capítulo 86

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Heidi

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Heidi

Mensagem:

"Zoe não está nada bem. Ela está pálida, com olheiras profundas e o nariz está sangrando. Você está fazendo alguma coisa com ela, Bill? Em nome do amor?"

Falei e desliguei rapidamente o telefone. Quando vi Tom e Zoe voltando, Tom estava com uma cara de preocupação, e parecia bem conturbado.

Zoe miller 

[...]

Antes de sairmos andando até o restaurante, nós nos despedimos de todos e avisamos que queríamos almoçar só nós dois, mas que compensaríamos no jantar depois da apresentação da Lua. Todos concordaram, e eu e o Tom começamos a andar em direção ao restaurante, que ele sempre insistia em me levar.

No meio do caminho, eu vi várias pessoas correndo, empinando pipa, tomando sorvete e vários casais de mãos dadas. Fiquei me perguntando se um dia eu e o Tom poderíamos ser felizes assim, com nossos filhos, sem ter que nos preocupar com a possibilidade de alguém nos matar a qualquer momento. Eu sinto que isso nunca irá acontecer, mas nunca se sabe.

Enquanto eu sorria, sentindo o vento no rosto, Tom, no entanto, continha sua expressão séria. Ele queria mostrar às pessoas que não era um cara com quem se brincava. Nos últimos anos, ele havia mudado. Parecia estar mais preocupado com nós dois do que consigo mesmo. Estava bem melhor, cuidando da nossa família. Perto dele, era quase impossível ficar triste.

Voltei minha atenção para Tom e sorri, achando-o ao mesmo tempo, engraçado e triste. Ele estava se esforçando ao máximo para mostrar que estava bem. Kaulitz sempre precisava mostrar algo às pessoas. Quando não queria amedrontá-las, queria afastá-las de uma possível aproximação.

E eu sei que isso tudo é o jeito dele de mostrar que não está machucando, mesmo que esteja. Não que eu o machuque física ou sentimentalmente, mas o mundo sim. Todos ficam julgando-o como se ele não fosse normal por ter um passado difícil que o fez mudar completamente de personalidade. É isso que eu admiro nele. Tom Kaulitz não se deixa levar pelas opiniões alheias. Vive sua vida do seu jeito. Não que isso seja fácil. Mas pelo menos ele tenta. Algo que as pessoas não costumam fazer.

- Está me encarando. - Despertei de meus pensamentos com o comentário de Tom. O encarei e o mesmo estava com um pequeno sorriso.

- Admirando, melhor dizendo. - Sorri tímida por ser pega no flagra. Ele estava lindo, com olhos brilhantes, como se tivesse encontrado paz por alguns momentos.

Aproximei-me dele e o abracei, levantando os pés e sussurrando em seu ouvido:

- Isso é romântico. - Eu admiti, afastando-me um pouco e chamando sua atenção, vendo ele sorrir.

Tom ficou assim, só me olhando, como se eu fosse uma miragem. Eu sorri, sentindo meu coração bater mais rápido.

- Vamos continuar andando? - Eu perguntei, puxando seu braço.

Já tínhamos acabado de almoçar e jogávamos conversa fora enquanto saboreávamos as nossas sobremesas, a minha era um brigadeirão de morango e a dele era um bolo de leite ninho.

De repente, o celular do Tom tocou de novo, fazendo-o revirar os olhos. Eu não resisti e comecei a gargalhar, chamando a atenção de algumas pessoas que estavam no local. O celular dele havia tocado mais algumas vezes, e cada vez correspondia a um contato diferente: meu pai, o primo do Tom e, agora, a Heidi.

Eu não recebi nenhuma ligação, pelo simples fato de ter deixado meu celular com o Ashtray, pois o meu estava no concerto. Por isso, Kaulitz estava sofrendo tanto com as ligações.

Não sei por que eles ligam tanto, mas tenho certeza de que conseguiram deixar o Moreno um pouco irritado. Só não desconfiava de mim. Ele se levantou enquanto eu terminava de saborear minha sobremesa.

Olhei ao redor e várias pessoas estavam me encarando. Deve ser porque me acham louca por estar saindo com Tom Kaulitz, o psicopata mais perigoso de Nova York e da Alemanha, que matou mais de 200 pessoas. Revirei os olhos só de pensar o quanto as pessoas podem ser hipócritas por pensar desse jeito, e tão egoístas que não gostam de ver as outras pessoas bem.

Depois de um tempo, Tom ainda não tinha voltado e uma vontade enorme de chorar surgiu, e com isso, a dor na garganta também. Minha boca ficou seca e eu tentei respirar fundo para não desmaiar, pois minha visão havia escurecido por completo de repente. Porém, eu ainda estava consciente, mas não por completo. Meu coração pulsou cada vez mais forte e comecei a sentir meu corpo tremer. Sentia uma sensação de que alguém estava sugando minha respiração.

Olhei para o lado e vi Tom voltando. Abaixei a cabeça quando senti o sangue começar a escorrer pelo meu nariz, saio para beber de novo. Fechei os olhos, sem saber mais o que fazer. Não tinha como esconder dele. Eu já sabia disso.

- Zoe, vamos? Ainda tenho que pegar a saia da Lua... - Ele parou de falar assim que olhou para o meu rosto, se assustando.

- Tom... - Funguei. - Por favor... me ajuda. Eu não sei o que está acontecendo... - Eu disse, vendo como seus olhos se arregalaram e seu rosto empalideceu.

Eu falhei em defender ele. Eu demonstrei que não estava bem, mesmo sabendo que Tom estava mil vezes pior.

- Meu Deus, Zoe! Espere um pouco. - Ele correu até o caixa e lhe entregou alguma coisa. - Deve ser o dinheiro do nosso almoço. - E logo voltou para onde eu estava, me pegando no colo, me fazendo perceber o quanto fraca e sensível eu estava. Meu corpo ficou mole.

- O que aconteceu com você? - Ele perguntou enquanto corria comigo em seus braços, fazendo carrinho em mim. O suor dele escorreu em sua face.

- Perdão. - Aquelas palavras foram as únicas que ele disse e só isso foi capaz de me quebrar por dentro.

[...]

Ele foi correndo comigo no colo até o hospital. Assim que entramos, Tom começou a gritar, despertando a atenção de todos.

- Tom... Não posso ficar aqui... Preciso assistir nossa menininha. - Eu disse, tentando me soltar dos braços dele.

the murderer and the psychiatristOnde histórias criam vida. Descubra agora