capítulo 90

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Zoe Miller

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Zoe Miller

Meu pai parece mil vezes mais aliviado com a notícia. Eu brinquei com ele dizendo que eu estava certa em avisá-lo que eu estava bem e que tudo não passou de um susto besta que aconteceu comigo. Ele não precisava se preocupar.

Não vi mais Kaulitz. Segundo a Heidi, ele passou a noite e a manhã toda em casa, mas que viria para cá assim que estivesse se sentindo melhor.

- Ele achou que eu estava transando com a minha própria...mãe? Quê como assim ? Zoe? - ele gritou.

- Bill começou a correr atrás de você, nós perseguimos, mas não pelo mesmo motivo do que o Georg. Ele achou que você era... Droga, eu não sabia o que fazer. Eu pensei que eu era a doente, mas ele... - vejo o Tom começar a ficar transtornado. - Como ele confundiu você com o demônio da Simone... - Rapidamente tirei a seringa de meu braço, mesmo sabendo que isso poderia fazer mal a mim. O Tom precisava de mim. Ele passou por tanta coisa e nós quase brigamos ontem.

Eu realmente não imaginava ou sabia que ele guardava tudo aquilo dentro dele. Afinal, ele nunca conseguia falar sobre nada.

Kaulitz, como sempre, olhava na direção contrária a mim, então não viu quando eu cheguei perto dele. Ele estava com uma cara fechada e um bico de criança marrenta.

Abracei seu corpo com toda a força que eu tinha, sem saber ao certo se íamos conversar ou se eu achava que um abraço poderia resolver alguma coisa. Não demorou muito tempo e fui retribuída, e ficamos por algum tempo nos abraçando forte. Eu só queria ser consolada e ele fazendo o mesmo.

[...]

Depois do que aconteceu, Tom entrou no meu quarto, foi sincero e me contou o que aconteceu com nós dois. Eu abri a porta do meu quarto e me deparei com a cena: quase todo o hospital tentou abrir a maldita porta. Vi quando todos no local ficaram surpresos com minha iniciativa de abrir aquela porta.

Tom estava atrás de mim, me agarrando e apertando minha cintura. Ele riu fraco e debochado, por ver o que tinha feito. Ele sempre foi apocalíptico. Infelizmente, os enfermeiros, médicos e seguranças pediram que ele saísse, quase o expulsando. E assim ele fez.

O resto do meu dia se resumiu em ficar deitada, pensando em tudo o que Tom me disse. Era uma bagunça extremamente nojenta, e eu considerava a possibilidade de estar o amando e que talvez esse amor fosse recíproco.

Na manhã seguinte, meu pai veio me buscar, com o Ash. Ele me avisou que eu ficaria na casa dele junto com as crianças. Ele disse que ainda tinha que confirmar com seus próprios olhos se eu estava realmente bem. Afinal, meu pai não confia mais em ninguém, e eu entendo ele. Também achei ótimo, pois estava morrendo de saudades da minha casinha antiga e de ser mimada.

Aproveitei para contar que a Emma viria para cá, ficar na nossa casa também. Isso me fez lembrar dela me humilhando por completo. Eu tenho certeza que estou completamente apaixonada pelo Tom. Apesar de sentir às vezes que esse amor é recíproco, não tenho a certeza total. Ele nunca me disse que o sentimento era recíproco, e eu já o disse que estava apaixonada por ele.

É nisso que eu estava pensando: em tudo o que aconteceu nesse mutirão de acontecimentos. Vou continuar pensando no que Tom Kaulitz quer de mim e no que ele pensa. Ele está comigo há quatro anos, mas ainda tenho medo dele estar me iludindo.

Eu só quero o Tom. Quero ter um futuro com ele, um futuro de verdade.

— Zoe, o que você pensa que está fazendo? — Meu pai gritou, perguntando bravo.

Após a minha volta à minha maravilhosa casa, a casinha do meu pai, ele me obrigou a deitar e relaxar e assistir televisão, sendo mimada pelo meu pai e pelos meus filhos.

Acho que o quesito "repouso" não foi muito bem entendido pelo meu pai, pois nem ele nem as crianças me deixaram fazer nada além de ficar parada no sofá.

Tudo bem que eu não devo ou posso fazer muito esforço, mas também não posso ficar parada até que o médico venha até eles e diga que estou bem.

— Pai, eu só quero ajudar a fazer o leite dos gêmeos. Não posso deixar você fazer tudo sozinho e amanhã você ainda tem um tribunal. Eu tenho condições necessárias para te ajudar.

— Nós dois já conversamos sobre isso, Zoe. Minha filha, você está doente, amor.

— Não, pai. Eu posso estar um pouquinho fraca por causa dos medicamentos, mas isso não significa que eu esteja ainda doente. Eu posso sim esquentar o leite dos gêmeos no microondas enquanto você está lendo sobre o caso. Você já está fazendo tudo para nós. Isso não vai tirar a minha vida.

Faço biquinho, impaciente por vê-lo fazendo tudo: trabalhando, ajudando o Ash com a lição de casa, cuidando das crianças, cuidando de mim e insistindo tanto para que eu fique plantada na sala de televisão. Sendo que ele estava se matando para fazer tudo.

— Tudo bem. — Ele respirou fundo antes de continuar, mas eu o interrompi.

— Eu só fico preocupada com você, pai. Você está vivendo na maior bagunça, se revirando em mil para me ajudar nesses anos todos. — Olho para ele.

— Zoe, desde o acidente, você vivia com dor de cabeça. Todas as vezes, eu te levava ao médico, mas nunca era o que eu achava. Em uma das consultas, o médico me disse que, no seu caso, a dor de cabeça pode significar a perda, aos poucos, da sua memória. E você está em um dos seus melhores momentos, o que me deixou extremamente preocupado. Mas isso nunca chegou a acontecer. Por isso, eu te tranquilizei em suas idas ao médico. Porém, agora... — Ele parou de falar quando sua voz falhou, mostrando que ele estava prestes a chorar. Ele quase nunca chora.

Eu não queria perder tudo, mas também não quero ser inútil.

Notas da autora: então, eu repostei os capítulos antigos, corrigindo o texto, colocando cada capítulo com 1000 palavras, sem anúncios. A partir desse capítulo, serão novos capítulos.

the murderer and the psychiatristOnde histórias criam vida. Descubra agora