O caminho era típico de cidade pequena do interior, pacata, plantações por todo lado e casas aparentemente aconchegantes, carregadas de boas histórias.A viagem foi demorada, mas cheguei, localizei a casa de primeira na rua, mas resolvi parar na esquina para não alarmar, até porque já era tarde da noite.
No caminho fiz uma reserva online em um hotel na cidade, para duas pessoas, pois o intuito era que ela passa-se a noite comigo.
A véspera de Natal será amanhã, domingo, então conseguiria entregá-la a tempo para passar o Natal em família.
Precisávamos conversar e se tudo desse certo, ninguém nem notaria a ausência dela durante a noite.Encostei o carro e mandei uma mensagem para ela dizendo que eu havia chego e estava na esquina.
Vim o caminho todo encenando o que eu falaria para ela, pediria desculpa, contaria sobre meus sentimentos, ou contaria sobre a Lapisara primeiro?
Estava tão nervosa, que não conseguia raciocinar para tentar esclarecer as prioridades dos fatos na minha cabeça, estava com medo de ter vindo até aqui e colocar tudo a perder.
Olhei para os lados e nada dela, a noite estava um pouco fria, tentava respirar fundo para manter a calma, mas era em vão.
Se eu achava que estava nervosa antes de vê-la, agora que me deparei com ela vindo em minha direção, ficou pior, suspirei de alívio ao vê-lá ali, aparentemente ela estava bem e isso bastava.
Eu já acho que sou demais para mim mesma, aí ela vem e me transborda de vez.Fechei os olhos e respirei fundo antes de caminhar em direção a ela, tentei me mostrar confiante e despreocupada com a situação, queria dizer tantas coisas, mas só consegui abraca-lá fortemente, te-lá em meus braços era tudo que eu precisava, meu corpo suplicava por isso, me fundi a ela como se meu corpo fizesse reverência, seu perfume me tranquilizou, ali tive a certeza que tudo ficaria bem.
Segurei em suas mãos e a levei para o carro, estava com urgência de ama-lá, sim, ama-lá.
Toda aquela situação era uma overdose de serotonina. Nunca fiz uma loucura desse tamanho por ninguém.
Viajar durante a noite, dirigir por 5 horas sem parar, em uma estrada que eu nunca estive.
Estar em um ambiente em que não conhecia ninguém, provavelmente ninguém da família dela sabia que eu existia, e fiz tudo isso só para poder abraçá-la e ficar algumas horas com ela antes da ceia de natal.Yoko
- Para onde estamos indo?- Para um lugar onde possamos ser nós, sem ser a minha casa ou o café.
Nesse momento seus lábios sustentavam um sorriso angelical e satisfatório.
Chegamos no hotel e a ajudei a descer do carro, deixei as minhas coisas e o presente lá, voltaria para pegá-lo depois que conversássemos.
Subimos para o quarto e sua expressão era de preocupada, mas eu a acalmei segurando suas mãos.
Deixei ela entrar primeiro, e ela ficou parada na porta observando a hospedagem.- Você está bem? Tem se alimentado?
Yoko
- Sim! E você, como está?- Vou ficar melhor com você aqui esta noite.
Me aproximei dela, e isso fez com que ela ficasse exprimida entre meu corpo e a parede, falei baixinho em seu ouvido:
- Senti sua falta!
Yoko
- Eu também senti a sua.Então com urgência nossas bocas se encostaram, meu corpo colado no dela sentiu uma descarga de energia dos pés a cabeça.
Seu hálito sempre fresco era delicioso, sua boca molhada e sua língua quente despertou um desejo incontrolável em mim, passei minha língua sobre eles e minha boca acompanhou deixando levas mordidas, o que provavelmente deve ter provocado alguma ardência, senti ela reclamando e se arrepiando toda.
Era um beijo diferente de todos os outros, era ardente, ousado, era um beijo de saudades, de desejo, de quem sabia o que estava fazendo e do que esperava daquela noite.
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Faye e Yoko - Blank The Series - GL
FanfictionFanfic Sáfica criada por uma fã da novel Blank the Series, universo GL Gap the Series. Novos capítulos: Segunda, quarta e Sexta-feira. Playlist Spotify: Fanfic Yoko e Faye