capítulo 17

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- Tudo bem, desculpa tocar nesse assunto

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- Tudo bem, desculpa tocar nesse assunto. - abro minha bolsa e pego aquela foto de casa e a entrego, afinal mandei eles não colocarem mais a camisa de força no Tom.

- Está vendo esta foto? - perguntei, vendo logo em seguida, Tom confirmar. - Eu fui até...

- Você a que? - ele diz, me olhando sério.

- Eu tive de fazer isso.

- Você é muito intrometida. - diz, mas agora ele olha para a mesa.

- Por que saber disso te incomoda tanto? - ele não respondeu. - Está vendo, Tom? Você não fala comigo. Eu preciso que se abra.

- Você não pensou por nenhum momento que esse assunto pode ser desconfortável para mim?

Respirei fundo e encostei as costas na cadeira.

- Desculpe. - falei, me sentindo culpada.

- Sei o que está tentando fazer, Zoe. Já percebi há muito tempo, mas não é fácil contar algo que aconteceu há anos, que me transformou em um demônio.

Concordei fracamente.

Concordei fracamente

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[...]

Tudo bem, vamos ver... - Folheei algumas páginas. - O que você pensa quando está nesse quarto, ou melhor, nesse lugar novamente depois de ter ficado aqui durante seis anos e voltado logo depois de ter fugido?

Ele somente sorriu em minha direção e negou com a cabeça, me olhando fixamente.

- O que você encontrou na casa? Você mexeu em algo? - Tom de repente perguntou enquanto eu arrumava minhas coisas.

- Olha, não se preocupe quanto a isso. Eu somente estou fazendo o meu trabalho para que você tenha um melhor avanço. Eu não tirei nada do seu devido lugar.

Ele, que até então continha um semblante calmo, agora me encarou friamente, como se eu tivesse falado algo que não o agradou.

- Tudo bem, então. - Forçou o seu punho. Seus olhos agora continham uma coloração mais escura. Ele é muito bipolar. Irei trabalhar com isso.

- Porque você é assim? O que eu fiz? - Perguntei, olhando-o.

- Nada, porra. Você nunca faz nada. - Falou, fechando a bolsa e vendo-o guardando algo no bolso, parecia uma foto.

- O quê?

- É melhor você ir embora. - Ele disse, levantando e deitando na cama.

-Não, Tom, eu já falei que eu não vou! - Gritei, irritada. - Você sabia que um tal de Georg veio me procurar? Era aquele cara que você comentou?

Tom respirou fundo antes de virar a cabeça para um lado, parecendo pensar cautelosamente, e me encarou novamente, talvez frustrado até demais.

Nunca mais volte naquele lugar, está me entendendo? Não mexa no meu passado. Ele é mais pesado do que você pensa. Já mataram muito mais inocentes do que eu.

- Na casa? Mas... - Ele me interrompeu, nervoso.

- Eu estou falando sério, Zoe. Você é imbecil ou o quê?

- Não fale comigo como se estivesse tentando me ameaçar. - Bati as mãos com força na mesa.

- Você realmente não se lembra, não é? - Ele disse depois de um tempo em silêncio.

- Me lembro do quê?

Ele parou por um instante, pensando no que dizer, mas desistiu, preferindo o silêncio.

- Se ele mexer com você de novo, me fale imediatamente, e não esqueça que sempre estarei por perto. - Tom exigiu, chamando minha atenção

-E por que eu faria isso?

-Eu não sou uma boa pessoa, Zoe. Eu me importo com poucas coisas e, se eu souber que Georg atacará novamente, posso finalmente matá-lo. Isso é tudo o que importa. - Ele diz deitando na cama.

-Tá. - Encaixei a bolsa, já com todas as coisas guardadas, em meu ombro e virei-me em direção à porta, indo embora.

-Você quer que eu confie em você? - Parei assim que ouvi sua voz, me surpreendendo com a pergunta.

-Quero. - Respondi.

-Então você tem que confiar em mim também. Confie em mim. - Olhei para ele, por cima de meu ombro. - Eu sei que é difícil de lidar comigo, mas você tem que fazer isso. Eu não consegui salvar ele, mas não vou deixar acontecer de novo. Você desconfiar da própria sombra.

Apenas virei o rosto para frente e fui embora, pensando naquelas palavras dele.

[...]

-Então foi tudo o que ele te disse? - Matheu perguntou, desconfiado.

-Sim, foi tudo. - Omiti, mas se me deixar continuar meu trabalho, posso conseguir mais informações.

O homem à minha frente suspirou, talvez cansado desse assunto, e concordou com a cabeça.

-Zoe, sei que você tem essa mania de querer ajudar a todos, mas tudo tem seu limite. Se chegar uma hora que você ver que não tem mais jeito, abandone. Estou me preocupando de verdade. Kaulitz não é de confiança, e ele está metido com várias coisas erradas.

-Não tem com o que se preocupar, Matheu. Eu estou bem. - Sorrir para tranquilizá-lo.

-Então, - Ele se levantou de sua cadeira. - Pode ir para casa, Zoe. Descanse.

-Pode deixar.

Me dirigi ao meu veículo e fui até minha casa, que não ficava tão longe. De repente, meu celular começou a tocar. Conectei-o ao meu carro e coloquei no viva-voz, para que não acontecesse nenhum acidente.

-Alô?

Mas ninguém respondeu. Só dava para ouvir a respiração da pessoa.

-Alô? - Exclamei, mas ainda sim, sem nenhuma resposta.

-Eu vou desligar. - Ameacei, mas ninguém disse nada. Com raiva por achar aquilo uma grande falta de respeito, desliguei no cara de quem quer que fosse.

Esperei alguns minutos e, apenas, a respiração da pessoa. Apenas desliguei o telefone, deixei em um canto qualquer, e comecei a dirigir. Depois de alguns minutos, ele voltou a tocar. Agora era uma mensagem do mesmo número. Parei o carro e olhei, achando-me assustando com a mensagem.

 Parei o carro e olhei, achando-me assustando com a mensagem

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Quando ia responder, percebi que o número me bloqueou. Tentei ligar mais, mas agora dizia que esse número nunca existiu. Fiquei um pouco nervosa, mas dirigi até a minha casa.

the murderer and the psychiatristOnde histórias criam vida. Descubra agora