capítulo 26

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 Tom kaulitz

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Tom kaulitz

[...]

- Bom, eu vou para casa agora - ela disse, e eu virei meu rosto para olhar para ela. Depois, me deitei enquanto ela continuava escrevendo em seu caderno rosa com um desenho de uma caveira. Não sei como ela aguenta viver escrevendo. Eca.

- Tudo bem - disse, pouco me importando.

- Até amanhã, Tom - disse, exigindo que eu não fosse tão monótono como estava sendo.

- Até - disse por fim, e ela suspirou, pegando suas coisas e saindo do quarto.

Eu preciso afastá-la o quanto antes. Não quero e não posso tê-la ao meu lado por muito mais tempo. Não quero que ela acabe como Bill, e ela está caminhando para isso. Como ela mesma disse, as lembranças estavam voltando. Quando ela se lembrar de tudo, não vai querer nunca mais me encarar na cara. E ela vai descobrir coisas traumáticas que vão matá-la por dentro de novo.

Fico olhando para o teto, pensando nela e no meu irmão, e como tudo aquilo me fazia falta. Levanto e pego uma foto que eu escondia em minha cueca, afinal, aquele lugar ninguém nunca tocou. Fico olhando e deixo cair algumas lágrimas. Só queria voltar no tempo e fazer diferente. Depois de algumas horas olhando aquela imagem, eu durmo.

"- Zebrinha, deixa eu te ajudar, você vai cair! - Estávamos em um rio onde eu tinha trazido para passarmos mais tempo juntos, e ela, como sempre, estava sendo teimosa. Essa época era a melhor noite da minha vida, onde ainda ele estava vivo.

Ela continua fazendo mesmo depois que eu falei. Ela tentava se equilibrar enquanto eu e o Bill ríamos muito dela.

- Não, seu chato, eu consigo sozinha. Olha só - ela tirou o pé do tronco.

- Toma cuidado para não cair, garota. Se cair daí, vai morrer, e o Tom vai ficar todo depressivo. Imagina o Tom tarado depressivo?

Ele falava e ria; aquela risada era tão boa, mas continuou atrás da garota. Eu desequilibro e quase caio, mas antes eu a pego; ela estava de olhos fechados e logo abriu os olhos assustada, vendo que eu tinha a segurado.

- Eu disse que eu devia ter te ajudado - disse, olhando sem soltá-la, encarando intensamente e rindo - eu sempre te protegerei, princesa - eu disse olhando para ela.

- Desculpa - ela disse fazendo aquela carinha de dó e tentou levantar mais eu não a deixei, fazendo nossos corpos levantarem; vi que uma mecha de cabelo dela tinha caído em seu olho, tirei e coloquei atrás da sua orelha.

- Você é muito teimosa - disse sorrindo, fazendo ela rir junto. - Você sempre está perfeita.

Ela me olhou e riu envergonhada; olhei para Bill e vi que ele estava comendo e não estava prestando atenção em nós. Pouco a pouco, nos aproximamos mais, e mais ela passou a mão em meus lábios, e logo depois eu os selei; aqueles lábios perfeitos. Começamos a nos beijar; aquilo estava mágico, nossas línguas estavam em perfeita sincronia... mas começo a ouvir gritos que nos fizeram nos separar.

- TOM, ME AJUDA...."

- IRMÃO! - acordo gritando, com o peito acelerado, ainda sentindo o gosto dos lábios dela, e ouvia o grito de ajuda dele. Minha respiração estava muito alterada; levanto e começo a socar a parede e chorar, gritando. Aquela era uma sensação horrível de dor e amor... Não poderia passar por aquilo novamente.
Parecíamos ser muito próximos, até demais, mas por que não consigo me lembrar como eu me esqueci dele? Por que eu o esqueci, ou como eu o conheci? Ou por que éramos tão íntimos... eu beijei ele, eu beijei ele.

Zoe Miller

Andei de um lado para o outro, com a mão na cabeça, pensando no que ia fazer. Conversar com ele sobre isso? É muito sério o que está acontecendo. Por que o Tom me esconderia uma coisa assim? Por que eu parecia estar com medo do Georg? Como se eu fosse uma pessoa perigosa para esconder algo assim. Por que eu não me lembrei antes, por que só agora.

Recordei que estávamos deitados na grama, só pode ser a grama dessa casa. Corri para dentro da casa e entrei nos cômodos que eu não tinha visto e foi o último que me fez detalhes centímetros do lugar, e vejo que era o mesmo de um dos meus sonhos.

Comecei a procurar alguma coisa que me levasse a uma resposta.

Eu e o Tom, juntos, sozinhos e felizes? O que o Tom me escondia? Quem era o menino que apareceu na foto? Por que eu não me lembro? Não me lembro do Tom na minha vida, não me lembro da minha infância, era como se estivesse vendo e revivendo um passado que não me pertencia, que eu nunca vivi. Estou em ponto de surtar.

Ainda estava com a foto que ele havia me entregado em mãos. Abro as gavetas da cabeceira perto de uma das camas e eu acho uma foto. Era eu, a Simone, o Bill, e o Kaulitz, e o Georg. Por que diabos era aquilo? Estávamos felizes, menos a Simone que parecia estar bêbada.

Espera, era verdade, a Simone tinha problemas como o Kaulitz havia me dito. Estava tudo confuso.

Estava quase saindo do quarto e escutei um barulho de pessoas entrando na casa e meu coração acelerou. Estava com medo de ser descoberta. Fechei a porta para que não levantasse suspeitas, afinal a porta estava fechada.

- Já estou aqui, Simone - escutei alguém dizer do outro lado da porta com alguns metros do quarto; ele estava no telefone, eu acho. - Sim, porra, o Tom sairá da casa Westreet no final do ano. A idiota da psicóloga dele disse que ele estava melhorando - falou parecia estar nervoso. - Zoe deve estar fazendo um trabalho bom com o Tom e precisamos afastá-los o máximo possível se não quiser acabar morta ou na cadeia, porque eles não sabem, mas o Tom sabe que o Bill está morto, afinal, Tom viu o irmão morrer em seus braços - ele parou de falar por um instante para escutar o que a Simone dizia. - Sei que o Tom irá se vingar, sei que se mexermos com a garota, ele irá atrás de nós, Simone, mas ele é o seu filho, porra! Se você não tivesse vendido o Tom para pagar dívidas de drogas, o Bill estaria vivo, e eu não iria precisar me passar por ele! - ele falou, fazendo eu me assustar. Pera, o Bill está morto, e esse se passa por ele por isso que o Tom fica com tanta raiva quando falo sobre seu irmão. - Temos que pedir ajuda para o Georg, afinal, ele é o único que sabe o que realmente aconteceu com a Zoe e o Tom, antes que ela descubra. Agora, eu tenho que ir, já peguei o que eu ore precisava - ele desliga o telefone.

the murderer and the psychiatristOnde histórias criam vida. Descubra agora