cresce! Você tem 27 anos, não mais 14, onde quando você faz merda, seus pais se responsabilizam. Quando o seu crush dá um fora ou é grosso com você, você liga para a sua melhor amiga chorando, falando que ninguém te ama!.

Emma é minha melhor amiga. Ela sempre foi dura assim comigo. Sempre que eu precisei mais, ela deveria tentar ser um pouco mais delicada. Eu não sei..

— Tudo bem... Emma, eu entendi. — Suspiro, frustrada. — Eu vou tomar banho e comer alguma coisa. Depois, eu resolvo isso. — Falo por fim, segurando o choro, pois sabia que se eu chorasse, seria pior.

— Tudo bem, mas não esquece o que estou te falando, Zoe. Tá bom? Pense nisso.—  Ela respirou fundo, parando por um instante. — Daqui a alguns dias, eu estarei aí e poderei conversar com o Tom e abraçar novamente meus afilhados.—  Ri mais uma vez. Emma era a madrinha de todos os meus filhos, até do Ash. — E finalmente irão conhecer meu namorado, que já está aí

— Tata, tchau! Chata! — Desliguei na cara dela, sabendo que ela odiava quando eu fazia isso.

Mais nem fudendo vou escutar ela fala que está namorando, porra ela é a minha melhor amiga, não tem de namorar. 

Levantei devagar da cama, indo em direção ao banheiro. Hoje eu acordei com a maior disposição. O mesmo médico que me atendeu ontem disse que essa era uma boa notícia, mas que eu deveria ficar aqui por mais alguns dias para que eles possam ver o meu progresso.

Eu estou morrendo de saudades da minha casa e dos meus filhos, de sentir o cheiro deles. Mas combinei com meu pai e Tom para não trazer as crianças para que elas não me vejam nesse estado. Tom disse que inventou uma história falando que estava cuidando de uma menina muito doente, e para Ash ele falou a verdade.

the murderer and the psychiatristOnde histórias criam vida. Descubra agora