capítulo 16

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Zoe Miller

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Zoe Miller

[...]

Ontem eu e a Emma fomos ao cinema assistir "Barbie" e hoje estamos no clube tomando sol de frente para a piscina, em um clube que eu frequentava, compartilhando sobre acontecimentos que presenciamos juntas e que não nos arrependemos de ter passado.

- E você lembra quando eu tentei pular a cerca e... - Continuava a falar antes de ser interrompida por um homem que parou à nossa frente.

- Olha, se não são as moças mais bonitas desse lugar. - O homem fala, nos olhando. Pera, eu acho que conheço ele.

- Desculpe, mas nós nos conhecemos? - Perguntei, o olho e vem à minha mente as fotos na casa da avó do Tom, ele estava lá.

- Ah, minhas sinceras desculpas por não ter me apresentado. - Sorriu gananciosamente. - Sou Georg, vocês duas estão sozinhas e decidi me apresentar.

Arqueei uma sobrancelha e olhei para Emma, que parecia tão confusa quanto eu.

- Tudo bem, então eu... - Georg, mais uma vez, me interrompeu, fazendo-me ficar sem paciência.

- Qual das duas é a tão famosa Zoe Miller? Gostaria tanto de conhecê-la. - Perguntou, aproximando-se mais.

- Famosa? - Eu e Emma dissemos juntas, com a mesma expressão, sabia que tinha algo a ver com o Tom.

- Oh, é que eu ouvi falar que uma tal de Zoe Miller é a nova psiquiatra de um dos maiores assassinos do país, Tom Kaulitz. - Ele disse, fechando a cara.

- Vocês a conhecem? - Voltou a perguntar, mas dessa vez somente me encarando, como que se eu soubesse a resposta. Antes que eu pudesse respondê-lo, uma mulher do outro lado da piscina o chamou.

- Licença, moças, eu preciso ir agora.

Ele se afastou, nos olhando, e eu fiquei confusa. Quem era aquele cara? Por que ele veio falar comigo aqui? Deixando-nos mais confusas ainda.

- Zoe, o que foi isso que acabou de acontecer?

- Eu não sei... eu não sei, só me assustou um pouco.

- Estou começando a ficar preocupada com essa "fama" que você tem. - Disse, me olhando meio receosa, e eu entendi, afinal, um estranho nos aborda assim.

- Não é fama nenhuma. - Disse, respirando fundo e prendendo meus cabelos.

- Então como é que você me explica isso? - Apontou discretamente para o mesmo homem que tinha acabado de se dirigir ao saguão do hotel que havia ali.

- Eu não faço a mínima ideia, só sei que tem alguma coisa a ver com o Tom.

Após sairmos do clube, Emma disse que iria descansar um pouco e eu aproveitei para ver se conseguia achar alguma coisa a mais sobre o passado da família Kaulitz, para descobrir mais sobre aquele homem de agora pouco. Afinal, tinha certeza que eu tinha visto ele perto do Tom e de seu irmão. Encontrei fotos dele e do Tom, e algumas coisas a ver com eles, mas não encontrei nada, exceto uma fotografia na sala de arquivos que atiçou minha curiosidade. Peguei-a, colocando-a em meu bolso.

Tom cumpriu o que tinha dito que faria. Voltou ao manicômio, mas isso só me deixa mais preocupada. Afinal, todas as vezes que ele quiser sair, vai acontecer mais mortes.

Saindo da sala de arquivos, dei de cara com um policial que me informou que Kaulitz havia voltado, mas não estava no mesmo quarto. Então, liguei para Matheu e ele disse que eu poderia sim conversar com Tom, mas que devia ser rápida, pois logo após a conversa eu deveria rapidamente voltar à clínica e contar tudo para os policiais. Mas, bom, de certo modo eu não o contaria todos os detalhes, pois minha decisão de resolver tudo sozinha não mudou. E eu acho que é o certo. O que eu preciso é que Kaulitz acredite e confie em mim.

No local onde eu estava, havia cerca de cinco policiais e mais cinco seguranças que faziam a vigia do lugar. Eles com certeza redobraram a segurança do local. Um deles abriu a porta para mim e entrei rapidamente. Assim que a porta de ferro foi fechada, olhei diretamente para Kaulitz, o mesmo sorria e mexia em seu piercing.

- Sinceramente, você está me cansando. - Disse francamente. - Você que mandou ele ir atrás de mim, né?

- É divertido ver o quanto você se importa em tentar consertar o que não tem conserto. - ele diz, sarcástico.

- Tudo tem conserto, Kaulitz. - disse, séria.

Sentei-me na cadeira em frente à mesa. O quarto em que estávamos era tecnicamente o mesmo, tirando o fato de ser maior. Tirei meu caderno de minha bolsa e folheei algumas páginas enquanto Tom olhava para minhas pernas.

- O que você está fazendo? - ele perguntou, olhando para o objeto em minhas mãos.

- Meu trabalho. - disse somente, antes de chegar à página certa e encará-lo finalmente. Hoje íamos ficar horas conversando sobre algo sério, provavelmente iríamos brigar.

- Kaulitz, eu me encontrei com sua mãe, como já sabe. Eu quero muito saber o que houve entre vocês porque, - ri fraco, - eu não consigo entender o que ela pode ter feito para que nascesse essa raiva excessiva em você.

- Minha mãe não foi a principal culpada de tudo isso, e sim o que ela usa. Ou melhor, digamos que foi cúmplice. - riu debochadamente.

Assenti e anotei o que ele disse.

- E porque você diz isso por causa do Bill? - perguntei e vi ele mudar de humor completamente. Quando o Matheu me disse que ele tinha distúrbio de personalidade, eu olhava em seus olhos e via o demônio. Aquilo me assustava. Ele apenas ficava me olhando e fechando a mão. Porque ele ficava daquele jeito?

Continuo anotando os movimentos do Tom. Ele estava completamente bravo e aquilo era visível por qualquer um. Ele ficava me encarando. Ficamos quase vinte minutos assim, até o mesmo quebrar o silêncio.

- Não acho, Zoe. Eu vi com meus próprios olhos. Você não conhece ela, e nunca vai conhecer. Você não sabe como é ser criada por uma mãe que é usuária. - ele olha dentro dos meus olhos, ainda nervoso. Pera, nunca em nenhum dos relatórios falava sobre a mãe de Tom ter envolvimento com drogas.

the murderer and the psychiatristOnde histórias criam vida. Descubra agora