capítulo 85

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Zoe Miller

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Zoe Miller... kaulitz

Continuei a estancar o sangue, até que vi que não saia mais nada. Peguei o papel e comecei a limpar todas as gotas de sangue. Limpei o pijama onde eu sujara, então suspirei aliviada, jogando o papel no lixo e saí do banheiro ao mesmo tempo que Tom entra no quarto com a Lua no colo, me procurando.

Zoe Miller

[...]

- E o que você fez depois disso? - Não era o mesmo delegado de anos atrás, era outro que me torturava, me fazendo lembrar do dia em que descobri que minha mãe me odiava e que ela me torturou, mesmo vendo que eu estava prestes a ter um bebê

- Pelo que eu me lembro, dei um tiro na Simone e saí correndo pelo meio da floresta. Vi um muro e aproveitei para escalar, mas minha... mãe... a Kris me alcançou. Mas meu filho me encontrou e fugimos juntos. Ele fez meu parto. - Finalizei, encostando minhas costas na cadeira, cansada de ficar sentada no mesmo lugar durante duas horas e meia.

Vi quando o parceiro do delegado que me interrogava, era o mesmo que me atendeu há alguns anos. Ele anotou alguma coisa e isso me fez lembrar que eu tinha uma reunião com o Matheo, mesmo sabendo que o Matheo é apenas um intermediário do George.

Porém, lembrei-me que ele não me mandou embora em quatro anos. Continuei trabalhando normalmente. Surgiram milhares de perguntas na minha cabeça e, de repente, a dor de cabeça surgiu e voltou. Implorei para Deus que meu nariz não voltasse a escorrer sangue. Além disso, lá fora, havia Heidi, Gustav, meu pai, Tom e duas autoridades me encarando. Eu me importo demais com essas pessoas e Tom está surtando por dentro. Não quero deixá-lo preocupado comigo. Eles estão do outro lado da porta trancada, esperando com boas notícias.

- Posso ir agora, senhores? - Perguntei, quase implorando e sussurrando, começando a ficar tonta com a dor que voltava com mais intensidade.

Levantei da cadeira para ver se uma luz surgia e a dor desaparecia na mesma hora, mas isso só fez com que ela se acentuasse. Eu sabia qual era o próximo estágio e não permitiria que isso acontecesse.

- Só alguns minutos, senhorita Zoe Miller. - Os dois delegados saíram do interrogatório, deixando a porta aberta, permitindo que meu pai, Heidi, Gustav e Tom entrassem.

Arregalei levemente os meus olhos, com medo do que eles pudessem estar vendo. Senti o sangue querendo escorrer, porém, eu funguei antes que o mesmo pudesse.

- Como foi, minha querida? - Heidi me perguntou, parecendo ser a mais preocupada do local.

Sorri forçado e segurando minha respiração para o sangue não escorrer, falei:

- Deu tudo certo. Acho que eles vão me liberar daqui a pouco. Simone, George e Kris - falei com dificuldade, sentindo um nó na garganta ao falar o nome da Kris, afinal ela era minha mãe. - Eles vão finalmente ficar presos.

As expressões aliviadas e os sorrisos de todos só fizeram com que eu passasse mal e tive de segurar a vontade de vomitar ali mesmo na sala. Eu simplesmente não sei o que está acontecendo.

Pigarreei, chamando a atenção de todos.

- Eu vou ao banheiro e já volto. - Encarei meu pai e logo a Heidi e o Gustavo, que assistiram. Menos Kaulitz, que tinha uma expressão séria e dura no rosto, como antigamente. Engoli seco, vendo aquela expressão após anos. Tom sabia de algo.

Andei até a porta, mas antes que pudesse passar pela mesma, meu braço foi puxado.

- Eu vou com você. - Escutei Tom sussurrar e na mesma hora neguei.

- Não, Tom. Fique aqui com todos. Eu já volto. - Tentei puxar meu braço de sua mão, mas ele apertou mais forte para que eu não saísse do lugar. Arqueei as duas sobrancelhas, mostrando que aquela não era uma boa ideia, e ele me deixou ir.

Quando vi a porta do banheiro feminino, respirei fundo, aliviada por finalmente chegar. Esse caminho pareceu tão longo, e isso estava me matando.

Ao ver meu reflexo no espelho, arregalei os olhos devido à minha aparência desprezível. Estava pálida, com olheiras profundas, e havia perdido muito peso. Eu realmente estava mal, mas não iria preocupar Tom mais. Ele estava mil vezes pior.

Me olhei mais duas vezes, percebendo.

- Então era por isso que Tom estava preocupado.

A vontade de vomitar voltou e eu rapidamente entrei em uma das cabines e ajoelhei no chão, vomitando no vaso tudo o que tinha direito. Acho que vomitei até o meu café da manhã de ontem. Quando senti que não havia mais nada que pudesse sair, sentei no chão e limpei minha boca com as costas da mão e comecei a soluçar, tentando prender o choro.

Eu devia mesmo ir até um médico, mas não tinha tempo hoje à noite. Tinha que ir na apresentação de balé da Lua e, amanhã, tinha o jogo do Bill de manhã e à noite prometi para o Ash que assistiria à aula de tiro dele.

Eu não tenho tempo para ficar doente. Preciso cuidar da minha família, não tenho tempo para ficar doente.

Após um tempo, levantei-me da cabine e fui até a grande pia que havia lá. Lavei, além de minhas mãos, meu rosto também, que estava todo borrado de maquiagem.

Quando percebi que havia arrumado ao máximo minha aparência, sorri satisfeita e dirigi-me até a porta. Assim que abri, vi kaulitz de braços cruzados, encarando a porta, com um olhar demoníaco e vazio. Assim que me viu, desencostou da parede em que estava apoiado e foi em minha direção.

- Você está bem? - perguntou, enquanto me analisava, com um olhar vazio, sem nenhum sentimento.

- É claro, amor. - Afirmei, abrindo um sorriso mais falso e forçado do mundo.

- Entendi. - Respondeu, e o silêncio predominou. Ele com certeza estava desconfiando de mim. - Vamos almoçar. Estou com fome. - Mas para minha surpresa, Kaulitz não disse nada sobre minha aparência.

Heidi

Peguei meu telefone e mandei uma mensagem para o Bill após perceber o estado de saúde da Zoe.

the murderer and the psychiatristOnde histórias criam vida. Descubra agora