capítulo 31

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Zoe Miller

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Zoe Miller

Respirava fundo, não queria me render, mas estava cansada de gritar. Ele estava tão perto, quase me beijando. Eu queria muito aquilo, mas não falava nada, só o olhava.

Ele continuou apertando minha cintura e nos aproximou mais ainda. Nossos corpos finalmente se encontraram, e nossos lábios se tocaram. Ele fechou os olhos com força, abriu rapidamente e me olhou decidido. Acariciou minha cintura, apertando a minha bunda. O beijo estava intenso, e uma parte de mim sentia saudades. Ele começou a me levar para a cama, mas quando estávamos perto, a porta de ferro se abriu brutalmente, nos assustando e nos afastando.

"Fudeu!"

- Senhora Zoe Miller, o senhor Matheu disse que você só pode voltar à noite. - Meu Deus, vou ter que voltar à noite? Após ouvir aquilo, a mulher saiu, e olhei para Kaulitz, que estava apoiado na parede, parecendo perdido. Seus pensamentos não estavam mais lá; estavam em outro lugar.

Respirei fundo, dispersando alguns pensamentos. Não sabia o que estava acontecendo comigo, o que Kaulitz fazia comigo, mas a única certeza era que eu estava mais ligada a Kaulitz do que imaginava.

Nossa relação no passado foi mais do que um romance adolescente. Pera, será... será que eu realmente amava Tom Kaulitz? E eu o machuquei, ou pior, fui a primeira namorada dele?

Tom Kaulitz

Zoe saiu, e fiquei pensando em tudo que aconteceu hoje. Se aquela mulher não tivesse entrado... eu e Zoe agora, e eu a machuquei, machuquei-a novamente. Porra, eu só faço merda. Levantei e comecei a socar a parede, e caiu no chão um papel. Abaixei para pegar e vi um símbolo.

- Pera, isso só eu e o Bill sabemos fazer.-  Olhei para a carta, a mesma que Gustav me deu, estava no envelope com o símbolo.

Sentei e respirei, pensando se abriria ou não a carta. Afinal, não posso confiar em ninguém. Respirei fundo, tomando coragem e abri. Era a letra do Bill, parecia estar escrita há muito tempo, com uma folha amarelada. Olhei para ela, respirando fundo antes de começar a ler.
"A exatos 17 anos atrás, a vida me deu um presente que veio antes de mim, mas ainda foi o meu maior presente: você. Sou extremamente grato por isso, afinal, sem você, eu não teria aguentado, Tom. Não teria aguentado 17 anos vivendo com agressões, brigas, tirando a mãe das encrencas, sem conseguir dormir por medo de ser morto e enfrentando a homofobia. Mas você sempre esteve lá, dizendo que cuidaria de mim, e cuidou até o último momento.

Tom, estou escrevendo essa carta porque sei que vou morrer em dias. Estou me preparando, na verdade, nós estamos nos preparando, afinal, te deixei na mão dela. Sei que você estará bem cuidado. Peço para não estragar sua vida apoiando minha morte. Não deixe isso te abalar, Tom. Estou fazendo isso por nós, pelos TBZ (Tom, Bill e Zoe), o nosso trio, o melhor trio da Alemanha.

Escrevo isso para lembrar que eu te amo e sempre cuidarei de você. Nosso laço é mais forte que a morte, disso eu tenho certeza. E se houver uma próxima vida, quero vivê-la ao seu lado. Quero ver você feliz, ser sua estrela favorita. Não deixe de sorrir, afinal, quando desisti, olhei para o meu irmão mais velho e vi um sorriso.

Imploro que não me esqueça. Quando se deitar, fale comigo; estarei te ouvindo e te abraçando. Seja forte e feliz. Sei que você é forte e será um grande guitarrista, impressionando o mundo com o seu jeito. Você e Zoe serão o melhor casal do mundo.

Beijos do seu irmão Bill."

Comecei a ler, e as lágrimas caíram do meu rosto. Bill estava pedindo perdão por me deixar, mas não era culpa dele, era daquela vadia que chamo de mãe. Como ela consegue trocar seus filhos por drogas? Comecei a chorar, sentindo algo estranho, como se Bill estivesse do meu lado. Continuei olhando para a carta, percebendo que ela foi rasgada no meio, mas tinha certeza de que era do meu irmão.

Peguei a foto que eu havia roubado de Zoe e comecei a olhar. Cada vez chorava mais, queria um último abraço, queria meu irmão. Irei me vingar, nem que seja a última coisa que eu faça.

 Irei me vingar, nem que seja a última coisa que eu faça

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Deitei na cama, olhando para aquela foto e chorando. Se Bill estivesse aqui, riria muito de me ver nesse estado, mas não dá. Sentia muita saudade dele.

- Eu te amo, irmão. De onde você estiver, nunca esqueça que sempre será minha outra metade, a parte que vive em mim, porque não me sinto mais vivo desde o dia que tudo aconteceu. Falei, olhando para a foto e caindo no choro novamente.

Zoe Miller

[...]

Após sair do quarto do Tom, fui diretamente para o meu carro, que estava estacionado no mesmo lugar onde o deixei no dia anterior. A rua estava calma, praticamente vazia, e pude ouvir seus saltos ecoando no asfalto. Isso não era comum. Enquanto pegava a chave do meu carro, ponderava sobre o que faria até a noite. Talvez ligar para meus pais ou falar com a Emma.

Destravei a porta do carro, mas ao entrar, um corpo grande e forte veio em minha direção, batendo na porta. Olhei assustada na direção da pessoa que estava batendo.

- Já vai embora, doutora? O Tom fez o que dessa vez? - Georg fitou minha cabeça machucada, e eu não tive tempo de fazer um curativo.

- Perguntei o que está fazendo aqui? - disse, pronta para qualquer coisa que ele pudesse fazer ou dizer. Tom me ensinou a não confiar em ninguém.

- Resolvi dar uma passada por aqui. Quando vi você, deu vontade de passar pela cidade.- ele sorriu gentilmente, enquanto eu o olhava desconfiada.

- Não posso.- respondi rapidamente, evitando que ele me tocasse.

- Não seja teimosa. É só um passeio. Eu te deixo no horário correto para aprender meu primeiro. - ele sorriu.

- Como sabe que eu irei voltar?- perguntei desconfiada. Georg riu, afastando-se milimetricamente.

- Eu te conto a verdade, Zoe. Conto tudo que você quer saber, toda a verdade sobre como você e Tom se conheceram, até os segredos mais obscuros da família Kaulitz.

the murderer and the psychiatristOnde histórias criam vida. Descubra agora