capítulo 3

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Zoe Miller

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Zoe Miller

- Vai ficar parada? - escutei sua voz e senti um calafrio percorrer todo o meu corpo. Direcionei meus olhos diretamente para ele.

-Eu sou Zoe Miller, sua nova psiquiatra. Só estou examinando o lugar..

- Para ter certeza de que não tem como eu te machucar? - me interrompeu rindo e debochando da situação.

-Não. Estou examinando porque nunca vim pessoalmente até aqui. Só conhecia de nome. - ele se levanta do chão e senta na minha frente e começa me encairar olhando para o meu pirce, eu começo a pegar tudo o que era necessário de minha bolsa - vamos começar então?

- Pensei que já tivéssemos começado - disse me olhando com um semblante sério. Suspirei, percebendo o nervosismo correr em minhas velas.

- Tom, hoje começarei.com algumas perguntas simples e com o passar dos dias elas vão começar a ficar mais complexas tudo bem para você? - perguntei ignorando a comentário rude dele.

Passou-se um tempo considerável e quando percebi que Kaulitz não me responderia, olhei em sua direção e ele estava me encarando intensamente, como que se quisesse descobrir alguma coisa.

-Eu não estou aqui para tirar uma informação que posso te prejudicar.

- Você quer me ajudar certo? - Arquelau uma sobrancelha - deixe-me te dizer uma coisa Zoe - deu ênfase em meu nome - você não é a primeira a tentar me ajudar, e parece ser muito mais ridícula que as outras que já estiveram aqui. - deu uma pausa - você não vai conseguir nada de mim - sorriu sarcástica.

- Kaulitz, sei que você esconde muitas coisas de seu passado. Pode muito bem não querer falar sobre elas tão fácil, mas eu quero que confie em mim. Não sou como todos os outros. Eu não vou desistir.

Endireitou-se na cadeira, ainda sorrindo sarcasticamente.

-Que belo discurso. Pena que eu não acredito em suas palavras. Moro neste lugar há três anos, pelo simples motivo de matar as pessoas. Sou um assassino e gosto do que faço. E eu não vou me abrir -riu seco - para uma psiquiatra qualquer como você. - congelei percebendo o quanto ele estava sendo intimidante com seu olhar penetrante e o modo como se referiu a mim.

Engoli seco e suspirei, mantendo a calma. Não posso deixar as coisas como estão

- Então você gosta de matar pessoas não é? - disse e ele afirmou com a cabeça. - pode me dizer por qué? O que você sente?

-Muito boa pergunta - sorriu de canto, novamente sendo sarcástica - o que eu sinto quando enfio a faca na garganta das pessoas, você me perguntou? - olhou para mim, parecendo pensar em uma resposta. - Bom eu amo escutar o som de súplica delas. Amo também vê-las se sufocar com o próprio sangue.... isso me deixa excitado, para um klhr. - ele solta uma risada alta .

Arregalei levemente os olhos, mas não deixei transparecer meu espanto.

-Você tem um motivo para fazer isso. - não foi uma pergunta, eu afirmei, fazendo o rir - e não vai me dizer agora qual é, estou certo?

Parece que estamos começando a nos entender, doutora. - Disse, me encarando e sorrindo sarcasticamente, mas logo fechou a cara e se aproximou do meu rosto. - Conheço seu joguinho, meu amor. É tudo uma invenção de psicologia inversa, e não vai funcionar comigo. - Encostou as costas na cadeira, brutalmente, e balançou a cabeça de um lado para o outro.

Endireitei a postura, pensando duas vezes antes de dizer alguma coisa.

- Kauliz, já lhe disse que não estou fazendo joguinho nenhum com você. Só quero te conhecer. Percebi que você tem dificuldade de se familiarizar com as pessoas, e eu entendo. Eles te trancaram aqui, e isso é uma situação difícil. Mas você não parou nenhum momento para pensar que parte disso é por sua causa?

Ele deu, mais uma vez, aquele sorriso que já estava me incomodando.

- Escute, doutora, eu me tornei o que sou hoje por escolha minha. Não me importo se você entende isso ou não.

- Tudo bem. - Suspirando mais uma vez, anotei algumas coisas em meu caderno para que, quando chegasse em casa, pudesse avaliar melhor a situação dele. Parei de escrever ao notar que ele encarava minhas mãos.

- Alguma coisa de errado? - Perguntei, começando a ficar incomoda com seu olhar sobre elas.

Sem dizer nada, ele apenas dirigiu seu olhar para meu rosto e, logo em seguida, desviou para outro lado do quarto.

(...)

-Bom, Tom, é só por hoje. - Comecei a guardar minhas coisas.

- Não vai ficar mais? - Perguntou, parecendo não se importar.

- Estamos conversando há quase três horas. Acho que é um tempo razoável.

- Sim, é um tempo completamente razoável. - Percebi que mais uma vez ele estava sendo sarcástico. Kaulitz nunca mostrou outra emoção a não ser sarcasmo. Todas as suas falas e expressões eram sempre vazias. Seria difícil conviver com ele.

Terminei de juntar tudo e olhei para ele, que tinha seu olhar preso à minha roupa e mexia em seu piercing, ou especificamente no meu corpo.

- Eu vou indo. - Disse, percebendo que consegui desviar sua atenção para meu rosto. - Volto amanhã. Tenha uma boa noite

Como a consulta tinha começado um pouco mais tarde do que o previsto, já era quase noite e eu iria embora direto para casa. Não queria correr nenhum tipo de perigo.

Terminei de juntar tudo e olhei para ele que tinha seu olhar preso a minha roupa e mexia em seu piercing, ou especificamente ao meu corpo.

- Digo o mesmo, doutora. - Escutei ele dizer antes que eu pudesse bater na porta, que foi imediatamente aberta. Sai do local.

(...)

- iAh, mãe, foi normal. Bom, tudo bem que foi um pouco mais complicado do que imaginei, mas nada com que eu não possa lidar. - Eu estava conversando com minha mãe pelo meu celular.

- Mas você está bem? Ele não te machucou? Ou alguma coisa do tipo?

- Não, mãe. Ele não fez nada, e mesmo se tentasse, não conseguiria.

- Tudo bem então. - Suspirou, preocupado, do outro lado da linha. - Seu pai está te mandando um beijo e disse que está morrendo de saudade.

- Diga a ele que também sinto muita falta dele. Logo irei visitá-los.

Que bom, minha querida, venha mesmo. Também estou com saudades. - Deu uma pausa. - Vou ter que desligar agora, pois vai começar minha novela.

Tudo bem, mãe, eu também tenho que desligar. - Te amo, querida, nós dois te amamos. Boa noite.

Também amo vocês. Boa noite. - Desliguei.

the murderer and the psychiatristOnde histórias criam vida. Descubra agora