Insônia

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As horas se passaram e com ela veio apenas a insônia, não conseguia dormir, pensando que a Yoko estava deitada no quarto ao lado, e provavelmente também deveria estar vestindo algo confortável, ou seja, algo fácil de ser removido.

Eu estava ficando com sede, então desci para a cozinha para pegar um copo com água.
Quando eu fechei a porta da geladeira, levei um susto, a Yoko estava atrás, mas o que ela estava fazendo ali e aquela hora?

- Que susto, você não estava dormindo?

Yoko
- Não consegui dormir, fiquei pensando em umas coisas.

- Quer conversar?

Yoko
- Hum.

Ficamos alguns segundos em um silêncio um pouco constrangedor, ela estava incrivelmente linda, eu queria saber o porquê dela não estar conseguindo dormir, ofereci um copo com água e ela aceitou.

Yoko
- Obrigada.

- Leite quente também faz bem para insônia.

O que eu estava fazendo? Leite quente?
Ela quase cuspiu a água que estava bebendo, e eu provavelmente já estava vermelha.
Ela começou a rir e eu fiquei muito desesperada para tentar consertar a situação.

- Não, eu quero dizer um copo de leite, principalmente na hora de dormir, relaxa o corpo.

Sim, eu tentei consertar e acabei piorando, eu estava parecendo aqueles velhos com piadas sem graça. Ela continuou rindo, só que agora ela estava vermelha, a bochecha dela parecia de um hamster, ela ficava ainda mais fofa.

Após esse equívoco, nós duas rimos e, para minha surpresa, ela concordou em tomar o meu leite quente.

Eu congelei, não consegui raciocinar, o que eu deveria fazer exatamente? Senti meu corpo todo arrepiado, além de um gelo no meu estômago.

- Tá, tá, bom, espera, vou fazer para você em um minuto!

Comecei notar que, quando eu fico nervosa, eu começo a gaguejar, parece que eu esqueço as palavras e desaprendo a como formular uma frase simples.

Ela sentou no balcão da cozinha enquanto eu vagava por ali para tentar encontrar os itens necessários, eu me senti atordoada, quase que incapaz de realizar qualquer atividade, aquilo me tirou de órbita, achei uma caneca no armário de copos e um canecão, peguei o leite da geladeira e fui em direção ao fogo para esquentar, durante todo esse tempo ela ficou me observando, eu me movia de um lado para o outro.

Yoko
- P'Faye, está tudo bem?

- Sim, estou apenas atrapalhada, não sei onde ficam as coisas nessa cozinha, mas já estou terminando.

Tentei transmitir seriedade e controle perante a situação.
Eu não queria que ficasse muito quente, ela poderia queimar a boca e acabar se machucando, então eu deixei o leite morno e coloquei um pouco de mel, esse era o segredo.

- Pronto, experimente! Você vai conseguir dormir melhor depois.

Ela segurou a caneca como se quisesse esquentar as mãos, deu o primeiro gole e me olhou alegremente.

Yoko
- Está uma delícia, obrigada.

- Você está sendo apenas gentil.

O olhar dela era doce, sútil, ela estava vestindo um pijama rosa-claro, o que destacava ainda mais as bochechas coradas. Pelo visto, esse era o normal desse pequeno hamster.

Yoko
- Não estou, experimenta!


Então, para minha surpresa, ela estendeu a caneca para que eu pudesse experimentar, o pulso dela estava perto de mim, então pude sentir seu perfume acalmando meu nervosismo, senti-o entrando em mim e consumindo todo meu ser.

Cometi um ato impensado de pegar a caneca das mãos dela e colocar no balcão, ela acompanhou esse ato com o olhar e depois o direcionou para mim, como se estivesse intrigada sobre o que eu iria fazer.
Então cerquei os braços em volta da cintura dela e a pressionei no bancão, pude sentir o sexo dela encostar no meu, o que me deixou com tesão, não que eu não estivesse antes, mas agora eu queria devorar lá de tanto desejo e vontade, cheguei perto do ouvido dela e sussurrei com a voz rouca.

- Você gosta do leitinho quente?

Yoko
- Uhum.

Ela me respondeu com um gemido, a sua respiração estava ofegante e ela estava mais vermelha do que o normal. Ouvir aquilo quase me fez gozar ali mesmo, que delícia de gemido, então a trouxe para mim tão fortemente que senti um barulho estalando no meu peito.
Meu desejo era tanto que fiquei com mais força do que o normal, esqueci que ela era delicada e pequena.

- Está tudo bem?

Perguntei preocupada, não pretendia machucá-la, a intenção era saber se estava tudo bem com tudo, não apenas com o apertão, queria a confirmação de que eu poderia continuar, que ela queria o mesmo que eu!

Yoko
- Sim.

Então, com uma das mãos, eu segurei sua cintura e a outra, levei em sua nuca, entrelacei meus dedos em seu cabelo e me aproximei da boca dela. Assim como ela se aproximou da minha, a invadi com a minha língua quente, e ela soltou um gemido quase que como uma súplica.
Que boca gostosa, que lábios macios, que gosto delicioso.

Eu já havia beijado inúmeras mulheres, mas nenhuma igual àquela.
O gosto dela era perfeito, o toque, o cheiro.
Intensificamos o beijo e eu deslizei as mãos nas pernas dela e fui subindo, até que cheguei em sua bunda, primeiro eu acariciei, e depois eu apertei e a puxei ainda mais contra o meu corpo, queria sentir ainda mais o seu sexo, então mudei de posição com ela, fiquei de costas para a bancada, deixei ela entre o vão das minhas pernas e a puxei de volta, foi como uma dança entre os nossos corpos, e quando eu a puxei de volta, ela se afastou e balançou a cabeça.

Yoko
- Não, não, está errado, para!


- O quê? Você não quer?

Yoko
- Não é isso!

Ela me olhou com um olhar estranho, como se ela estivesse decepcionada com ela mesma, saiu pela porta de vidro da cozinha apressadamente e subiu as escadas em direção ao quarto.

Após alguns segundos, eu também subi as escadas na esperança de encontrá-la no caminho, de saber o que estava acontecendo, se eu havia cometido algum erro, mas foi em vão.

Segui para o meu quarto e fiquei um tempo parada na porta em frente ao quarto dela, pensei em bater na porta, mas provavelmente eu iria acordar a Marissa, e era tudo que eu não queria.

Eu estava cheia de tesão, queria me aliviar, mas não iria conseguir, pois, no fundo, eu estava preocupada em ter feito algo que ela não gostasse. Talvez o meu beijo não tenha sido bom, ou as minhas mãos atrevidas botaram tudo a perder.

Me deitei na cama sentindo meu sexo latejar, o tesão era tanto que senti a calça do pijama completamente molhada.

Se eu estava com insônia antes da noite começar, imagina agora.

Faye e Yoko - Blank The Series - GLOnde histórias criam vida. Descubra agora